[Series Finale] Rise 1x10 – Opening Night
“I think...
you might have changed my life, Mr. Mazzu”
Com um
episódio dedicado à estreia de “Spring
Awakening” e belíssimos momentos paralelos dos personagens que AMAMOS, “Rise” chega a um fim prematuro que vai
deixar saudade. Ainda não estou conformado com esse cancelamento, e lamento
muito que “Rise” tenha ido ao ar na
NBC, porque padrões de “audiência” variam de um canal para o outro – é como o
Brasil, números satisfatórios ao SBT jamais seriam satisfatórios à Globo, por
exemplo. Assim, enquanto “Rise” teve
uma média de audiência de 4,41 milhões de telespectadores, “Supernatural”, por exemplo, em sua 13ª temporada (!), com exceção
de dois episódios, não chegava nem a 2 milhões de telespectadores. Ou seja, “Rise” tinha no mínimo O DOBRO DA
AUDIÊNCIA de “Supernatural”, mas não era
o suficiente para a NBC renovar a série, e vai nos deixar essa saudade para
sempre…
Lamentável.
O episódio,
no entanto, é EMOCIONANTE e LINDO! E fecha bem as tramas, de alguma maneira,
embora gostaríamos de assistir mais… “Opening
Night” resume o que foi a série desde o começo, unindo a vida desses
personagens à sua montagem de “Spring
Awakening”, culminando em um final emocionante que nos levou às lágrimas, e
mostrou como TUDO VALEU A PENA, mas vou falar disso mais tarde… por ora,
personagens estão ganhando desfechos. Vanessa reaparece, por exemplo, e tem uma
notícia para Lilette: ela conseguiu um bom emprego na Filadélfia, e embora
inicialmente a garota tenha ficado resistente, ela se convenceu de que era uma boa oportunidade ao falar com o cara
que lhe deu a Vanessa e perceber que ele
era sincero. Enquanto isso, Robbie vai com o pai buscar a mãe para que ela
possa assisti-lo na peça, e é lindo.
Maashous também,
dolorosamente, está se arrumando para ir embora, e eu fiquei emocionado de ver
a família Mazzuchelli tirando uma foto e chamando-o para estar ali com eles… ele devia ficar MESMO ali com eles, para
sempre. Eles deixam um terno de presente a Maashous para ele usar no dia do
show, afinal de contas, ele é quem opera as luzes do espetáculo, e ele tem que
estar elegante! E é uma atitude tão fofa.
Quase morri com a Gail arrumando a gravata para ele, ou ele agradecendo: “Thank you. Not just for the suit.
For everything you've done for me”. A peça, no entanto, não
está do agrado de ninguém. Aparentemente, o consenso é: “Don’t bother, the show is gonna suck now
anyway!”, como Gwen diz ao pai, e mais ou menos como Simon diz à família
também, que agora decidiu ir vê-lo, depois das “mudanças”.
Mas não são “mudanças”.
São absurdos. O diretor Evan, no
entanto, PASSA DE TODOS OS LIMITES quando, depois de tudo, ainda exige mais uma
mudança de última hora, quando todos estão se preparando para subir ao palco:
pede que a cena em que Melchior bate em Wendla seja cortada do show, e esse foi o seu erro, e nós o agradecemos
por isso. Afinal de contas, Lou estava resignado a subir ao palco com a
versão toda transformada de “Spring Awakening”, mas aquela foi a
gota d’água, então ele volta atrás. “Let's go back to the original version. The way it was before we
made the edits”. E cena a cena, enquanto os adolescentes levantam a mão e
perguntam, é trazido de volta à sua totalidade original, e embora seja ousado e
quem sabe até transgressor, AQUILO
ERA NECESSÁRIO! Lou também não queria que
sua última lição aos jovens fosse de ceder e desistir.
Dá para ver
os rostinhos mudando de satisfação, as mãos corajosas se levantando em apoio ao
Lou, e agora eles sorriem… agora eles se
empolgam novamente! Assim, aquela UMA HORA antes da estreia do espetáculo
foi repleta de ação. Eles voltaram a ensaiar o que tinham pensado
anteriormente, os figurinos foram deixados novamente como deviam ser, como o
comprimento do vestido de Wendla na primeira cena, e foi emocionante ver todo o
alvoroço feliz que tomou conta do
teatro, como sempre devia ter sido. E
no desespero em busca da arma de Moritz para a cena do suicídio, eles acabam
ligando para Tracey, que percebe que as coisas estão mudando, e embora ainda esteja muito chateada com o Lou, por
ter sugerido que ela tinha um acordo com Evan pelas mudanças na peça, ela
precisa voltar à escola e ver o que está
acontecendo.
Assim, O
ESPETÁCULO COMEÇA.
E é de
arrepiar.
Uma coisa que
eu notei é que as cenas que nos apresentaram estavam bem fora de ordem, para quem conhece “Spring Awakening”, mas é LINDO DE TODO MODO. Começamos com “Mama Who Bore Me”, com o vestido curto
e a coreografia de Wendla descobrindo o seu corpo, e quando o diretor tenta
impedir Lou de continuar apresentando, ele é firme quando diz: “There is a performance going on. Please get
off my stage”, independente de qualquer risco de perder o emprego ou
qualquer coisa. Ele quer fazer
aquilo, ele PRECISA fazer aquilo! Depois temos “Totally Fucked”, e depois a cena em que Melchior bate em Wendla,
porque ela pede, que é um momento que choca
o público. Tracey chega logo depois daquilo, e a expressão dela quando
Maashous diz que “voltaram à versão original” é hilária, mas logo se torna
comovente. Porque ela também faz a coreografia de “Touch Me”, junto com os atores no palco, e ela está emocionada.
