Chiquititas (2015) – Lúcia fica doente!
“Livre…”
O melhor
remédio de Lúcia é o Neco. Eu gosto muito da inocência que envolve toda a
amizade de Lúcia e Neco em “Chiquititas”.
Ele a descobre por acaso por causa de toda uma curiosidade que as crianças têm
com Helena, a misteriosa mulher da sétima casa, e então eles viram melhores
amigos. É Neco quem apresenta várias coisas para Lúcia, e eu quero dizer basicamente tudo. A menina cresceu trancada
em um quarto pela avó, e não conhece as coisas mais simples como uma bala ou
uma árvore. Nada de verdade, pelo menos.
Assim, é muito bonito ver como o Neco quer mostrar tudo para ela, e o bem que ele lhe faz… ele até ajuda a garota a começar a falar. Alguns dos momentos mais
fofos dos dois acontecem quando eles saem para passeios, mas as coisas ficam sérias quando ele tem a ideia de ajudá-la
a fugir de casa…
Neco aproveita
todas as crianças assistindo “Romeu e
Julieta” do Duda e da Pata na escola, e vai buscar a Lúcia para ajudá-la a
escapar… o plano é escondê-la na casa da árvore, em um primeiro momento, e não há
um plano a longo prazo. Eles são só
crianças! Ele ainda diz coisas como “Hey,
não precisa levar seus remédios, não, a sua avó que é exagerada”, e ali
você sabe que eles estão fadados a terem problemas.
Mesmo assim, as cenas são bem bacanas, com destaque para quando os vizinhos os
pegam em flagrante e o Neco finge que a Lúcia é uma garota que veio dos Estados
Unidos, tentando falar em inglês (“Yes?”
e “Let’s go! Let’s go!”) e soltando a
deliciosa pérola: “Agora a gente precisa
pegar um ônibus de volta pros Estados Unidos”. Felizmente, esse primeiro
obstáculo eles conseguem superar até que com certa facilidade.
Lúcia fica encantada com a casinha da árvore,
afinal de contas, tudo é muito novo para
ela. Um novo mundo se revelando. Helena, por sua vez, não poderia estar
mais desesperada quando nota que a neta sumiu, e eu quase (!) senti pena dela, mas
só quase. Porque de algum jeito bem deturpado,
ela ama a neta, mas essa perda temporária não
a ajuda a melhorar, e pessoas que não melhoram nessas situações realmente são
difíceis. Na manhã seguinte em que Neco deixa Lúcia na casinha da árvore,
ela já acorda passando mal e com
FEBRE. “Que que eu fui fazer? Por minha
culpa você tá doente. Eu preciso te levar de volta pra casa. E agora, meu Deus?
O que que eu faço?”, ele se pergunta e se culpa. Como ele não consegue lidar
com isso sozinho, o menino vai atrás da ajuda do Rafa (“Neco, eu não tô acreditando que você sequestrou a neta da Helena!”)
Particularmente,
eu achei TRISTÍSSIMA a cena do retorno dela. Foi muito fofo ter o Rafa como
cúmplice se juntando ao Neco nessa empreitada toda, mas a maneira como ela
segura a mão do Neco quando eles a colocam de volta em sua cama… ela não quer que ele vá embora, e a única
coisa que ela diz é “livre”. QUE DÓ, GENTE! Mas os meninos precisam ir embora
antes que Helena apareça, e Lúcia fica para trás, chorando. A cena em que
Helena reencontra a neta no seu quarto é até bonita, emocionante, porque ela a
abraça chorando, mas essa quase empatia que temos pela Helena não dura quase nada. Afinal de contas,
ela continua a mesma megera ridícula de sempre… e a Lúcia fica doente
novamente, dessa vez POR SAUDADE DO NECO! Helena passa dos limites provocando o
Neco com uma cobra de verdade (!), e ele tem pavor delas…
Me poupe, ela devia ser a adulta!
