REBELDE – Segunda Temporada (Parte 2)


“Eu só tenho você. Eu gosto de você, Roberta”
Essa divisão está baseada nos DVDs da novela que foram lançados em 2006. A Parte 2 equivale ao Disco 1, Lado B. É impressionante como algumas coisas parecem passar depressa, e outras se prolongam por um tempo bastante longo. Agora que León Bustamante comprou 51% das ações do Elite Way School, ele quer que o Diego seja eleito o Presidente de um Grêmio Estudantil para que possa ajudá-lo a manipular as pessoas desde lá de dentro da escola – mas é claro que Roberta Pardo não vai simplesmente aceitar isso, portanto se candidata também. Enquanto a campanha e eleições se prolongam indefinidamente, o romance de Mia e Miguel começa a passar pelos problemas depois de retornarem de sua “viagem perfeita” e quer saber? FINALMENTE. Porque eu estava começando a ficar enojado daquela melação toda resultado de beijinhos e abracinhos e trocas de “Eu te amo” e tudo o mais.
Sério. Tava chato.
A Parte 2 começa com o monstro do Sr. Fonte, o novo diretor do Elite Way School sendo exposto e demitido, e é MARAVILHOSO. Enquanto ele planeja uma “expulsão de todo o grupo do 5º ano” (que nunca daria certo, porque o colégio não ia querer esse tipo de prejuízo!), ele é surpreendido pela exibição de Santos do “documentário” que estava montando – começa com a Alice mostrando fotos sensuais de Sol que encontrou no escritório dele, depois ele fotografando as pernas de garotas, e por fim ele assediando Sol. A cara de satisfação de Santos ao expô-lo é exatamente a mesma que a nossa. As cenas do documentário são revoltantes e, a cada momento, mais nojentas, e o Sr. Fonte se prova um homem cada vez mais desprezível e, mais do que isso, CRIMINOSO. Por isso ele fica destruído… pedofilia É CRIME! E sua carreira chegou ao fim, e eles se certificarão disso.
Debochado, Santos ainda se despede deixando uma mecha de seu cabelo cortado.
AMEI SIM.
Enquanto torcemos para que o Sr. Fonte apodreça na cadeia, embora ele saia ameaçando a todos (“Garanto que vocês vão se arrepender!”), Pascoal é trazido de volta em uma das cenas MAIS BIZARRAS que Rebelde já viu. Pra começar que é no meio da noite, está tudo escuro, todo mundo só está iluminado por uma velinha, e ele é anunciado por alunos vestidos de anjos… e ele chega, todo de branco e uma vela. Bem, é um negócio bem bizarro que não acho que venha ao caso agora. Enquanto isso, Miguel enfrenta Gastão (“Gastão, posso falar com você? […] Não quero que volte a se aproximar de Mia”) e é uma cena bem estranha, mas o Gastão finge que está tranquilo, que entende, em uma suspeitíssima calma que não é de seu perfil. E León continua a transformação de Diego em uma miniatura de si mesmo, o que é apavorante. Agora ele o transforma em um político mentiroso e corrupto, só fica faltando as vestes.
Mas não sei por quanto tempo.
Portanto, vamos falar de Roberta. Roberta tem seu jeito espalhafatoso, é super engraçada, e ela não merece aquele “namorado” Roger dissimulado se fingindo de doente para que ela durma com ele, porque é um jogo bem baixo… mas, NOVAMENTE SANTOS. Ele é um máximo mesmo em expor as pessoas, não? É engraçadíssimo quando ele chega e toma vários dos “remédios” de Roger, e a Roberta fica desesperada, diz que ele vai morrer, começa a bater em suas costas mandando que ele cuspa os tais “remédios” – “Vão morrer os dois, ai!” Mas então tudo vem à tona, porque o Santos diz: “Pra quê ligar pro doutor? São balas!” e a cara da Roberta é incrível – conhecendo a Roberta, nós já sabemos o que vem: ela vai dar motivos para Roger REALMENTE sentir dor dessa vez. “Sabe o que é? Que bom que você não morreu, porque assim vou ter o prazer de te matar eu mesma, imbecil!”
Ela é perigosa, e mesmo que tenha espancado o garoto… EU RI.
