Carinha de Anjo (2018) – Os trigêmeos da Tia Perucas!



A escolha dos padrinhos… <3
É, “Carinha de Anjo” vai mesmo chegar aos seus 400 capítulos, embora ninguém mais tenha paciência para a novela… com capítulos reduzidos a apenas 20 minutos de duração, as histórias, já enroladas há muito tempo, demoram ainda mais para acontecer, mas se teve alguma coisa bacana e bem apresentada nessas últimas semanas foi o drama de Cassandra. A personagem deu uma movimentada em “Carinha de Anjo” quando entrou, emocionou em suas primeiras cenas, e então fez uma série de maldades, a maioria delas como uma forma de rebeldia, ou de chamar atenção, ou mesmo de tentar mostrar para o pai que não estava feliz com várias coisas. Entendo a personagem em vários níveis, e embora não tenha escrito muito sobre ela (a não ser em sua chegada na novela!), eu acho que foi uma personagem bem escrita e, mais que isso, brilhantemente interpretada por Bárbara Maia!
E isso faz toda a diferença.
Ainda mais em “Carinha de Anjo”.
Cassandra é uma personagem INTENSA, movida por PAIXÃO. E quando eu digo “paixão”, evidentemente não me refiro a nada romântico ou sexual, mas àquele sentimento intenso que nubla a razão, por vezes. Assim, a frustração da infelicidade de perder a mãe se converte em atitudes questionáveis com o pai e, principalmente, com a Estefânia, a mulher com quem, em sua cabeça, “ela precisa dividi-lo”. O amor não resolvido por Rogério, também, se torna uma série de atitudes mesquinhas, implicância e problemas de modo geral. Cassandra protagonizou cenas IMPORTANTES em “Carinha de Anjo”, cenas que, principalmente, mostraram que o SBT pode abordar alguns temas mais sérios e captar outro público que não só o infantil, como aquele vídeo circulando da Cassandra na balada ou ainda aquele dia em que ela desmaiou numa festa e Estefânia e Gustavo foram buscá-la.
Foram muitas cenas memoráveis.
Uma delas veio recentemente, e acho que muita gente (eu, inclusive), não a esperava mais: QUANDO ESTEFÂNIA DÁ UM TAPA EM CASSANDRA. É uma cena icônica do original, “Carita de Ángel”, mas vale lembrar que as novelas mexicanas adoram tapas e dramas (talvez eu também), e parecia forte uma mulher adulta batendo em uma adolescente, independente das provocações e tudo… afinal de contas, espera-se que Estefânia seja a adulta da situação. Mas paciência tem limite, eu presumo, e os hormônios da gravidez brincam com os nervos. Surpreendentemente, a cena em que a Tia Peruca dá um tapa na cara de Cassandra foi cinematográfica, bem filmada, real, e não soou forçada. Tampouco soou violenta, por causa de toda a introdução que levou a ela, até que Estefânia simplesmente não soubesse mais o que fazer para controlar a garota.
Porque Cassandra estava entrando numa espécie de surto, e aqui eu preciso elogiar longamente a atuação de Bárbara Maia: QUE CENA IMPECÁVEL. Cassandra passou por muito, e estava no limite nos últimos dias, especialmente desde que o pai não se lembrou do aniversário de sua mãe e ela teve que enfrentar essa dor sozinha. Nessa cena, que antecede o tapa, Cassandra acendeu uma vela para sua mãe, cantou “Parabéns”, e interpretou tudo da forma mais convincente possível, e sabemos que não é fácil atuar um surto como esse. Arrisco-me a dizer, talvez, que sua atuação estava quase no nível da de Bruno Gagliasso como o Tarso em “Caminho das Índias”, que é uma das melhores atuações de sua carreira – só poderia afirmar isso com toda a certeza se a personagem seguisse explorando esse caminho, mas acredito que Bárbara Maia teria tirado de letra…
…a julgar por aquela cena brilhante, ao menos!
De todo modo, o tapa vem, como um desespero de Estefânia que estava até com medo. E logo que faz isso, ela passa mal e desmaia… as cenas que se seguem são bem emotivas, e muito bem-feitas, por incrível que pareça. Cassandra sai correndo de casa, verdadeiramente desesperada, parando um carro na rua para pedir ajuda para “a sua madrasta, que está grávida”. E foi ela quem ajudou a Estefânia, no fim de tudo. Acho que no hospital, agiram extremamente errado com ela, mas a Solange é sempre desprezível (sério, como eu detesto a Solange!), e o Vítor talvez estivesse com a cabeça quente demais, preocupado com a esposa e com os filhos – mesmo assim, o Vítor AGIU ERRADO, sim, e precisamos admitir isso. Sei o que minha mãe faria nessa situação: ela não discutiria, não daria bronca, apenas diria que “conversaríamos depois”. Agora o Vítor olhar para a Cassandra e dizer que “nunca a perdoaria se algo acontecesse com a Estefânia”?
Meio forte.
Especialmente porque era VISÍVEL que a Cassandra estava arrependida. Felizmente, o seu sofrimento não dura muito. Ela implora para o médico que ele salve “os seus irmãos”, e é linda a emoção sincera dela quando isso realmente acontece. Como resultado, temos, mais tarde, um vídeo LINDÍSSIMO que a Estefânia manda para ela ao acordar, agradecendo por ela não ter contado a ninguém que lhe deu um tapa, e dizendo que elas ganharam uma nova chance de começar de novo. E agora a mudança de Cassandra é real, e não algum novo joguinho para enganar alguém, como o pai. Ela cresceu, ela evoluiu, amadureceu… percebeu o que ela precisava, que era do amor que essa família, a SUA família, estava pronta para lhe dar. Quer dizer, menos a Solange. Que nem é da família mesmo. Além disso, ela ainda ganha o primeiro beijo real de Rogério.
E é sincero, bonito. Melhor que a maioria dos beijos do SBT!
Depois disso, OS BEBÊS NASCEM, ganham “peruquinhas” coloridas para identificá-los, e a ALEGRIA de Cassandra é real… tanto que é graças a ela que a cena dos padrinhos fica ainda mais emocionante. Estefânia e Vítor preparam um encontro em sua casa e convidam pessoas muito especiais para eles, e nomeiam os padrinhos dos três filhos. Um deles é de Gustavo e Cecília, como era de se esperar. Outro é de Francielle e Silvestre, e eu achei aquilo JUSTÍSSIMO, afinal de contas, acho que a Francielle e a Estefânia foram mais amigas e parceiras nessa versão de “Carinha de Anjo” do que a Tia Peruca jamais foi de Cecília (!). Por fim, e esse é o momento mais emocionante, o único menino dos trigêmeos será afilhado de Cassandra e Rogério. E ambos arrasam na cena da recepção da criança, na emoção nos olhos e na fala. Tudo não podia ser mais perfeito.
Agora, vem a gravidez da Cecília!

