Rise 1x03 – What Flowers May Bloom



“You're doing this play for a reason, and it's an important reason”
Cada vez mais impressionante a força do roteiro de “Rise”, e a maneira como as músicas de “Spring Awakening” se conectam com o que os personagens estão vivendo e sentindo de forma tão completa. É o caso, em “What Flowers May Bloom” de quando uma música de Melchior passa a Hänschen e Simon interpreta uma dolorosa versão de “Left Behind” que me destruiu por completo. Além de outras tramas, esse episódio segue os passos de Simon, agora que a família planeja tirá-lo da escola por não concordar com a apresentação de “Spring Awakening” como musical da escola, enquanto ele tenta suprimir a sua dor, embora esteja morrendo por dentro. Também acompanhamos mais da história de Maashous enquanto ele passa a fazer cada vez mais parte da família Mazzuchelli, e as cenas são absurdamente lindas e emocionantes.
O episódio começa com o fofo do Maashous roncando e Gordy indo dormir na sala. A situação é peculiar, e complicada, e enquanto Gail está preocupada com toda a situação e com o fato de Gordy não se sentir confortável para dormir em seu próprio quarto, Lou tampouco sabe o que fazer. Não é que Gail não goste de Maashous nem nada assim, mas ela está preocupada com trazer um novo garoto para dentro de casa justamente agora que Gordy mais está precisando de sua companhia e ajuda. Essa relação, primeiramente estranha entre Gail e Maashous se resolve durante um jantar em que eles estão sozinhos. Ali eles conversam e compartilham um momento verdadeiro, até porque o Maashous é tão adoravelmente fofo que não dá para não se encantar por ele… ele é aberto e sincero quando ela lhe pergunta sobre “como é ser um filho adotivo”, e isso os aproxima.
Enquanto isso, Lou Mazzu vai até a mãe adotiva de Maashous, e percebe que a situação é bastante complicada. Ela tem uma série de outras crianças sob os seus cuidados, embora não cuide bem de nenhuma delas, e ela nem sabe do paradeiro de Maashous há dias… e pouco se importa. Então, quando Lou decide que vai levá-lo de volta, mas ficar de olho, ele não consegue realmente tomar essa decisão. Impossível ao ver um novo Maashous, ao percebê-lo animado com o musical, empolgado e cheio de planos… ele o ama como um filho. E a verdade é que a família toda (menos o Gordy) já o faz, notável quando Lou chega e “todos” estão tendo um momento especial, tão lindo e puro, comendo algo que Maashous e as filhas prepararam juntas. Ali, Gail diz a Lou que eles não podem deixá-lo voltar para o seu lar adotivo, e isso me arrepiou. Agora, eles só precisam envolver o Gordy.
“Spring Awakening” segue com todo fôlego, e está cada vez mais formada, cada vez mais perfeita – o ensaio de “The Bitch of Living” me ARREPIOU, e não vejo a hora de ver a cena completa. Com o musical crescendo, Lou apresenta sua visão para o espetáculo à equipe de produção, que conta com Denise, a insuportável mãe de Gwen, como figurinista. Eu gosto da ideia da direção de Lou, que planeja mesclar o passado e o presente em sua própria cidade para o novo conceito de “Spring Awakening”, mas infelizmente isso não é nem um pouco realista com o dinheiro de que dispõem até o momento, e Tracey é muito mais pé no chão e, infelizmente, Lou novamente a magoa. E isso me dói profundamente, porque Tracey AMA aquilo tudo demais, ela devotou sua vida a isso, e ela merece ser tratada melhor. “The kids and the theater come first”, ela diz, depois de um discurso inspirado e apaixonado sobre todos os anos que esteve à frente do teatro.
AQUELA É SUA VIDA.
Dá para sentir o quão verdadeiro é quando ela abraça o Simon…
…e a verdade é que ambos precisavam daquele abraço. “You’re like my family too”
Robbie e Lilette começam o episódio um pouco mais afastados do que outrora estiveram, e quando ele pede para ensaiar as falas com ela de novo, Lilette diz que “é para isso que servem os ensaios”. É muito doloroso quando ela finge para a mãe que o momento com Robbie não significou nada para nenhum deles, e depois ele, todo fofo, deixa um bilhetinho em seu armário pedindo para que ela ensaie com ele. Então ela topa, durante seu intervalo. Naquela cena, ele pergunta se ele fez algo para chateá-la, porque se fez adoraria poder “desfazer” isso, e eu achei adorável de sua parte… também fiquei com dó dele. Mas então o breve ensaio dos dois é interrompido por uma ligação que diz que sua mãe caiu, e então ela precisa ir lá para vê-la. Imediatamente, Lilette se levanta e diz que “vai com ele”. Por um segundo ele hesita, então concorda.
E foi uma cena tocante.
Porque ele precisava daquela companhia. Ainda não nos aprofundamos na história da doença da mãe de Robbie, mas eu sinto que é algo muito sério, e ele a ama profundamente, como um excelente filho. A cena é bastante bonita, e Lilette assiste a tudo distante, com emoção palpável no olhar, até que a mulher pergunte a Robbie: “Who’s this?” Então Lilette entra no quarto, com uma carinha fofa, Robbie a apresenta à mãe, diz que “ela canta como um anjo”, e a cena é repleta de veracidade. Eu consegui acreditar naquilo tudo e sentir pelos personagens. Depois, Robbie e Lilette compartilham uma cena bonita no carro, ele agradece a sua companhia e diz que “isso significou muito”, então ela vai embora. Em paralelo, por causa do exemplo e conselhos que percebe que está dando à sua filha, a mãe de Lilette resolve afastar-se de Sam de forma definitiva, e foi um momento breve, mas admirável: “I need to be a better role model for my little girl”.
Por fim, COMO NÃO AMAR O SIMON? Eu sofro com ele o tempo todo. Ele anuncia, em uma cena repleta de dor, que está saindo da escola e que eles precisarão encontrar um substituto. É triste como ele diz que sente não poder fazer a peça, e que sentirá falta da escola, especialmente do teatro. Lilette fica furiosa com Simon, com toda razão, porque eles são melhores amigos há tanto tempo, e agora ele está indo embora, deixando-a sozinha, e ele nem a avisou disso! Tudo é muito triste, e a despedida de Simon me parte o coração – ele conversa com Lou e Tracey, conta toda uma história sobre “uma nova escola” e sobre como isso significa muito a seus pais, e naturalmente eles não acreditam em nada do que ele diz. Mais tarde, quando Lou a magoa, Tracey joga na cara dele como “a culpa de Simon estar indo embora é toda dele”.
Para coroar o drama, Simon interpreta uma versão arrepiante de “Left Behind”.
A cena de “Left Behind” em “Spring Awakening”, originalmente interpretada por Melchior Gabor, é o funeral de Moritz Stiefel, e a cena é mesmo de partir o coração. Com aquela letra tristíssima, ela coube perfeitamente para o sofrimento de Simon por estar sendo obrigado a deixar a escola contra sua vontade, e por isso Simon chora de verdade ao fim da canção, e aquela voz embargada e aquela lágrima escorrendo doeu em mim. Percebendo isso tudo, Lou Mazzu vai falar com os pais de Simon, inicialmente sem sucesso. O pai, intolerante, nem pensa em escutá-lo, embora a mãe seja muito mais compreensiva e, por um momento, o escute e, ao se opor a “Spring Awakening”, o faz de coração aberto, expressando os seus motivos para não poder apoiar a peça. Ela não está certa, mas ela é muito mais compreensiva, e Lou implora que “ela não faça isso com seu filho”.
Todas as cenas envolvendo Simon foram arrebatadoras. Depois de conversar com os pais dele, Lou fala com o próprio Simon, e diz que se isso significasse que ele poderia ficar, ele faria o que fosse preciso, até mudar a peça e cortar aquele plot, e Simon responde, de todo o coração:

