Segundo Capítulo de “As Aventuras de Poliana” (17 de Maio de 2018)



“A diversão é que te chama… o meu nome é Poliana!”
Um capítulo TÃO APAIXONANTE quanto a sua estreia, e aqui as tramas começam a tomar rumo de forma mais clara… gostei muito de termos a apresentação de novos núcleos, alguns que já me interessam imensamente ora pelos atores que os compõem, ora pela trama que evocam, e ora porque as crianças atuam tão bem. É curioso reencontrar Guilherme Boury, por exemplo, mudado e em um papel diferente, e eu passei metade do capítulo fazendo associações, às quais eu vou chegar ao longo de meu texto… sobre os protagonistas, eu ainda acho que, de certa maneira, Igor Jansen está brilhando mais como o João do que a própria Sophia Valverde como Poliana, embora a garota esteja, também, apaixonante. E eu gosto de ver aquela pontinha de essência do livro enquanto ela vai conhecendo as pessoas e lentamente começando a mudar as suas vidas… com a Dona Branca e o Sr. Pendleton.
No fim do longuíssimo primeiro capítulo de “As Aventuras de Poliana”, a garota acabou no palco do anfiteatro da Escola Ruth Goulart, o centro das atenções, e agora ela caminha sem medo até o microfone E COMEÇA A FALAR. Ela é uma fofa, claro, e fala sem parar… falar sobre como a escola é linda, sobre a mãe que morava ali, sobre como perdeu os pais e agora eles moram lá no céu, sobre os amigos que conheceu ao sair andando pela rua e perder o caminho de volta para casa… é um discurso TÃO Poliana, mas a megera da Tia Luísa fica furiosa… segura a garota pelos braços, a chacoalha com violência e a leva para casa para uma bronca brutal e traumatizante, que faz a garota CHORAR, independente de sua tentativa de manter-se firme ou “enxergando o lado bom da vida”. Não tinha como não sentir enquanto a tia gritava como louca que “Não é fácil cuidar de você!”
Claro que nem todo mundo ficou assim tão incomodado com as atitudes de Poliana. Débora, a professora de ballet da escola, está inconformada, acha que foi tudo um grande absurdo, enquanto o Marcelo imediatamente se encanta com Poliana e toda a sua atitude, sua coragem e, principalmente, toda a verdade que ela transpareceu ao fazer aquele discurso na frente de toda a escola. Depressa, a garota já causou uma impressão e tanto no bonitão! Uma coisa que eu fiquei pensando enquanto eu assistia às cenas de Marcelo e Débora, e não apenas essa, depois do evento na escola, mas todas que vieram a seguir também, é que eles só podem ser um casal fadado ao fracasso. A não ser que Poliana faça um milagre na vida de Débora, e nós, que lemos o livro, sabemos que esse é exatamente o poder que Poliana tem sobre as pessoas ao seu redor!
Uma das melhores coisas ainda continua sendo a maneira como a novela apresenta suas cenas em paralelos. Vemos o João arrumando uma caminha de papelão para dormir, encolhido (“Égua da cidade gelada! Desse jeito eu vou ficar é doente!”), enquanto Poliana tem um quarto, mas está triste, olhando a foto dos pais, perguntando-se por que eles tinham que ir embora, enquanto pensa neles e se lembra de suas noites quentinhas, repletas de carinho dos pais, cuidando dela e a colocando para dormir, cantando “Meu Anjinho” (NÃO GOSTEI da escolha de música, no entanto, porque é muito a cara de “Chiquititas”, e nem é uma música de que eu goste!). Na manhã seguinte, João acorda e descobre que o cachorro mordeu seu violão e fez xixi nele, e as cenas SÃO TÃO BOAS, e o Igor Jansen arrebenta tanto na atuação… eu já estou encantado pelo João.
Tenho um personagem favorito? COM TODA A CERTEZA.
Quando ele abre a boca pra falar eu já sorri… ou choro.
Para Poliana, o dia seguinte é um novo começo. Ela pede desculpas novamente por ter saído sem avisar, e desata a tagarelar, sobre as possibilidades de café-da-manhã e sobre a escola Ruth Goulart, e fica tristinha quando a tia diz que “isso está fora de cogitação”. Para “provar para a tia que não é inútil”, Poliana resolve ajudar Nancy a limpar a casa, mas acaba a redecorando, deixando-a alegre e colorida, e a Tia Luísa EXPLODE: “Você tá achando que essa casa é o quê? É o circo onde você tá acostumada a morar?” Talvez Poliana não tivesse o direito de fazer o que fez, mas o escândalo de Luísa é descabido, e totalmente imaturo contra uma criança. Ela grita, ela dá bronca, ela arranca tudo, joga coisas no chão, é extremamente grosseira e mal-educada. Ali, a meu ver, a Tia Luísa se concretiza como um MONSTRO, pela frieza e crueldade ao gritar.
“A Tia Luísa podia jogar o Jogo do Contente”.
