Deception 1x12 – Code Act

“There's a saying in magic... we magicians guard an empty safe. Which is true. The only thing inside our safe is, well, magic. And as everyone knows, that's not real. How do we guard an empty safe? First, we tell a story about what's inside... a great treasure, this fantastic thing that you know isn’t there. The fact that it's all a trick, that our safe is empty, nobody cares. They came for the magic. In the real world, what's in the safe matters. Some hold treasure, others secrets... while a few contain dangers just waiting to burn us”

Assim começa o Season Finale em duas partes de “Deception” e, de algum modo, a primeira parte foi melhor que a segunda, se tornando O MELHOR EPISÓDIO DA SÉRIE. Cheio de reviravoltas e revelações interessantes, além de uma forma inovadora e inteligente de resolver o caso… cada vez mais apaixonado por Cameron e Jonathan Black, e cada vez mais sofrendo com a eminente despedida. O episódio começa MACABRO, com uma velhinha, Priscilla Howe, presa em um cofre de banco enchendo de gasolina e fogo. No entanto, esse “incêndio” era para encobrir um assalto, e foi FANTÁSTICO descobrir que a “velhinha” ficou presa lá de propósito, e além de não morrer no incêndio, também não era uma velhinha coisíssima nenhuma: ERA A PRÓPRIA MYSTERY WOMAN. É ótimo ver as maneiras como ela trabalha, porque isso só eleva a personagem.

Ela é esperta.

Nesse episódio, o clima entre Jonathan e Cameron está pior do que nunca. Parece que Jonathan desistiu e não acredita mais nas promessas de Cam de que “vai tirá-lo dali”, até porque ele não tem uma vida para a qual voltar… ele nunca existiu antes disso tudo mesmo, e a única pessoa que tinha, Dina, ele também perdeu agora no meio de toda essa confusão do distintivo de Mike, roubado. Cameron também se pergunta a respeito do que fez, afinal podia ter cumprido a sua promessa e salvado a vida do irmão se tivesse entregado o Diamante Lynx para a Mystery Woman como ela tinha pedido, e ele só não o fez porque não queria trair a confiança de Kay, embora ele não chegue a dizer isso para ela. Com esse clima pesado, uma das maiores enganações da temporada se inicia em um banco, mas isso não impede a Mystery Woman de roubar o que veio buscar…

Porque, como dissemos, ela é astuta.

O episódio fica incrivelmente mais complexo quando um “trauma” do passado de Cam se mostra mais importante do que imaginavam: UM ASSALTO AO BANCO QUANDO ELE ERA CRIANÇA. Cameron e Kay vão atrás de um dos seguranças do banco que, aparentemente, trabalha com a Mystery Woman, e ele descaradamente diz algumas coisas no telefone que soam como um código, e que Cameron consegue desvendar depressa, porque o pai o ensinou: “FBI here”. E ali, quando o cara é baleado e cai nos braços de Cameron, ele revela algo interessante ao dizer que “se soubesse que Cameron estaria lá, não teria ajudado”: Cameron reconhece a mão do homem, a mesma mão machucada do homem que, no passado, assaltou um banco onde Cameron estava com o pai, e mais do que isso: ELE TRABALHA COM O SEU PAI. O pai usava o mesmo código.

“Your father was William Archer”

Assim, o roteiro nos revela que o pai de Cameron e Jonathan Black era, na verdade, William Archer, um dos maiores ASSALTANTES DE BANCOS do mundo, e Jonathan não custa em acreditar nisso, porque tudo faz muito sentido, quando pensam sobre isso. Enquanto Cameron bebe para “lidar” com essa informação, a Mystery Woman vai visitar Jonathan na cadeia, dizendo que pode tirá-lo de lá se ele a ajudar e, em um joguinho perverso, tenta jogá-lo contra o irmão, dizendo que Cam podia ter salvado a sua vida entregando-lhe o diamante, mas ele escolheu Kay. A Mystery Woman oferece uma parceria para ele, para que juntos possam ir em busca da herança de William Archer, e em troca Johnny teria a liberdade que jamais tivera, podendo enfim viver uma vida que é dele, longe das sombras do irmão Cameron Black. E Jonathan aceita o acordo.

O episódio, dali em diante, é repleto de TENSÃO. Com Johnny no telefone, diretamente da cadeia, e a Mystery Woman ali, Cameron faz descobertas que os levam até o subterrâneo e os túneis misteriosos, e um cofre bem guardado atrás de “chaves” que são os objetos que a Mystery Woman roubou ao longo da temporada… e quando uma porta secreta se abre, eles dão de cara com um AUTÔMATO interessante que os ataca a cada movimento, fazendo Cam definir qual é o caminho seguro para chegar até ele e entregar-lhe a caneta da seita, a última peça do quebra-cabeças. “I would like everyone to know: I’m still a little drunk”. Assim, inteligente, Cameron protagoniza uma sequência angustiante até que consiga chegar ao autômato, que com a caneta em mãos, desenha um mapa até o cofre em que está escondida a tal “herança”. Tudo complexo e inteligente.

Assim como as revelações finais…

Primeiro lugar: EU AMO ESSES IRMÃOS! Em segundo lugar: AMO A TRILHA SONORA! Cam é inteligente usando a moeda de Jonathan para fazer o autômato atacar a Mystery Woman, e quando ela pega a segunda arma, ela está sem balas, porque foi esvaziada por Jonathan. Ele não traiu o irmão. Não ainda, pelo menos. A cena é bem explicada nas mensagens que Jonathan passou a Cam, começando com o “help her here”, HHH, o que chamou a atenção de Cam. Depois o “won” à “one”, primeira letra de cada palavra. E as frases “The reason, ultimately? She told me everything” à TRUST ME; “Come on, I need this. I lost everything” à COIN TILE. E foi, decididamente, um dos episódios mais interessantes, e eu adorei ver os irmãos se comunicando dessa maneira e trabalhando em conjunto para impedir que a Mystery Woman conseguisse o que queria.

Cam anda sozinho pelos túneis abandonados do metrô, mas a Mystery Woman também tem suas artimanhas, e consegue desarmar o autômato e escapar, indo atrás dele e o segurando como refém contra o FBI que acabou de chegar. Tudo é repleto de TENSÃO, mas também é um dos melhores momentos de “Deception”. Em uma cena rápida, Kay distrai a Mystery Woman e atira nela, salvando a vida de Cam e levando-a presa para o FBI. Ali, parecia que tudo estava resolvido: “We got her, Johnny!” E realmente poderia estar. Mas a celebração excessiva (“Can’t believe it’s over. We got her!”) parecia um alarme gritando que AINDA FALTAVA UM EPISÓDIO. Não tinha como isso ter mesmo chegado ao fim quando ainda havia um Season Finale de 41 minutos nos esperando… e então eu aproveitei o restinho de episódio, segurei o fôlego, e parti para o grande final…

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