Assim, quando
o diretor chega mandando Maashous apagar a luz, Tracey intervém:
“Do they
look like they're doing anything wrong? You know what I see? I see incredible
kids who... who I love acting their hearts out. I see... I see the best show I've
ever been involved with. You just can't do this, Evan. You can't”
<3
Como todos
sabem, SIMON SEMPRE FOI UM DOS MEUS FAVORITOS, e nesse último episódio ele está
maravilhoso, como sempre. Simon vive um drama doloroso, mas eu gosto de como
Lou e “Spring Awakening” o fizeram despertar e, mais do que isso, o fizeram
ter coragem de ser quem verdadeiramente é. Ele está inseguro com a cena do
beijo, antes de entrar no palco, não sabe se consegue, e se desculpa por isso
com Lou – mas Lou o manda fazer no palco qualquer versão da cena com que se
sinta confortável. Assim, assistimos ao final de “The Word of Your Body (Reprise)”, e o momento que Simon e Jeremy
compartilham é ARREPIANTE. Sinto a emoção daqui.
Porque não é mais atuação, é real. Lentamente,
ele se aproxima, e esses segundos torna tudo muito mais significativo, muito
mais real… ele toca o rosto de Jeremy e o beija, e não é Hänschen beijando o
Ernst. Não. É Simon beijando o Jeremy. E a
mãe dele se emociona.
“Rise” ainda nos apresenta a cena que
antecede “I Believe” e a canção, e
Lilette tentando contar a Robbie que vai se mudar, quando as cortinas se
fecham, mas ele interrompe, dizendo que a
ama. Outras cenas dos bastidores incluem Gwen e Gordy, mostrando que eles têm futuro, e Sasha descobrindo um amor diferente por Michael, e depois o
beija. Me emocionei MUITO com o Robbie dizendo a Lou que “podia ser a última
vez que sua mãe o via atuar”, portanto ele não queria desapontá-la ou a Lou, na
cena do cemitério. A cena por si só é forte e triste, e dessa vez ROBBIE
ARRASA. Ele pensa na mãe, e Melchior descobrindo sobre a morte de Wendla nos destruiu. Ao som de “Those You’ve Known”, uma de minhas
músicas favoritas em “Spring Awakening”,
Robbie desaba de verdade, e Lilette o ajudando tornou a cena mais real, mais
intensa e ABSOLUTAMENTE LINDA.
Maravilhosa. A
mãe chorando, o pai também, Vanessa também…
Antes de voltarem
ao palco para a última canção, Lilette diz a Robbie que também o ama, e conta que vai se mudar para a Filadélfia. Então eles
sobem para uma última música que não faz parte do score de “Spring Awakening”,
mas que é LINDÍSSIMA. Nessa cena, as consequências finais. O mais lindo foi ver
Gordy parado ao lado do pai, dizendo que o espetáculo está “maravilhoso”, e que
talvez ele participe da próxima produção (!), mas não haverá próxima produção…
Lou sempre soube do risco de perder seu emprego, mas a consequência é mais
grave que essa. O cara responsável quis
ver o show até o final, se emocionou, elogiou Lou pelo que ele apresentou, mas
disse que a decisão estava acima dele, e ele teria que cancelar o clube de
teatro de Stanton High, e isso é injusto e triste. E como a série foi
cancelada, vamos ficar com isso como o resultado final…
Infelizmente.
Mas independente
disso, POR ESSA NOITE ELES SE REALIZARAM, fizeram aquilo que queriam fazer. E mais
do que isso, “Spring Awakening” MUDOU
A VIDA DELES. Como Robbie diz
a Lou: “I think... you might have changed
my life, Mr. Mazzu”. E foi isso que essa belíssima jornada
representou… nenhum daqueles jovens está deixando “Spring Awakening” como eram antes, e a transformação em suas vidas
é SINCERA. Mais do que uma peça, aqueles meses de experiência os mudou, vide o
próprio Simon, o Robbie e cada um deles… então tudo valeu a pena. Valeu a pena
ver a alegria deles agradecendo, a alegria do público aplaudindo, e eu fiquei orgulhoso e feliz de ver Simon
segurar a mão de Jeremy na sua vez de agradecer o público, recebendo o aplauso
da mãe e da irmã. Gwen recebendo flores do pai, a mãe de Robbie o aplaudindo,
bem como o seu pai… A PLATEIA TODA APLAUDINDO DE PÉ. O sorriso orgulhoso de
Tracey. Tudo foi lindo, tudo valeu a pena, tudo
foi emocionante demais. A orquestra, o “MAASHOUS
WAS HERE” no teatro, Lou e Tracey no palco…
“Rise” vai deixar saudade.
MUITA
SAUDADE!
<3
Essa série foi demais! Quem não se emocionou com Rise, dificilmente se emociona com alguma coisa: cada episódio era um baque, um dedo na ferida aberta para nos fazer refletir e olharmos para dentro de nós mesmos, um verdadeiro aprendizado de como ser HUMANO. Que algum canal compre essa série, nós precisamos de, no mínimo, mais uma temporada... Sdds
ResponderExcluirQue a NETFLIX compre essa série! Amém \o/
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