Enfim…
O Neco está
com a perna machucada, por causa de uma “reunião” com os vizinhos na casinha da
árvore, e ele passa um tempão sem poder visitá-la, pedindo que o Rafa vá lá
pelo menos para ver se ela está bem… e
ela está doente. Quando o Neco FINALMENTE consegue ir visitá-la de volta,
temos uma das cenas mais fofas da dupla, porque ele diz um protetor “Agora eu tô aqui pra cuidar de você” e
ela, em uma das raras ocasiões em que fala sem estar repetindo, diz “Sau… saudade”. Subitamente, Lúcia fica
bem novamente, e Helena celebra (“Finalmente
o remédio fez efeito. Nem febre tem mais. Sarou”), mas não consegue notar que
esse “remédio” é o Neco, e que ele faz um bem absurdo à sua neta, e ela não devia
estar privando os dois dessa amizade. Lúcia
está tão FOFA feliz porque viu o Neco novamente, e essa felicidade é tão pura e
ingênua.
Em outro
momento icônico da dupla, ela pede para passear, e temos uma cena LINDA e
repleta de ternura. O Neco a ensina a abraçar uma árvore, a faz passar a mão em
um cachorro, e eles compartilham momentos bem singelos. Como girar em torno da árvore de mãos dadas, sentir o
cheiro de flores, curtir o vento… uma cena delicada e toda preocupada com os
detalhes, altamente emocionante e bela. A trilha sonora arrebentou, e Lúcia
realmente nos comoveu do início ao fim. A
cena do vento é a minha favorita. Mas também adoro vê-los deitados no chão,
ela com uma flor no cabelo, olhando as nuvens… e aquela risada dela quando o
Neco diz que queria ser um passarinho, para ser livre, e então imita um pássaro,
correndo e “batendo as asas” ao redor dela… são esses pequenos momentos que
fazem a diferença na vida, e eu não me lembro de uma ouvir Lúcia rindo antes
disso.
<3
Uma das minhas partes favoritas da novela. Estou pensando em cancelar o projeto do compacto e SE eu for fazer vai ser com 160-180 capítulos. 380 é coisa demais. Mili e Dani são o foco e a primeira fase vai ser bem curtinha
ResponderExcluirSério?! Realmente é um trabalhão e tanto, você terá que se dedicar por horas e horas e horas e horas e horas. Mas gosto da ideia de reduzi-lo a 160, 180 capítulos. Para você ter uma ideia, eu adoro os compactos oficiais da Televisa, e "Maria Mercedes" tinha quase 14 horas, por exemplo, e segue MARAVILHOSA e com a história compreensível... é bacana para quem quer ver (ou rever) e não tem lá muito tempo!
ExcluirSim, sério. Se forem realmente mais curtos eu posso pensar em fazer outros, de C1R e Poliana. Se o problema de Poliana para você é a longa duração, eu tenho a capacidade de resumir uma semana inteira em um capítulo de 50 minutos. Quem sabe se eu me empolgar eu dê prosseguimento a essa idéia.
ExcluirOlha que a proposta é MUITO tentadora <3 Estou vendo as propagandas de "Poliana" e está me dando um aperto imenso no coração não assistir... como eu te disse, o meu problema é mesmo com a longa duração. Se você realmente se aventurar nesse compacto de transformar uma semana em um capítulo (teve uma época, entre 1997 e 2001, que "Chiquititas" fazia isso e exibia aos sábados!), pode ter certeza de que serei seu primeiro espectador! :)
ExcluirBem, fiz uma lista com todos os personagens da novela e os núcleos. Dos 60 personagens da novela eu transformei em 30 que são de maior importância ou são o alívio cômico da trama. Viraram quatro núcleos (principal, crianças, adolescentes e professores do colégio, mas acho que vou excluir esse último). Bem, meu notebook (finalmente) deve chegar até domingo, então iniciarei os de Chiquititas se possível e quando terminar posso fazer o de Poliana. Afinal, 160 capítulos é pouquíssima coisa.
ExcluirOkay, me mantenha informado dos seus avanços e ideais! ;)
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