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Comentários

  1. Olha eu gostei da cena em que a Cassandra sente remorso ao fazer a tia Perucas desmaiar e ela pede ajuda, foi muito bonita a atitude dela, sem falar que depois ela resolveu mudar de verdade, diferente da Cassandra da versão mexicana que era uma completa psicopata e foi direto pro hospício(ou seria manícômio? Bom de qualquer jeito gostei da cena.

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    1. Eu também gostei MUITO da cena, como você viu na minha postagem :D

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  2. Para a nova versão de Carinha de Anjo ser emocionante na redenção de Cassandra não precisou daquele sequestro (que AINDA vai acontecer)

    O que achou da cena do castigo do Flávio? Eu achei bem forte e mais tarde sai um texto sobre isso no meu blog.

    Acharia mais fácil a Cecília ser madrinha de um futuro filho da Diana do que de um filho da Tia Perucas.

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    1. Eu gostei BASTANTE das cenas do Flávio, e eu chorei quando a Haydee o vê na rua... foi bem forte e bem-feito. Cheguei a pensar em escrever, mas como teve um tempo ali no meio que eu acabei não acompanhando, achei que o texto ficaria superficial! Quando você postar, vou ler sua opinião no seu blog! :D

      Sobre Cecília madrinha de um futuro filho da Diana: SIM! \o/ Provavelmente porque você concorda comigo que ela foi muito mais amiga da Diana do que da Estefânia nessa versão, não?!

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    2. Sim. Estefânia era mais amiga da Madre e da Solange do que da Cecília, que ia mais pro lado de Fabiana e Diana.

      Adoraria ler um texto seu sobre a cena do Flávio e da Haydee, o meu já está disponível!

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  3. Apesar de gostar da Cassandra ter tido um final feliz, fiquei bem frustrado que suavizaram a personagem,não vou mentir.

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