A Usurpadora – Mandato de Prisão
“No voy
como Paola Bracho. Yo soy Paulina Martínez. Yo soy la usurpadora”
A prisão de
Paulina Martínez é um dos momentos-chave de “A
Usurpadora”, e eu confesso que gosto muito
do caminho que leva, em último lugar, até essa prisão. Principalmente porque
não é Paola Bracho quem está envolvido nela, inicialmente, e porque a Família
Bracho, como um todo, não deseja isso
para Paulina. Todos já sabem que ela é uma “usurpadora”, e sabem que a
verdadeira “vilã” é Paola. Carlos Daniel
está apaixonado, Vovó Piedad a ama como se fosse sua neta, e até Rodrigo
aprendeu a respeitá-la. Mas, naturalmente, há quem não esteja satisfeito,
entre eles Willy, que ameaça denunciá-la caso ela atrapalhe sua vida com
Estefanía (quando, na verdade, ela só está tentando salvá-la desse cafajeste!)
e, claro, Gema. É Gema quem faz a
denúncia oficial na polícia, dizendo que a usurpadora “Paulina Martínez” está
na Casa dos Bracho.
Uma variedade
de cenas simboliza esse momento. Como quando Paulina chora ao falar com
Carlitos, dizendo que sempre o amou,
“tanto quanto ama o seu pai”, e Carlos Daniel escuta quando ela diz isso, e um sorriso verdadeiro se abre no meu rosto
imediatamente. Então ele a confronta: “¿Entonces?
¿Es verdad lo que dices Abuela Piedad? ¿Es verdad que me quieres, Paulina?”,
e ela confessa. Ela diz que SIM, que o ama com todas as forças de seu coração,
ainda que não deva e ainda que esteja “roubando esse amor de outra mulher”, ela
confessa que o ama, mas o adverte de que
eles não poderão fazer nada a respeito. Segundo ela, eles nunca poderão
estar juntos, e os seus dias são mesmo contados… ou ela terá que abandonar a Casa dos Bracho, ou então ela terá que ser
presa. E a polícia está mesmo em seu encalço, disposta a prendê-la.
Eles aparecem
na Mansão em busca da “usurpadora”, e eu adoro a força e dissimulação da Vovó
Piedad, sempre uma fofa, dizendo que
“eles estão no lugar errado”, porque “ali está Paola Bracho, a verdadeira”.
Então, ela os coloca para fora, para buscar a usurpadora em outro lugar, cheia
de forças. Paulina também participa do jogo, em outra ocasião, quando a polícia
tenta levá-la, e diz coisas como “Esse
policial que me confunde com Paola Bracho”, e Carlos Daniel confirma que
aquela é “Paola”, e eu amo essa UNIÃO da família em defesa de Paulina Martínez.
Dissimulados, eles dizem que se o mandato
de prisão está em nome de Paulina Martínez, como podem levar Paola Bracho?
E tudo parece que vai dar certo, mas então a verdadeira Paola Bracho ressurge,
enferma, e a polícia a localiza.
Portanto, a mentira não pode durar muito mais tempo.
A avó manda
que Paulina fuja, e Paulina quase
pensa em se render à polícia, mas segue escapando discretamente, até que a sua
bondade a coloque, novamente, no caminho da polícia. Afinal, quando Willy
agride Estefanía e esta quase perde o bebê, Paulina doa o seu sangue para ela, na mesma clínica em que Paola está internada.
Então o jogo com o destino fica arriscado demais, a polícia retorna com um
mandato de prisão para “Paola Bracho”, e levam Paulina enfim, que abandona o disfarce no último momento, enquanto é levada
pela polícia e diz: “Pero no voy como
Paola Bracho. Yo soy Paulina Martínez. Yo soy la usurpadora”. Agora,
Paulina está presa, sozinha em uma cela, chorando e sofrendo, pedindo a Deus
que não deixe sua irmã morrer, pedindo pela vida dela, que ela possa se salvar e possa se arrepender. Bem, essa última
parte…
Anyway.
Paulina é uma
pessoa boa, e às vezes o cúmulo da bondade faz as personagens agirem de forma
estúpida. Eu a entendo, em um primeiro momento, entendo como muda ao saber que
Paola é sua “irmã gêmea”, e como lamenta seu estado e espera por sua
recuperação e arrependimento. Ela perdoa Paola de tudo e pede que ela “se
arrependa de seus pecados”, quando fala com ela naquela cadeira de rodas, mas Paola não terá toda essa consideração em
relação a ela. Então, em defesa da irmã, Paulina se declara CULPADA de
todas as acusações, menos do sequestro de Carlitos, e em oposição à toda a
força e inteligência que Paulina Martínez demonstrou o tempo todo ao longo de “A Usurpadora”, agora estamos em uma
fase complicada da personagem, em que ela se recusa a receber defesa de qualquer
advogado ou depor contra sua irmã.
Por isso, o processo deve ser longo.
Essa parte da trama é muito tensa, e tudo vai acontecendo de forma muito ágil. A integridade de Paulina é inquestionável, a vovó é espetacular expulsando a polícia... Maravilhosa! Os Bracho em defesa de Paulina nem se fala: Carlos Daniel com aquela cara de cachorro abandonado que caiu da mudança, quase implorando pelo carinho de Paulina é muito fofo, e ainda tem Paulina dando um "tapa na cara" de Estefanía ao doar sangue para ela, é quase um, "cala a boca Estefanía eu vou ajudar e pronto"... Adoro! Mas realmente tem um momento que tudo precisa ser posto em pratos limpos, porque não adianta mais fugir da verdade, e quando Paulina faz isso, ela faz de uma forma surpreendente e corajosa ao se entregar à polícia. A Usurpadora: eu amo demais!
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