Chiquititas (2015) – O primeiro beijo de Bia

“O dia tá terminando ainda melhor do que começou”

Tudo acontecendo tão depressa, e eu ainda não sou pai, mas quase estou me sentindo como um. Como se minha menina estivesse crescendo muito rápido. Como eu sempre disse, especialmente em textos recentes quando a história da Bia explodiu em “Chiquititas”, a Bia é MINHA FAVORITA. Ela tem muita personalidade, além de ser inteligente e uma excelente amiga. Gosto de vê-la feliz, de vê-la conhecer a família, e gosto de como ela fica quando está interessada em um garoto. Quando ela trata a Ana mal, eu não a julgo, embora fique triste – acontece que é um processo natural de quando estamos crescendo, começando a namorar, sentindo que somos grandes demais para brincar com os pequenos. É uma fase um tanto quanto idiota, e felizmente nós a superamos depressa… pelo menos a maioria das pessoas sensatas, é claro. E a Bia ama a Ana.

Mas não estou aqui para falar delas, não nesse momento. Mas de Bia e Juca. Os dois são absolutamente FOFOS. Gosto do destaque que o Juca ganha, depois de tanto tempo como mera “participação especial”, e agora ele está aqui para compartilhar os momentos mais fofos com a Bia, como quando a leva para ver os seus grafites, ou vai assistir “Romeu e Julieta” na escola com ela. Também tivemos, lá no começo, o dia em que ele levou um CD de hip hop para ela no Orfanato, mais como uma desculpa para que pudesse vê-la… é evidente que algo está acontecendo entre eles, e eles são uma gracinha, mas quando Juca tenta beijá-la, ela lhe dá um tapa no rosto. Bem, e tudo o que eu pensei na hora foi: ISSO É TÃO A CARA DA BIA! E ri <3 Ela não está preparada, não gosta do atrevimento e diz que “não sai por aí beijando qualquer um”, embora ele diga que “não é qualquer um”.

Quase fiquei com dó do Juca!

Ainda que tenha ficado com um pouquinho de dó, tudo foi tão fofo. Porque ele estava um fofo, explicando que sabia que algo rolava entre eles desde que se conheceram e tudo o mais, e ela primeiro nega, depois diz que, ainda que fosse, ela não quer beijá-lo. É mentira, claro, ela está com medo por ser seu primeiro beijo, mas ele é super respeitoso e querido, diz que vai esperar… ela, no entanto, fica toda sonhadora, olhando a foto dos dois e lembrando o passeio bacana que fizeram na pista de skate. Até que o Edgar veja a foto em seu celular e fique furioso. De maneira grosseira e intolerante, ele diz à sobrinha que “não acha que o Juca seja uma boa companhia” e manda ela se afastar. Ainda bem que, independente de estar feliz por ter encontrado sua família, a Bia é sempre a Bia, e ela é muito boa no quesito “opinião própria”. Diz que o tio “teve a impressão errada”, e não lhe dá ouvido.

Ufa.

Então o primeiro beijo acontece depressa, logo depois da tentativa frustrada dele. Novamente na pista de skate, ele lhe dá um presente que é o presente MAIS FOFO que ele poderia fazer para ela: um desenho dela como a Capitã Frenética, sua heroína favorita! O momento lindo, no entanto, é balançado pela presenta de Paçoca, que chega para provocar, e que Juca finge que mal conhece, mesmo que eles estejam juntos no esquema de venda de DVDs piratas com o Edgar. De todo modo, Bia pede que o Juca tenha cuidado com o Paçoca, e quando ele vai embora, eles podem novamente curtir o momento um com o outro, e o Juca a ajuda a andar de skate, depois de ficar surpreso por ela nunca ter andado antes… e sério: que cena mais terna. Tudo foi escrito e interpretado de forma convincente, simples e bela. Tudo parece tão real!

Assim, toda a trajetória leva a um primeiro beijo perfeito. “O dia tá terminando ainda melhor do que começou”, ela comenta. Os dois estão sentados juntos, um do lado do outro, e então ele pega a sua mão, o que já libera eletricidade por todo o corpo, prende a respiração, nos deixa tensos. Com a outra mão, Juca levanta o seu queixo para que ela olhe para ele, e então a BEIJA. É um beijo extremamente rápido, mas é bonito porque, mais bonito que o beijo, temos o sorriso verdadeiro dos dois olhando-se nos olhos depois. Aquele é um momento e tanto. O abraço dos dois depois também é fofo… o problema agora na relação deles, que se desenvolve rápido, são as mentiras. O Edgar está no pé, incomodando (embora ela o defenda: “Mas ele é do bem, não é isso que importa? Ele até trabalha, quer ser alguém na vida!”), e Bia não vai ficar nada feliz quando souber dos DVDs.

Mas eu não quero me preocupar com isso agora.

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