Deception 1x04 – Divination
“There have
always been fortune tellers. Kings and pharaohs long ago depended on them. I
mean, who invades another country without checking the stars? Today, you don't
need to be a king to hear your fortune. All you need is $50, all major credit
cards accepted. But our fortune isn't really about the future. It’s about right
now […] Of course, there is one downside to learning your fortune... Not all of
us have a future”
A mágica e a
leitura do futuro são áreas afins? Hermione Granger sempre achou Adivinhação
uma coisa estúpida, e só fez essa matéria no terceiro ano porque estava usando
o Vira-Tempo que McGonagall tinha lhe dado… vocês
sabem, até aquele surto com a Profa. Trelawney. Cameron Black parece
apresentar o mesmo ceticismo quando Kay lhe traz para dentro de um caso em que
uma vidente foi morta – ele faz de tudo para desmerecer o trabalho de Irene, falando dos truques que a maioria
dos videntes usa, como as “hot readings”, mas a verdade é que quem quer que
estivesse por trás das leituras de Irene, era
muito bom no que fazia. Afinal de contas, não havia traços de tecnologia no
quartinho adjacente, então tudo era feito organicamente, no momento… o que
interessa ao FBI, no entanto, é que quem quer que seja essa pessoa, ela viu o assassinato.
“A fortune
teller was murdered in Chinatown last night”
“Wonder if
she saw that coming”
“Really? Really”
“Divination” é, talvez, o meu episódio
favorito em “Deception” até aqui, e
eu já quero Vivian para regular na série, embora ela tenha se despedido e, a
princípio, de modo definitivo. Ela deixou cartas para trás, passando adiante
seus clientes, e então foi a uma ponte onde pretendia se matar porque, segundo
ela, Irene foi morta por sua culpa, e só há uma maneira de colocar um fim nisso
tudo: se ela mesma se matar. Ali naquele
momento eu percebi que ia gostar da personagem, e que o seu poder era real, ou tão real quanto pode ser,
porque ela é bastante perceptiva… ela sabe de coisas bem profundas sobre Kay
apenas de olhar para ela, e isso significa algo! Então, quando ela tenta se
matar, felizmente Mike e Cameron já trabalharam em um truque que não deu muito certo
quando ele tentou fazer em seus espetáculos, mas que é o suficiente para salvar
a vida dela.
Ufa.
E é uma cena e tanto.
Gosto muito
da interação que Vivian tem, ainda mais com o Team Deception. Gosto de como
conversa com Dina, de como Cameron é todo cético, e de como ele passa a
acreditar nela quando ela faz uma leitura bastante precisa. Ele,
propositalmente, dá o seu horário de nascimento errado, e ela faz uma leitura
que fala sobre “uma escuridão que existe dentro dele e que está crescendo,
afastando-o das pessoas que ama”. Cameron diz que isso está errado, e ela mesma fica confusa,
dizendo que nunca viu uma leitura tão
errada, e então ele confessa que deu o horário de nascimento errado, o de
Jonathan Black. Então é John quem está nesse processo de “escuridão tomando
conta”, e realmente podemos ver as coisas ficando sérias para ele na cadeia,
cada vez mais atormentado para participar de coisas das quais preferia se
abster… e Cameron está preocupado com ele… e
desabafa sobre isso com Vivian.
“You realise I’m not a therapist?”
Depois dessas
deliciosas cenas, o caso da semana mostra duas
facetas. Em uma delas, queremos defender Vivian de qualquer maneira… por
outro lado, há um cara perigoso, chamado Miller Mackenzie, que é um importante
e perigoso traficante de armas, e Vivian pode ajudar o FBI a capturá-lo, se
estiver disposta a correr os riscos. Quando ela resolve colaborar, ela conta
tudo o que sabe e o que precisam fazer para que Miller realmente aceite a sua
leitura e resolva fazer a venda das armas, operação pela qual o FBI pode
prendê-lo. Assim, ele precisa acreditar que o universo está lhe dando sinais
auspiciosos, e é aí que a Team Deception entra em uma série de pequenos
detalhes, como os telões, os semáforos verdes, o vestido vermelho de Dina, o
peixe no saguão e a porta vermelha no quarto 2058 (trocada em 2min com a do
quarto 2028). Quanta tensão envolvida!
Toda a
sequência é um eletrizante suspense. Cada detalhe, cada momento, e há uma série
de fatores em que a trama pode dar errada, especialmente quando Miller leva
Vivian consigo, pronto para partir a Hong Kong, enquanto deixa os seus homens
para trás para matar a todos. E eu vou dizer: FUI ENGANADO! Estamos no quarto
episódio, não devia mais estar passando por isso, mas eu fui enganado. A cena do elevador e a morte de Vivian foi angustiante, e eu acreditei mesmo que ela fosse real… até que não fosse,
e eu acho que foi o episódio em que eles melhor conseguiram enganar o
telespectador. Foi, talvez, a primeira
vez em que eu realmente caí nesse joguinho. A trama é inteligente, e conta
com a segurança de Vivian, que poderá começar uma nova vida, em outro lugar, sem
que Miller Mackenzie jamais venha atrás dela novamente…
Como eu amo os planos desse Team Deception!
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