Rise 1x05 – We’ve All Got Our Junk
“We’ve all
got our junk… and my junk is you!”
Eu já amava
esse episódio muito antes dele ir ao ar quando eu li “We’ve all go tour junk” no título, afinal “My Junk” é uma das músicas de “Spring
Awakening” que eu mais queria ver na série. Sou um apaixonado pelo musical
de anos (mais de 10, na verdade), e “My
Junk” é a primeira música mais “animadinha” que “Rise” faz. Na verdade tivemos pequenos trechos de “Totally Fucked” e “The Bitch of Living”, mas as músicas principais dos episódios foram as mais melancólicas do musical,
como “I Believe”, “Left Behind”, “The
Word of Your Body” e “The Song of
Purple Summer”, e foi muito bom vermos essa cor que “My Junk” dá a “Rise”
assim como deu a “Spring Awakening”,
até porque considero que, com a inocência das meninas vs a masturbação de
Hänschen, essa é talvez uma das cenas mais leves e divertidas do musical… de
todo modo, foi FANTÁSTICO ouvi-la na série!
O episódio é
bem construído e repleto de detalhes. Temos certo destaque direcionado a Gwen,
depois de tanto tempo, e mais um pouco de Gordy, e é legal como os caminhos
deles estão se cruzando. No começo do episódio, depois de passar uma noite fora
de casa, Gordy é descoberto na casa de Gwen, e a cena em que Gail e Lou vão
buscá-lo, e a mãe dá uma bronca emocionante nele na frente de todo mundo é
memorável. Gwen está tendo que lutar os seus próprios problemas, que incluem um
divórcio que é anunciado a ela na frente de uma “estranha”, e é importante
notar o quanto ela está sofrendo quando fala com o pai na escola, e o Gordy
está por perto, presenciando tudo… a maneira como cada um dos dois têm seus
problemas, mas estão se ajudando e se aproximando… já não tem mais como não torcer por eles.
E tem tudo a ver com a música.
As cenas de
Gordy, melhorando a cada semana, também foram muito boas. Lou e Gail
estabelecem regras mais rigorosas agora, e ele será submetido regularmente a um
bafômetro, e assim que qualquer coisa der errada, o próximo passo é um programa de internação. Eu entendo o desespero
dos pais, e também acredito que Gordy foi sincero quando disse que “nunca mais
faria isso”. Não que ele nunca mais vá
fazer, mas eu acreditei na sua intenção,
e talvez tenha muito a ver com o sofrimento todo que ele presencia de Gwen. Destaque
para a cena em que Lou vai falar com o filho e conta que o seu pai era um
alcóolatra, e a carinha de choro do Gordy quase me levou às lágrimas. E embora
eu tenha confiado na sua intenção, talvez
sua promessa não seja o suficiente e ele não consiga se livrar desse vício (!)
sozinho, e precise de ajuda.
Que não precisa ser a família ou uma
internação.
Talvez seja Gwen.
Uma das
coisas mais leves e gostosas de se assistir nesse episódio de “Rise” foi o nascimento de uma relação
entre Tracey e o Sr. Kranepool. No início do episódio, Lou lhe pede desculpas
por ter se metido em sua vida pessoal, e então ela diz que “não foi um total
desastre” e que “está tudo bem”. Dito isso, ele tem cenas divertidas com
Tracey, como quando eles espiam o Sr. Kranepool, e eu acho que ele trouxe um
pouco de sua experiência em comédia de “How
I met your mother”, porque as suas expressões céticas (e quase debochadas)
enquanto Tracey dizia que “não ia namorar um colega de trabalho” foram
hilárias. Tracey está receosa de de fato assumir um relacionamento com outro
professor, mas aí está ela, e eu achei um máximo. Ela entra na sala, pergunta o
que ele quis dizer com “resplandecente”, super “delicada”, e então o beija e
vai embora.
Tracey <3
Lilette e
Robbie, por sua vez, enfrentam problemas no relacionamento que só está
iniciando, e um pouco é por causa do estúpido do pai de Robbie, um pouco é por
seus próprios pensamentos, mas ele acaba julgando Lilette e sua mãe, isso gera
briga, e então ela também solta uma frase poderosa contra ele: “I mean, your dad left his sick wife for a
younger woman, so I don't know who either of you are to be judging anyone”.
Wow. Isso gera um desconforto entre eles, problemas nos ensaios (porque é
justamente a cena que antecede “I
Believe”, quando Wendla e Melchior estão descobrindo os prazeres da carne
durante a tempestade), e Lilette chega em casa sentindo-se muito mal, mas é
interessante notar o quanto pais
influenciam em seus filhos, e aqui estamos falando tanto do pai de Robbie
quanto da mãe de Lilette, de maneiras diferentes.