“With all respect, don't you dare. You're doing this play for a reason, and it's an important reason. It's about the truth, and nothing is more sacred. So please, don't... don't change it. Not for me, or anyone. Not a word. Not ever. I'm... I'm counting on you”

Foi um clamor belíssimo. Simon quer isso. Simon precisa disso. A carinha dele, o pedido, a paixão com que fala sobre isso tudo… ele está mesmo contando com Lou. Foi uma cena forte, bem como a seguinte, em que Emma, sua irmãzinha, conversa com ele e diz:

“Yeah, but I like Stanton. I like seeing you in the shows. And the hot chocolate at the intermission. You're breaking my heart”

Pronto. Ali eu desabei em lágrimas.
A sinceridade com que Emma fala com Simon e como o ama incondicionalmente… aquele amor é puro e comovente, e é tão comovente que, ao ouvi-lo, a própria mãe de Simon começa a repensar sua decisão… em paralelo, vemos Gordy chegando em casa do treino e encontrando a família toda reunida, jogando futebol, e Maashous o convida para jogar com eles… e ele topa. Foi tão reconfortante vê-lo unir-se a eles, mesmo que por esse pequeno momento! QUE CENA LINDA. Então ela é interrompida por um carro que chega para falar com Lou Mazzu, e dentro dele ninguém menos do que a própria mãe de Simon, confusa, perguntando no que ele acredita. Então ele diz: “I believe in the kids I teach. I believe in the truth. I believe in... helping them to grow up in the sun and not in the shadows”. Chorando ao ouvi-lo responder, a mãe agradece e vai embora.
Nós? Somos deixados chorando enquanto esperamos o próximo episódio!


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Comentários

  1. Essa série está me levando às lágrimas, além de me fazer refletir a vida em vários sentidos. Chorei muito com esse episódio, não há como não amar Rise! Adorando demais!

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    1. E ainda quero uma versão completa de "Spring Awakening" no fim da temporada! HAHA

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