3% 2x02 – Torradeira
“A quem você é leal?”
Uma coisa a
dizer: RAFAEL. Sempre fui apaixonado pelo Rafael, provavelmente desde que ele
roubou aquele cubo na primeira prova do Processo 104, e assistindo à série eu
percebi que tinha feito escolhas
acertadas. Agora, Rafael está sendo submetido a uma série de simulações
(bem “Divergente”, huh?) para saber
se ele poderá se juntar ao batalhão que ruma de volt ao Continente para o
Processo 105, ou se ficará mesmo no Maralto. Marcela, frente à sua insistência
para voltar, se questiona o “porquê de ele querer tanto ir ao Continente”, e
essa é a base que guia todo o episódio. “Torradeira”
explora um pouco mais do Maralto, e possibilidades desconhecidas na primeira
temporada de “3%”, dentre elas o
divertidíssimo “Prossexo” e um pouco
de tecnologia meio “Black Mirror”,
construindo bem uma distopia e seguindo afastando a realidade do Continente e
do Maralto.
Assim que
chegou ao Maralto, Rafael queria colocar o seu plano em prática: “E aí, Michele? Pronta pra destruir isso
tudo?” Como vimos no episódio anterior, ela não respondeu a essa pergunta,
e rapidamente se afastou de tudo isso, enquanto Rafael seguiu fiel à Causa. Sua primeira missão era
construir um rádio com o qual pudesse se comunicar com a cúpula da Causa no Continente,
mas isso não era tão fácil quanto parecia,
e os aparelhos altamente tecnológicos do Maralto não podiam fornecer a Rafael
as peças de que precisava para que pudesse bancar o MacGyver. Assim, ele fez de
tudo para chegar até Michele, o que envolveu queimar a mão de propósito para
acabar no hospital e perguntar sobre ela, e quando ele foi visitá-la no CRT,
Michele lhe informou: “Eu não sou mais da
Causa”. Rafael não insiste, mas ele
está determinado a seguir sozinho.
Eu já disse que eu AMO o Rafael?
De todo modo,
preciso comentar duas coisas a respeito do Maralto: 1) eu adorei ver como ele é
LGBT, pelos casais que vi se beijando; e 2) o Prossexo é um MÁXIMO, não é?
Conforme definido no episódio, ele é “um Processo com fins de pegação”, e o
responsável por ele se apresenta como “Álvaro, mas pode me chamar de Ezequiel
do Amor”. Foi uma cena divertida, um pouco
caliente, e as perguntas da entrevista, bem diretas, foram sensacionais. A tecnologia meio “Black Mirror”, no entanto, não parece lá tão eficaz, já que Rafael
encontra Eliza, a médica de outro dia, e o “nível de afinidade” deles parece
ser 1,4%, mas eles acabam se envolvendo, transando e, de alguma maneira, sendo felizes… inclusive, gostei
BASTANTE das cenas! E o mais legal foi que Rafael encontrou, na casa dela, uma
torradeira que podia ajudá-lo a fazer o rádio, mas foi depois de se envolver com ele.
Ou seja, ele não fez isso por interesse!
Enquanto
isso, no Continente, Fernando é convidado a “treinar” os jovens que estão
prestes a irem para o Processo 105, e por mais doentio que pareça, eu estou gostando de ver essa nova abordagem…
ele pega pesado na entrevista, mas é fiel à realidade, e a prova dos cubos
recriada foi um máximo, com direito à sabotagem no final, que me fez pensar em
uma coisa: Glória é Michele e Ariel é Rafael, não? Joana, por sua vez, tenta
convencer Silas de que “há outra maneira”, mas eu entendo a posição dele de
estar cansado de se frustrar, e
desejar acabar com isso de uma vez por todas… é brutal, mas talvez seja a única maneira de acabar com o Processo de
uma vez por todas. Não acreditando que seja a única maneira, no entanto,
Joana vai até Fernando tentar conseguir, mais uma vez, a sua ajuda: um plano alternativo para impedir o próximo
Processo.
No Maralto,
depois de praticamente um ano com Eliza e várias cenas sem camisa, Rafael está
inconformado com o fato de não ter passado na simulação para ir ao continente,
e por isso ele fala no rádio, sem resposta, avisando a Causa que Michele está
voltando, mas eles não podem confiar nela, porque
ela passou para o lado “deles” na primeira semana. É nesse momento que
Eliza descobre o rádio de Rafael, sem se dar conta de que ele é um infiltrado
da Causa, porque ele inventa uma mentirinha fajuta na qual ela cai rapidamente.
Mesmo assim, ela conta algo importante: não
dá para se comunicar por rádio do Maralto com o Continente, porque o Maralto
tem bloqueador de sinal. Então, todo esse empenho de Rafael ao longo de um
ano não serviu para nada. A sua única
alternativa é MESMO ir para o Continente no batalhão de Marcela.
Por isso, ele
retorna para refazer seu teste e,
dessa vez, ele passa, em recorde de tempo. Quando ele vai para casa conversar
com Eliza, no entanto, ele encontra a casa toda revirada, o rádio desapareceu,
e Rafael acaba capturado em uma sequência angustiante.
“A quem você é leal?” Tudo o que eu
pensava era na proteção de Rafael, e foi angustiante vê-lo sofrer, vê-lo
chorar, e vê-lo se preocupar com Eliza DE VERDADE, que acaba assassinada por
ele se recusar a falar alguma coisa que não seja sua “lealdade a Marcela”. Os
gritos e o sofrimento dele foram absurdamente reais com a morte de Eliza, e eu
confesso que foi com um imenso ALÍVIO que eu percebi que tudo não passava de
uma nova simulação de Marcela, para garantir que ele era fiel a ela e apenas a
ela. Também me orgulho de Rafael por ter
conseguido não sucumbir a essa pressão toda.
Ele é mesmo
um máximo!
Ele abraçando Eliza quando chega em casa <3
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