Chiquititas (2015) – Cíntia volta a ser diretora do Orfanato Raio de Luz!
“Difficult
times lie ahead, Harry”
Nós sabíamos
que o tempo de Carol como diretora do Orfanato Raio de Luz estava contado. Na verdade,
desde que ela assumiu o cargo nós sabíamos que isso não podia durar, e a
verdade é que durou por muito tempo, felizmente. Mas Carmem nunca esteve feliz
com isso, e ela é capaz de fazer qualquer
coisa para conseguir o que quer. Eu gostei de como, em seu período como
diretora, a Carol pôde enfrentar a Carmem, pôde fazer algumas coisas à sua maneira, e sempre teve a proteção não
só das crianças, mas também do Júnior e da carta do Doutor José Ricardo Almeida
Campos, que a nomeara diretora… no entanto, Cíntia retorna e ela quer
intensificar a busca pelo famigerado tesouro supostamente escondido nos túneis
subterrâneos do Orfanato, e ela acha que terá mais liberdade para fazê-lo se
estiver no Orfanato o tempo todo…
Como diretora, por exemplo.
Achei sinceramente
que ela conseguiria tirar a Carol da diretoria com aquela história de que “as
crianças estavam trabalhando”. Tudo surgiu por causa de um videogame que as
crianças queriam e, infelizmente, a Carol não tinha dinheiro suficiente para
comprar. Então, sem falar com nenhum adulto responsável, as crianças resolvem
fazer uma série de pequenos trabalhos
nas redondezas, como vender limonada, engraxar sapatos ou levar cachorros para
passear… convenientemente, a Cíntia presenciou o momento, tirou fotos, e a
Carmem tentou usar isso para tirar a Carol do cargo. Felizmente, o juiz confia
plenamente em seu trabalho e não é facilmente dobrado, e a Carol conseguiu se
safar dessa, por não saber o que
estava acontecendo, embora ela tenha, de todo modo, errado. Como diretora do Orfanato, ela precisava saber dessas
coisas.
Mas de uma
maneira ou de outra, a Carolina estava para deixar a diretoria. Como essa
conveniência do destino não foi o
suficiente, a Carmem planeja armar para ela da mesma maneira que foi armado
quando a Carol foi demitida do Café Boutique: acusando-a de roubar o dinheiro que as “damas da caridade” doam para o
Orfanato. Quem faz a transferência é a Matilde, mas ela o faz do próprio
computador da Carol, em horário de trabalho, e então fica extremamente difícil provar a sua inocência, e a
Carmem se aproveita da situação para tripudiar da Carol. [Embora ela tripudiará
de verdade mais tarde, ao recontratá-la] Injustamente acusada de roubo, de
novo, a história se repete, e em meio a muitas lágrimas e muito sofrimento,
Carol é afastada da diretoria e das crianças, e nós sabemos que não vem uma
fase muito boa para elas agora.
No entanto,
eu devo dizer que teve uma cena resultante disso tudo que me comoveu e que
precisava acontecer: a conversa da Carol e da Mili. Atualmente, Mili está
morando na casa dos Almeida Campos, com a Gabi, que além de amá-la como sua
filha, a convidou para morar lá para ajudá-la enquanto ela estiver cega – isso a
afasta das crianças e ela perde um pouco a sua característica mais forte, que é
a de cuidar das outras pessoas. Essa também é uma característica fortíssima da
própria Carolina, por isso temos uma cena LINDA quando a Mili vai dormir na
casa da Carol, e as duas conversam, abertamente e com maturidade, falando sobre
as coisas que as incomodam, como duas grandes amigas que se entendem e que se
amam… para mim, uma cena que “Chiquititas”
estava nos devendo desde o início da novela, e foi absurdamente lindo. E tocante.
Enquanto isso,
a Carmem faz o que quer com o Orfanato. Para ajudar, o Júnior está em uma “viagem”
com Andreia, e então ele não pode tentar deter a tia. Assim, Carmem nomeia a
Cíntia como a nova diretora (!), mesmo contra todos os protestos das crianças,
e agora tudo deve ficar mais difícil. A Cíntia não se importa e nunca se
importou com as crianças (e elas, com exceção da Vivi, sabem disso!), e agora
além de buscar incessantemente por um tesouro absurdo, ela também vai
dificultar a vida de todo mundo: vai afastar Vivi de seu pai cada vez mais,
além de impedir a Bia de voltar a morar no Orfanato, por exemplo, mesmo que ela
vá até lá pedir por isso, porque já não quer mais morar com o tio, depois de
tudo o que descobriu a seu respeito… nós precisamos de uma diretora que realmente se importe com essas crianças
para estar lá!
Quando essa trama foi exibida originalmente, muitas pessoas detestaram, dizendo que Íris Abravanel estava andando em círculos com a trama. Eu não acho que estava, ela só criou uma trama que não estava presente nessa fase da novela original. Eu me pergunto: será que foi ela que criou essa trama? Afinal de contas, devido ao meu questionamento, te trago uma curiosidade. Mosca e Mili, assim como Vivi e Samuca, foram dois casais criados pela colaboradora Marcela Arantes, este primeiro bastante inspirado em Agus e Tabano de Chiquititas 2006.
ResponderExcluirEu também não acho que ela estava, não, até porque não dura tanto assim, e faz todo o sentido! Tudo bem que nós gostamos de ver a Carol como diretora e tal, mas ela estava nessa posição há bastante tempo, então foi uma maneira de dar uma movimentada na trama. E acho que a Carol precisava, também, de um chacoalhão. Enfim HAHA
ExcluirMuito legal essa curiosidade! :) Faz sentido mesmo a Mili e o Mosca terem um quê de Agus e Tabano... por sinal, "Chiquititas Sin Fin" é minha temporada favorita da novela, ainda vou reassisti-la e escrever uma porção de textos! :D
Eu não gosto dessa nova versão de Chiquititas, mas gosto dos seus posts, pra mim o remake de Chiquititas é a mais medíocre das novelas infantis, até mais que Carrossel, tem muita enrolação e um roteiro confuso, além de casais que não combinam como Mili e Mosca, Íris só conseguia fazer um remake bom quando ela começou a fazer o remake de Cúmplices de um resgate a adaptação do livro Pollyanna.
ResponderExcluirJá eu, gosto MUITO. Para mim, a pior das novelas infantis é "Carinha de Anjo". Em primeiro lugar, empatadas em qualidade, coloco "Cúmplices de um Resgate" e "Chiquititas", e depois "Carrossel". "Poliana" ainda é cedo demais para colocar no ranking, não seria justo com as demais, que já terminaram (ou quase). Gosto muito de "Chiquititas", versão original e nova versão, e acho que existem coisas enroladas ao longo da novela, sim, mas não de um modo geral. Sempre tem MUITA COISA acontecendo, histórias paralelas, muitas crianças bem desenvolvidas... diferente de "Carinha de Anjo", por exemplo. E quando a novela estreou, em 2013, eu tinha certas ressalvas, como uma resistência em relação a Mili e Mosca, porque não existia isso em 1997, mas ficou muito bem escrita... essa ressalva passou completamente quando eu assisti à novela e passei, também, a torcer pelo casal que, no fim, é muito fofo! Mas é minha opinião, né? É interessante como fazemos leituras diferentes da mesma obra! :D
ExcluirEu amo os remakes até cúmplices de um Resgate
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