“We are who we are and we can’t change it”
A cena de
Lilette com a mãe, e não é a primeira vez, é extremamente forte. Ali, ela diz
que o pai de Robbie não acha que ela seja boa o suficiente para seu filho, e
ela acaba jogando na cara da mãe o fato de ela deixar que o seu chefe a assedie
por anos sem fazer nada, e aquela acusação doeu de verdade. Assim, a história
chega ao fim com duas frentes. De um lado, Lilette e Robbie conversam no
terraço da escola em uma cena bem fofa e extremamente necessária, em que ele
diz que “está a fim dela”, e que isso é algo real e que perdurará mesmo quando
eles não estiverem mais atuando juntos em “Spring
Awakening”. Depois que eles fazem as pazes, e a mãe de Lilette fica com o
que ela disse martelando em sua cabeça, durante “My Junk” ela finalmente coloca um fim em todo o abuso de anos,
mandando o chefe parar de tocar nela, e então batendo nele.
E foi com satisfação que assistimos àquilo.
Simon, agora.
AH, COMO EU AMO O SIMON. Queria protegê-lo, queria poder cuidar dele e dizer
que tudo ia ficar bem, e que ele pode ser gay, que ele pode ser o Hänschen, e
que ele é um máximo exatamente como é. Nesse episódio, ele chega a St. Francis,
e a sua infelicidade por estar longe de Stanton e dos amigos é palpável. Adoro
como, durante uma refeição com a família, ele fala com indiferença sobre a
escola, e mostra um desinteresse em relação ao teatro lá que é um alerta
importantíssimo para como ele está se
sentindo. Então ele visita o grupo de teatro em Stanton, enquanto Lilette
ensaia “Those You’ve Known” (mal
posso esperar para ver a cena completa, com Simon e Robbie!), uma das músicas
mais lindas e mais TRISTES de todo o musical. Então eu me arrepiei inteiro, e o abraço que ela dá em Simon quando
deixa o palco logo em seguida…
Lindo demais.
Então ela
ARRASA ao aconselhá-lo sobre a nova escola, e dizer que “tudo bem” se essa for
uma decisão sua, mas se está fazendo isso só para agradar os pais… então ele não está certo. “It’s still your
life to live, not his”. Com essa força da melhor amiga, Simon toma coragem
para enfrentar os pais e dizer que quer voltar a Stanton, e o babaca do seu
pai, nem se dá ao trabalho de escutá-lo,
irredutível e intolerante, até que a mulher se manifeste, e eu queria
abraçá-la: “Robert! Your son is trying to talk to you”. Então, enquanto Simon visivelmente
sofre, a mãe enfrenta o pai intolerante e pergunta o que lhe incomoda tanto nessa peça, e se ela não pode
explicar-lhe isso, então ela não pode ficar ao seu lado nessa discussão. A
minha impressão é de que Robert tem algum trauma pessoal que foi relembrado ao ler o roteiro da peça, como abuso ou
algo assim.
Afinal, “Spring Awakening” toca mesmo em
feridas.
E falando em “Spring Awakening”, que DELÍCIA vê-la
cada vez mais palpável nos episódios de “Rise”.
Dessa vez, o elenco começa a ensaiar com a orquestra, e é um verdadeiro
desastre, inicialmente. É para ser uma apresentação de “My Junk”, mas as expressões dos jovens e de Lou enquanto a
orquestra canta é impagável, e eles sinceramente não sabem o que vão fazer
agora… achei bonitinho como o Maashous vai até Lou oferecendo uma ajuda,
apresentando Sandeep que é tão bom na guitarra, e então Lou começa a pensar em
uma nova abordagem, que tem tudo a ver com “Spring
Awakening”. Tudo bem que ele faz isso de uma forma, quiçá, equivocada,
tirando a autoridade das mãos de Harold, mas realmente ele conseguiu uma
interpretação MUITO MAIS FASCINANTE de “My
Junk” quando estava regendo a orquestra.
Preciso dizer isso.
Na verdade,
Harold acaba ficando, depois de uma ameaça de ir embora, mas eu devo dizer que
essa questão toda da “desconstrução” tem muito a ver com “Spring Awakening”, e músicas não só como “My Junk”, mas “Totally
Fucked”, por exemplo. A apresentação final do episódio, uma das coisas que
eu mais estava esperando na série, é com o elenco cantando “My Junk”, e aquilo ME ARREPIOU, que perfeição. Começa com a parte
das meninas, e então eu fiquei pensando: “Mas
o Simon tem uma parte dessa música!” Então, para a minha alegria, em um timing perfeito, o Simon retorna a
Stanton e se junta à sua família do teatro bem nesse momento, e realmente canta
um trecho da música com outro garoto, enquanto troca uns olhares significativos
com Jeremy que fizeram meu coração dar um pequeno salto. Uma cena simplesmente
MARAVILHOSA que já entra para o hall
de minhas cenas favoritas em “Rise”!
Estou amando a série!
ResponderExcluirE adorei seu blog, não conhecia! Te convido para dar uma olhada no meu, www.portalcomentatv.com, até! :)
Eu ia dizer que também estou, mas se você leu meu texto já percebeu, né? Está maravilhosa! <3
ExcluirMuito obrigado por seu comentário, fico feliz que tenha gostado!
Volte sempre \o/ Também gostei MUITO do seu blog, vou comentar por lá! :)