Finalmente conhecemos o GUILHERME, e eu acho que ele tem uma boa trama a ser desenvolvida. Ele vive em uma família desprezível, no mínimo, com uma irmã chata, um pai babaca e uma mãe tapada, e eu fiquei com dó dele. Fiquei com dó de como ele pensa diferente, de como tem opinião própria e não quer ir à Ruth Goulart, por exemplo, enquanto a família é bastante preconceituosa em seus discursos, de forma nojenta. Também é bacana como Marcelo, seu tio, vai ficar ao seu lado e eles parecem ser uma dupla promissora para o futuro! Com bastante parceria e confiança… e Marcelo é a voz da razão, aconselhando o sobrinho, por exemplo, quando percebe que ele ainda está naquela vibe de “trocar de roupa” para se encontrar com os amigos, para quem mente a respeito de sua origem e tudo o mais… é uma boa história.
Além disso, também, há aquela paixonite adolescente. Ele parece ficar encantado por Raquel ao vê-la apática na padaria. Logo em seguida, depois que ele troca de roupa na casa do tio e se prepara para voltar em casa, ele e Mirela acabam se esbarrando, quando ela derruba maçãs por toda a calçada e quase o faz cair da bicicleta… imediatamente, ela já fica toda balançadinha por ele, mas ele realmente tem um sorriso charmoso e foi muito legal com ela na situação toda, então não dá para culpá-la. O problema, agora, vai ser quando ela descobrir que ela e a amiga estão “apaixonadas” pelo mesmo garoto. Ela chega toda animada contando sobre o “garoto lindo” que conheceu naquele dia, já iludida e imaginando o futuro, e ela também está meio empolgada com o moço que viu na padaria, e já até o desenhou em seu caderno… não deve passar daquela noite para que ambas descubram que é o mesmo garoto.
Gostei de ver o Mário, o garotinho que atuou super bem no primeiro capítulo (!), ganhar uma família que envolve o Guilherme Boury, Sérgio, como pai e o Luigi, o “cineasta”, como irmão mais velho. O Sérgio é meio que um designer de jogos, tipo o Ricardo em “SOY LUNA”, e o Mário com a sua amiga investigando o Sr. Pendleton com binóculos me fez pensar muito em “DETETIVES DO PRÉDIO AZUL”. Acho que “As Aventuras de Poliana” realmente está se inspirando em algumas coisas! Devo dizer que já estou ANSIOSO para ver mais e muito mais sobre o Luigi, aquele garotinho lindo todo empolgado com a sua carreira de cineasta, e ainda tem todo um mistério a respeito do trabalho dos pais de Luigi e Mário (EITA, só agora, ao escrever essa frase, ME DEI CONTA DO NOME DOS IRMÃOS! HAHA Perfeito para filhos de gamers mesmo!), porque a empresa em que trabalham não aceita relacionamento entre funcionários.
Eles trabalham na ONZE, uma grande empresa de videogames, que tem um cenário bacana e ainda promete grandes momentos. Dentre os destaques, eu cito aquela presença chamada Otto, cujo mistério me fez pensar muito em “Cavaleiros do Futuro”, por algum motivo. Mas é interessante estarmos assim, sem saber quem é o grande manda-chuva por trás da empresa. O clima na empresa não é nada agradável, mas eu acredito que esses funcionários ainda renderão ótimos momentos. Como foi o caso com o Waldisney dando em cima da mulher de Sérgio descaradamente… claro, sem saber que Sérgio era o marido dela, porque na empresa ninguém sabe. Além do mais, foi MUITO BACANA ver o Guilherme Boury e o Pedro Lemos contracenando novamente… estou muito curioso para saber o que os próximos capítulos reservam nesses cenários!
Mas voltemos à Poliana…
A garota ADORA conhecer pessoas e, acima de tudo, AJUDÁ-LAS. A avó de Nancy e Mirela, aquela velha chata que reclama de tudo (mas é engraçada, porque eu ri dela fingindo que estava caída com a neta chegando!) é uma adaptação da Mrs. Snow, e temos uma cena muito parecida com a do livro, em que, em poucos minutos, a energia e alegria de Poliana já causa uma impressão. Ela abre as cortinas, diz que a luz do sol “a deixa mais bonita”, e é fofa dizendo que foi um prazer conhecê-la e beijando-lhe a testa antes de ir embora… a Dona Branca, a Mrs. Snow, não queria que ela fosse embora ainda. Também com o Sr. Pendleton no parque, quando ela vai até ele brincar com o cachorro de novo, e ele responde, carrancudo, qualquer coisa. Foi de muito mau-humor, ainda, mas ao menos ele disse alguma coisa. E ele normalmente não faz isso!
Amando tudo isso!
Até a Nancy ficou admirada com a capacidade de Poliana, e comenta com a Luísa: “Ele falou com a Poliana, acredita? Eu nunca vi esse homem falar com ninguém!” Claro que, mais uma vez, a insuportável tia de Poliana fica furiosa e a proíbe de falar com esse vizinho, e Poliana fica se perguntando se esse é o misterioso “amor de sua vida” que Antônio mencionou mais cedo. Por fim, vemos João seguindo Poliana até a casa e o abraço dos dois FOI A COISA MAIS FOFA. Ela fala sobre como ficou preocupada com ele por ter sumido na noite passada, e fica muito triste de saber que ele dormiu na rua, então decide ajudá-lo de alguma maneira. Inocente e boa, Poliana leva o João para dentro de casa para apresentá-lo à Tia Luísa e pedir que ele more ali com eles… fiquei todo apreensivo e sofrendo pelo João só na tensão de esperar a resposta da Tia Luísa.
Que naturalmente é “não”.
Ninguém esperava que fosse diferente…


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