Uma coisa marcante da segunda temporada são as ELEIÇÕES ESTUDANTIS. León obriga Diego a concorrer com motivos bem absurdos e nada morais. Roberta é a primeira a se candidatar, no entanto, porque realmente acredita em algo – como podemos ver pela sua inclinação a organizar manifestações desde o início da temporada. Mas quando Diego também se candidata… bem, aí vem problema. León dá conselhos absurdos para a campanha de Diego, falando sobre como é importante ter uma mulher bonita ao seu lado, para causar inveja ou admiração e, assim, conseguir os votos masculinos. Também usar o seu charme todo para conseguir votos femininos. E é assim que vai surgir o “namoro” com Sol de la Riva, fora as tentativas de “enfraquecer o adversário”. O começo do que quer que seja que Diego e Sol têm vem súbito e de uma hora para outra está acontecendo, quando ela se senta em seu colo, eles se beijam e ele sai carregando-a no colo.
QUE SE INICIEM OS JOGOS.
Ou algo assim.
A campanha da Roberta, com Lupita, Josy, Raquel e Miguel é baseada em princípios morais sérios, em propostas cabíveis, em sentimento de verdade. A campanha de Diego é baixíssima, apela para o fútil e o vulgar, fora uma hipocrisia sem tamanho quando Diego exibe toda a sua capacidade para ser um perfeito político mentiroso como o pai – por exemplo, beijando Sol e falando sobre a importância das mulheres, depois de todas as coisas horríveis que disse sobre as mulheres para Roberta, em uma posição machista em que assumiu que “as mulheres não servem para nada e são todas iguais”. Roberta tinha que ter uma gravação daquelas cenas para destruí-lo, mas talvez ela não o fizesse, por ser honesta. Quando Lupita sugere, por exemplo, que o caso de Miguel está atrapalhando a campanha (o fato de ele ter sido preso acusado de forjar o próprio sequestro, falaremos disso em outra postagem) e diz “A questão é essa. Ou você não apoia o Miguel, ou perde as eleições”, ela responde: “Eu apoio o Miguel até morrer, okay? E se a política me fizer mudar de opinião, então ela não serve pra mim, Lupi”.
E ISSO É UMA AMIGA DE VERDADE.
E uma pessoa íntegra.
O último discurso antes da eleição de Roberta é muito bonito, sem ser ensaiado, com emoção e verdade, nada da hipocrisia ensaiada de Diego e suas propostas vazias, com promessas exorbitantes de coisas ridículas e impossíveis que jamais conseguirá cumprir. De todo modo, outras coisas estão acontecendo. Primeiramente a banda consegue uma super proposta com Johnny Gusman, de uma turnê pelo México, depois os Estados Unidos e toda a América Latina, além de gravar um CD, mas eles são obrigados a recusar a proposta tão incrível porque ainda estávamos no meio de toda a confusão de Miguel estar na cadeia e eles não podiam seguir em frente sem ele. Também Lupita enfrenta a informação de que Nico nunca lhe enviou nenhuma carta e nunca a mencionou nas cartas que enviou à mãe, além de ela dizer que Karen, a ex-namorada nojenta de Nico, ter ido para Israel atrás dele… é notadamente MENTIRA e um jogo baixo daquela senhora, mas acho que a Lupita caiu…
“A senhora acha que já se esqueceu de mim?”
ENTÃO É HORA DE SEGUIR EM FRENTE, LUPI!
Roberta ainda presencia uma cena de Diego, sozinho, ficando bêbado, o que só mostra a degradação do personagem por trás de toda a força que tenta imprimir em público, e quando ele cai, inconsciente, na piscina, é ela quem o salva… porque ela o ama, apesar de tudo. Mas ele está acabado demais. Quando ele acorda, chamando ela de anjo e pedindo um “beijo pequenininho”, ela não o beija, mas vê-la cuidar dele naquele estado deplorável mostra o quanto ela se importa com ele – um Diego vulnerável e chorão pelo álcool se abre, desabafa e solta: “Eu só tenho você. Eu gosto de você, Roberta”, mas isso não é nem de perto o suficiente para que as coisas deem certo entre eles, ainda que o abraço tenha sido bonito e eu tenha acreditado nele. De todo modo, Roberta tem uma trama maior acontecendo para ela, com a chegada de Martín ou Otávio Reverte na escola, seu verdadeiro pai. E isso vai movimentar a temporada.
De um jeito bom.
Mas falemos sobre isso mais tarde…

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