Vale o Piloto? – The Crossing 1x01
“We’re not the first ones to come here”
Assistimos à
estreia de “The Crossing” já
influenciados a fazermos comparações. O próprio canal a divulgou chamando a
atenção para o fato de ser do mesmo canal de onde veio “Lost” (e esse foi o principal motivo pelo qual eu resolve conferir
a série!), e é impossível não pensarmos em algumas outras séries, como “The 4400”, ou até “Under the Dome”. Por fim, também quiçá um pouquinho de “Continuum”, uma das melhores séries de
viagem no tempo que vi nos últimos anos, e que não ficou lá tão conhecida assim
aqui no Brasil. A estreia de “The
Crossing” é bacana e já começa a colocar as suas cartas na mesa desde o
primeiro momento, com 47 refugiados que sobrevivem depois de aparecerem na costa
de uma pequena cidade nos Estados Unidos. Outras 400 pessoas, aproximadamente,
morrem afogadas nessa travessia, e
parece que há muito a ser explorado.
Gosto de um
bom mistério, e muito me interessa a característica de “The Crossing” já ter começado com
tudo, sem aquela fase “despretensiosa” em que tudo parece “uma história
normal”. A cena inicial, como vimos no trailer, é repleta de desespero, quando
corpos e corpos aparecem na praia, e ninguém parece saber de onde vieram: “None of them were wearing life jackets. […] Where do
they come from, Jude?” Aparentemente não vêm de nenhum naufrágio, nem de
nenhum acidente de avião, e a trama é visivelmente intrigante. Vindos do
futuro, eles se encantam pela quantidade de estrelas que podem ver no céu, e
uma garotinha, chamada Leah, parece nunca ter ouvido falar na Bíblia, o que
deixa Jude desconcertado. Segundo ela, eles estão todos fugindo de uma guerra,
ali mesmo, em algum ponto do futuro.
Ainda não começou, mas ela existirá.
Os
sobreviventes falam à polícia sobre VIAGEM NO TEMPO, e o mais interessante é
que, por mais cético que eles estejam, eles percebem que a história é bem fechada e todos a contam com perfeição.
Supostamente, eles estavam fugindo de uma guerra no futuro, e algo deu errado,
pois ninguém esperava chegar embaixo da
água. A guerra, por sua vez, não era uma guerra qualquer, mas um
“extermínio”, um “holocausto”, e parece que eles estavam sendo extintos. Em
algum ponto do futuro, onde isso tudo já acontecem, a raça humana se dividiu
entre as pessoas “normais” e os Apex, que são algo como “o próximo passo da
evolução humana”. Com o caso ficando bastante complexo, Jude e a cidadezinha
são afastados, e ele ganha uma lista de coisas de informações parcas que pode
divulgar para a mídia, porque ninguém
quer causar uma histeria com 50 refugiados que dizem terem vindo do futuro.
E eles não têm nada para provar o contrário.
A trama do
episódio é bem ágil, e uma série de coisas acontecem. Depois de vermos Leah se
separar da mãe, no fundo do mar, também vemos que a mulher sobreviveu e foi
encontrada por um barco, mas por ora está distante da filha. Os refugiados, por
sua vez, estão conhecendo esse novo
lugar e toda as diferenças que encontram. Tem o lance da carne, por exemplo (“Food,
right. You know, someone said their
meat comes from real animals”), ou a Leah que ganha um ursinho em forma de coelho
e não conhece o animal… há uma boa mistura desse tema bem atual de refugiados misturado a uma deliciosa ficção científica que eu adoro. Agora,
os refugiados precisam se habituar a tudo que é absurdamente diferente nesse novo tempo, e a lidar com as suas
dificuldades para confiar nas pessoas, enquanto alguns personagens ainda são
meras provocações, como Hannah e Roy, o policial gatinho…
Uma das
partes mais interessantes do episódio vem quando Thomas oferece informação em
que o governo poderia estar interessado, e então anuncia: “We’re not the first ones to come here”. No entanto, quando ele é
encaminhado para o superior à Agente Emma, o homem é um desses que vieram do futuro, então a situação está
mesmo mais complicada do que se imagina – e eles estão aqui para “mudar a
História”, algo como em “Continuum”.
A trama promete ser bem boa, e temos vários elementos que muito nos interessam,
como essa já mencionada, e o fato de Reece, a mãe de Leah, ser uma Apex, ou
seja, uma mulher com habilidades sobre-humanas, que se “junta” a Jude, nesse
momento, para tentar encontrar a sua filha entre os sobreviventes… ainda não
sei que rumos “The Crossing” vai
tomar, e se vai figurar entre minhas séries favoritas, mas eu acredito que tem
POTENCIAL!
Estou curioso por mais.
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