The Flash 4x17 – Null and Annoyed



“You make this team better by being on it”
Não é de hoje que “The Flash” deixa a desejar como série, mas vou dizer o que eles fizeram de mais certo nessa quarta temporada: RALPH DIBNY! Por isso, eu meio que me incomodo em episódio como esse, em que o Ralph é simplesmente incrível e o Barry vem com aquela sua atitude mais insuportável de convencido e egoísta e quer que as coisas sejam feitas apenas do modo dele. Sua atitude arrogante de superioridade que pensa que apenas “o seu jeito é o certo” me dá nos nervos, e eu passei o episódio todo esperando que Ralph Dibny mostrasse que é um herói tão bom quanto Barry Allen, porque ele faz as coisas à sua própria maneira, e a sua maneira é muito legal! Ele traz humor à série, ele traz um lado cartunesco bacana, coisas bem surreais, mas mostra uma eficiência bacana que muitas vezes o Flash não traz. Então eu só queria que o Barry calasse a boca.
Ralph Dibny SABE que sua vida depende de pegar Clifford DeVoe, e ele sabe disso há muito tempo. É bastante egocêntrico da parte dos outros achar que ele está negligenciando essa informação e pensar que apenas os planos que eles armam são possíveis de funcionar. Além de fazer comentários hilários como “We would be the DC Comics”, Ralph faz as coisas com um senso de humor que lhe é muito importante, e não há nada de errado nisso. Mas Barry se acha tão perfeito, tão inteligente, tão infalível… e vive não fazendo nada direito. Quando Ralph e Barry quebram aquele vaso na cena do crime de Null, Barry quer colocar a culpa em Ralph, mas ele é tão culpado quanto, por ficar se intrometendo e não deixar que Dibny aja por conta própria. Ele é intenso, não segue as regras como o Barry, mas ele consegue resultados, e geralmente sem ferir ninguém.
Impersonando o Joe, talvez, mas sem machucar ninguém.
Eu gostei da cena do Barry “transformado” num balão de hélio (e do comentário de Ralph sobre Charlie Bucket!), mas seria mais legal se o Barry fosse para a atmosfera e simplesmente sumisse para sempre… porque quando ele cai, depois de um pequeno segundo em que eu ri dele, ele volta à sua atitude insuportável. Chato, mandão, cheio de querer dar broncas… e quando ele diz aquele “He’s gonna lose it unless he starts thinking like me, like I taught him”, eu ri de puro nervosa – como ele se coloca num pedestal, não é? Chega a dar nojo. E eu nem sou lá um grande fã de Iris West nem nada, embora talvez ela tenha mesmo dado uma melhorada ao longo dessa temporada, mas ela enfim é a voz da razão, mostrando ao babaca do Barry que seu jeito não é o único certo, e dessa vez eu tive que apoiá-la completamente, por sua fala arrasou:

“Barry, you didn't see it, but when you were gone, Ralph rose to the occasion. He cracked jokes. He thought outside the box. I mean, he got the job done in the way that he knows how. So, the question is, are you upset with Ralph because you think he's screwing around or because he's not following your plan?”

Por isso, finalmente o Barry precisa baixar a crista. Ele vai lá e PEDE A AJUDA de Ralph, e em um momento bem emotivo, Ralph fala sobre o motivo de fazer piada o tempo todo:

“Yeah, well not everybody grew up with a super dad like Joe West who makes it easy to talk about your feelings. When I was ten years old, my dad walked out on me and my mom. And I was terrified. But my mom, she was even more afraid. So, you know, I just started making jokes. Started doing stupid gags and funny bits and whoopee cushions. Anything to push her fear away. And the thing is, after a while I started to push my fear away too. […] It's not that I don't care about beating DeVoe. It's not that I don't care about being a great hero. It's just that ever since then, anytime that I'm afraid, I either hide... Or I make jokes”

E ao longo dessa fala, eu me apaixonei um pouco mais por Ralph Dibny <3
Porque a verdade é que ele é um fofo, e essa história sobre ele e sua mãe foi de encher o coração. Ele tem um bom motivo para ser como é, e ser como ele é acaba sendo algo bom. Por isso, na próxima batalha contra Null, a vida de Barry está nas mãos de Ralph Dibny, e ele precisa confiar nele e em seu jeito maluco e eficaz de ser um herói, como transformando-se em uma almofada gigante de peido ou algo assim… ele salva a vida de Barry, da sua própria maneira, e é um ótimo amigo… o suficiente para que Barry vá falar com ele, no final, e diga com todas as letras: “You helped me realize that I can't always take everything so seriously. Even when it comes to Thinker. […] Means you're a great hero. And you make this team better by being on it”. Era exatamente o que eu queria ver o Barry dizer ao Ralph, porque ele PRECISAVA reconhecer tudo o que Ralph é! \o/
Por fim, temos Marlize e Clifford e essas mudanças drásticas nos acontecimentos. As coisas não estão nada bem para eles como um casal, e uma das cenas é desesperadora, quando Marlize descobre que está sendo drogada pelo marido, e grava um vídeo de aviso, pedindo para que ela não se esqueça, e que Clifford DeVoe é um monstro e ela precisa fugir dali. No entanto, quando está para salvar o arquivo, ela tenta colocar o nome de um arquivo já existente, vendo outro vídeo muito similar, e então não sabemos quantas vezes isso já aconteceu. Clifford tem usado as lágrimas do Weeper para alterar a memória de Marlize quantas vezes forem necessárias e mantê-la ali, ao seu lado, e aquele final não poderia ser mais desesperador, quando vemos uma das cenas entre Marlize e Clifford se repetir, e entendemos que Marlize está eternamente presa em um ciclo assustador…
Um dos melhores momentos do episódio!

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