Lost in Space 1x03 – Infestation
“Danger, Will Robinson”
A cada
episódio “Lost in Space” fica mais
MARAVILHOSA, mas o nojo que estou sentindo da “Dra. Smith”, ou melhor, June
Harris, é indescritível. O episódio começa em um crossover (?) entre “3%”
e “The Good Place”, porque eu senti
que era uma conversa entre Joana e Tahani. De todo modo, temos June Harris
sendo a grande bitch que já sabemos
que ela pode ser, e a cena introdutória realmente me enojou um pouco mais. Não sei o quão condescendente a irmã dela talvez tenha sido com ela ao longo de
sua vida, mas de qualquer maneira ela não precisava ter envenenado a mulher
que, enquanto partia rumo a nova vida em Alpha Centauri, lhe deixava tudo o que
tinha na Terra, como a sua casa e o seu carro… ela tinha uma oportunidade e
tanto de recomeçar, um voto de
confiança da irmã que não precisava necessariamente fazer isso, e ela a traiu
da forma mais baixa possível.
Não tem como não detestar essa mulher.
Por isso, é
com grande AGONIA que eu a assisto no meio da Família Robinson. Eles, como
qualquer família, têm seus próprios problemas, mas eu acho que eles são bem
diminutos se comparados com a presença de June Harris, ou “Dra. Smith”, como se
faz conhecer. Ela estraga e denigre a dinâmica da família, e isso é apenas o
começo… os Robinson já estão em um lugar desconhecido, há milhões de anos-luz
da Terra, igualmente distantes de Alpha Centauri, e não sabem o que fazer. Agora eles têm a “Dra. Smith”, se fazendo
de boazinha e presente, quando está ali, assistindo a todos enquanto dormem e
manipulando a todos, tentando conseguir fazer o Will falar sobre o seu
“pesadelo”, por exemplo… essa é outra trama bacana que ainda nos intriga: qual foi o motivo do ataque dos robôs à
Resolute? Mas eu confio no robô de Will Robinson…
A maneira
como ele o protege! <3
Em “Infestation”, os Robinsons precisam
liberar a Júpiter 2 de uma geleira que está se despedaçando, e ameaça cair
sobre eles se eles não tirarem a nave dali o
mais rápido possível. Foi impossível não pensar que Don West ali seria de
grande ajuda, mas o problema com o motor não era apenas mecânico, mas também tem relação com os “monstros”, que eles chamam
carinhosamente de “enguias”, que
estão circulando pela nave sabe-se lá há quanto tempo. Para proteger Will, o
robô o tranca em um armário (“Danger,
Will Robinson”), e John tem um confronto direto com uma enguia, que acaba
morta, revelando em uma dissecação feita por Maureen o que está acontecendo: eles estão bebendo o combustível da nave.
Atualmente, ele está em 52%, e se os Robinson não desligarem manualmente a
válvula do tanque reserva, nos próximos 15 minutos, eles podem perder todo o combustível que lhes resta.
Cada segundo
que passa é repleto de tensão. A
Júpiter 2 ameaça cair, despescando um pouquinho mais fundo na geleira, causando
consequências como a Penny caindo no porão, no meio das enguias, precisando ser
salva pelo pai, o tanque reserva de combustível sendo liberado, e Judy presa
por um objeto pesado, fazendo-a lembrar de quando ficou presa sob o gelo assim
que chegaram a esse planeta… agora, no entanto, ela precisa se soltar sozinha,
e isso é bom para a sua autoconfiança! Enquanto isso, June Harris faz de tudo
para tentar usar Will Robinson e o robô para salvar-se a ela mesma, e até
consegue dar um jeito do robô abrir a porta, quase fugindo sozinha, mas
eventualmente ela não tem coragem. Em nenhum momento, no entanto, eu acreditei
que fosse por “bondade de seu coração”, foi só instinto de sobrevivência mesmo.
Ela jamais pensaria nos outros.
Vide a cena
que ganhamos na Resolute há 2 dias. Lá, se passando pela sua irmã rumo a Alpha
Centauri, ela acabou descoberta por um cara que era seu amante, e o que ela
fez? ELA O MATOU! Não foi intencionalmente que ela o jogou dentro da câmara de
descompressão, mas ele teve tempo mais que suficiente para reverter o processo,
e não fez absolutamente nada, assistindo satisfeita à “solução” de seu
problema. Depois desse ASSASSINATO (!), June Harris foi pega pelas autoridades
que não sabiam muito bem o que fazer com ela, portanto podiam fazer o que quisessem, e a “sorte” dela foi o brutal ataque
dos robôs à Resolute, que ela usou para escapar, roubar a identidade do Dr.
Zachary Smith e sabemos bem tudo o que ela fez depois disso, como enganar Don
West, se infiltrar na Júpiter 2 e deixá-lo lá, para morrer com Angela no meio
da tempestade.
Mas eu ainda espero vê-lo de volta!
Com o
combustível em 8% e caindo, os motores não ligam porque as enguias estão
entupindo as passagens, então Judy, “de volta ao normal”, é quem sugere uma
solução arriscada, mas eficaz: jogar fora
o resto do combustível, com as enguias junto, e esperar que o que tem nos canos
seja o suficiente. Os efeitos de “Lost
in Space” novamente nos surpreendem. O voo através da geleira rumo à
liberdade da Júpiter 2, agora sem combustível, é SENSACIONAL, chega a arrepiar.
E agora parece que eles podem ter esperanças: estão em um novo lugar do
planeta, mais verde, encontram sobreviventes da Júpiter 22 e descobrem que a
Resolute ainda está funcionando, o que quer dizer que talvez eles consigam
chegar mesmo a Alpha Centauri. Devo dizer que uma das coisas de que mais gostei
nesse final de episódio foi a cena do Will e do robô abraçadinhos!
Tudo o que o robô quer é proteger Will
Robinson…
…mas aquela arma ainda deve acabar nas mãos
de Smith!
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