Legion 2x06 – Chapter 14
“You know,
it's... you know, there's... different possibilities. You know, there's
different configurations. Multiple
realities. Different realities. I'm saying. It's this thing, t-the multiple
worlds theory, from, like, quantum mechanics, right? Every event, the things we
do, there's like a million possible outcomes. Choices! Choices. And the theory
is, that each outcome actually happens. Hmm? Like a tree growing branches,
and-and each branch is, like, an alternate timeline. So right now, you're in
class, listening to me drone on and on about-about physics, right? But in
another timeline, y-you skipped school. Y-You've gone to watch Point Break. Or
you're in the hospital with leukemia. And, I mean, this reality, right, w-we're
sitting here, eating whatever, bullshit cold fries, right? But i-in another
timeline, I'm, like... I'm, like, a billionaire. I'm a billionaire. Or-or homeless.
Or-or married in the suburbs with, like, 2.3 kids. And every time each me makes a decision, or something happens where the
future could, like, go in different directions, another branch springs up.
And that branch makes branches, and that branch makes branches, and that branch
makes branches, and that branch makes branches. See what I'm saying? It's a lot of branches”.
A teoria das
REALIDADES ALTERNATIVAS fascina e confunde o ser humano há décadas. Quiçá desde sempre. E realmente é uma proposta tanto
fascinante quanto tentado e, por isso mesmo, talvez um tanto quanto perturbadora. Será que a realidade
realmente se divide em infinitas versões de si mesmas cada vez que uma decisão
importante nos guia por um de dois ou mais resultados possíveis? Se sim, que
confusão não é, termos essa infinidade de “nós mesmos” dividindo o mesmo espaço
e tempo, mas em dimensões diferentes… gostaríamos, então, presumindo que isso
exista de fato, de poder vislumbrar essas outras realidades, saber como “nós”
estamos em outras versões de nós mesmos,
quem sabe trocar de lugar com eles se eles estão vivendo melhor que nós. É
diferente da teoria de universos
paralelos, como em “The Flash”, e
é talvez mais alucinante ainda.
Por isso, tem
tudo a ver com “Legion”.
Eu adorei o
uso que a série fez dessa proposta. “Legion”
nunca cessa em nos surpreender e em nos envolver com narrativas inovadoras, e
de uma forma ARTÍSTICA. Estamos acompanhando o David em uma variedade de possibilidades, e eu gosto
de como a série representa isso, em alguns momentos, de forma breve e clara,
colocando diferentes Davids se cruzando na rua, um dirigindo um carro, um
sentado num banco com a foto de Amy, outro carregando café para o trabalho em
uma empresa grande. São várias possibilidades de David. Um sem teto, um que
toma muito remédio e está bastante descontrolado, um que trabalha numa empresa
grande, outro em um escritório, um drogado… e o mais legal é que “Legion” faz isso tudo mostrando
diferentes fases da vida de cada um desses Davids, e Dan Stevens arrasa na
atuação de cada um deles!
E sempre ele tem a presença de Amy, sua irmã
que acabou de perder.
Uma das
realidades nos mostra um David que não soube lidar com seus poderes, que ficou
à mercê de remédios, e que trabalha em um emprego chato, fala arrastadamente,
mas tem sempre o apoio de Amy. É triste vê-la ligar para fazê-lo tomar o
remédio, ou tentar convencê-lo, em casa, a tomar mais remédio ainda, porque
“ele não quer voltar ao hospital nem machucar mais pessoas”. Ele vê Farouk em
todo lugar, ele surta, ele quase vai preso… e a cena em que ele ataca os
policiais meio involuntariamente é traumatizante.
O que ele fez com aquele policial, o desfigurando completamente… ouch. E então ele leva um tiro na base
da coluna vertebral, fechando o ciclo com o velhinho quase vegetativo de que
Amy cuida, mais tarde, dando comida, banho e escovando seus dentes… é, talvez,
a versão mais melancólica de possibilidades para David!
Embora elas
sejam todas pesadas. David como
mendigo, por exemplo. Recolhendo comida do lixo, vendo, encantado, Syd passar
em um carro, distante demais dele… ou o mendigo mais velho APANHANDO, o que é
uma crueldade sem tamanho. Também me parece que o David mendigo é o mais poderoso de todos, ou o que
melhor abraçou seus poderes, por precisar se defender. A explosão que afasta
seus agressores, por exemplo, é tão forte que os vaporiza, mas ainda deixa suas
sombras no chão, de alguma maneira. Ele é capaz de parar balas com a mão, é
capaz de jogar policiais longe com a mente, mas talvez ele seja o que tem o
final mais brutal… ou não, também, porque o velho catatônico é muito mais
sofrido e melancólico, ao menos a morte
de sua versão mendiga foi rápida. Ele morreu CORTADO AO MEIO por uma Kerry
guerreira.
Também temos
o “David Billionário”. Esse começa como um “rapaz do café” em uma empresa
grande, todo bonitinho, envolvido, ouvindo pensamentos em uma reunião mesmo que
não queira, e então intervém em defesa de uma mulher e a faz sair de um negócio
que a destruiria. Abismada, ela o
leva com ele. Quando o vemos no futuro, no entanto, ele converteu Laura, a
mulher, em uma empregada sua, a humilha constantemente, e é totalmente
desprezível com todos ao seu redor. Arrogante, esse David se sente um deus, e
sua relação com Amy é distante, fria, como deve ser a sua relação com qualquer pessoa dessa versão. A irmã vem
dizendo que “precisa de uma nova casa”, e ele não apenas nega e a humilha, como
também usa um de seus poderes para torturá-la,
basicamente, com aquele fio de sangue que lhe desce do nariz.
É brutal.
Foram várias
versões… a do cabelinho lambido e o escritório escuro, com direito ao ratinho
fazendo um show com “Slave to Love”
que foi PERFEITO; aquela em que ele é apenas um túmulo cedo demais; aquela em
que ele está casado e com filhos. Mas nenhuma delas parece absurdamente melhor do que sua própria realidade. Por
isso, ele escolhe a versão em que já
o vimos vivendo desde a primeira temporada: a que ele tentou se matar, foi para
o hospital, e foi FANTÁSTICO rever aqueles corredores, aqueles uniformes,
aquele “resumão” da primeira temporada de forma tão rápida, mas tão marcante… porque já parece nostálgico, e me faz
pensar no quanto a série mudou desde então! Agora, chegamos até onde estávamos,
e David perdeu mesmo a irmã, MAS ELE ESTÁ DETERMINADO A SE VINGAR. É a
realidade que ele ESCOLHEU, como o Shadow King disse que ele podia fazer…
“You decide what is real and what is not. Your will”
E eu estou
ANSIOSO para ver como ele vai agir de agora em diante.
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