Turma da Mônica Jovem (1ª Fase, Edição Nº 23) – O Caderno do Riso, Parte 1
É hora de
DEATH NOTE. Ou quase.
QUE MÁXIMO! A “Turma
da Mônica Jovem” em uma de suas melhores histórias… desde o começo, o
estilo MANGÁ foi escolhido para contar as histórias dos nossos personagens
crescidos e “diferentes”. Assim, nada mais natural (e justo) do que se inspirar
um pouco nos mangás verdadeiramente japoneses para que sejamos fiéis ao gênero,
mas sem perder o nosso estilo de “Turma
da Mônica”. É assim que o excelente “Death
Note” se torna o “Laugh Note”, ou
o “Caderno do Riso”, com uma série de
referências e os elementos do mangá e anime japonês muito bem colocados e
incorporados à “Turma da Mônica”. Ah,
e o conteúdo também é suavizado. Afinal de contas, se no “Death Note” o poder do caderno era de MATAR as pessoas cujos nomes
eram escritos em suas páginas, no “Caderno
do Riso”, o poder é o de FAZER A PESSOA RIR.
E é surpreendente como funciona.
No início da edição, vemos uma série de testes, de
modo misterioso. Temos o Paolo Pisa-Fundo. O Aki-Ali-Akolá e o Ivan
Puxabrigovisk. E outros elementos… encontramos o Cebola depois de ganhar um 10
e reclamar do mau-humor de todo mundo na escola, pedindo um sinal, e ele recebe
o CADERNO DO RISO bem na cara, caído do céu. As regras são bastante claras:
você precisa escrever o nome de uma pessoa e essa pessoa terá um ataque de
riso. O primeiro “teste” foi acidental, salvando o Xaveco de um valentão
perigoso. Depois disso, ele o testou e viu que REALMENTE FUNCIONAVA. O caderno
pertence ao Ângelo, ou ao Céu, de um modo geral, e ainda é um protótipo que não
foi testado… frente a isso, e a intensa CRIATIVIDADE do Cebola, Ângelo resolveu
deixar que ele ficasse com o caderno, por enquanto, para fazer esses testes.
E os testes do “Projeto Caderno do Riso” foram
ótimos!
“Será que também funciona apenas com nome e foto?
Funciona só com pessoas? Ou poderia acalmar um cachorro bravo? Por quanto tempo
o alvo continua rindo? O que acontece se eu apagar um nome do caderno? Muitas
perguntas! Muitas possibilidades! Precisamos testar tudo isso! Se vocês não
sabem aquilo que o caderno do riso pode fazer… EU VOU DESCOBRIR!”
Ainda tivemos referência a Dragon Ball!
Mas os “ataques” do “Grande Palhaço” causam
controvérsia:
“Todo mundo vê que esses ataques de riso não são naturais! Só acontecem com quem
tá zangado! Mau humor pode até ser
ruim, mas ainda é um sentimento verdadeiro! Franco! Melhor uma zanga sincera do
que uma risada forçada! Alguma coisa tá impedindo as pessoas de expressar
aquilo que sentem, E ISSO EU NÃO POSSO PERDOAR!”
Antes de ler a edição, eu não tinha parado para
pensar no quanto as coisas são, também, complicadas
quando se substitui a “morte” pela “risada”. Porque a Mônica tem certa razão.
Ela parece uma defensora do mau-humor, e o Cascão meio que até parece ter razão
dizendo que “uma risada é sempre melhor do que uma cara fechada”, mas talvez não. E eu achei um máximo como
isso foi levantado e realmente nos levou a pensar. Que direito o “Grande
Palhaço” (o Cebola detestou esse nome, naturalmente!) tem de impedir as pessoas
de se sentirem como se sentem, de impedi-las de demonstrar sua raiva, quando
ela é verdadeira e necessária? Complicado, bastante complicado… e com raiva
disso tudo, o Cebola acaba atacando a Mônica, e é uma cena pesada. Porque ela zoa o Professor Rubens e a Magali no meio da
aula!
Percebemos, com isso, que o controle do “Grande
Palhaço” e o poder do “Caderno do Riso” são muito maiores do que o imaginado a
princípio. Eles podem não só fazer as pessoas rirem, mas controlar as suas ações, o que é bem sério. No caso de Mônica, o
“Grande Palhaço” a fez dizer coisas que ela não
queria, e ela magoou sua melhor amiga quando, de certa maneira, duvidou de
seu amor por Quinzinho ao falar do Professor Rubens. Foi cruel e triste, na
verdade – um ataque de riso nem sempre é
bom. E tirar a liberdade da pessoa se expressar muito menos! Assim, com
esse ataque, as coisas ficam ainda mais
sérias, e uma reunião extraordinária no auditório do Colégio do Limoeiro é
o cenário perfeito para que Cebola seja pego e conheçamos o “MISTERIOSO L”,
mais ou menos como em “Death Note”,
quando ele nos impressiona com sua inteligência.
Porque o Treinador Átila anuncia:
“Há pouco, uma aluna foi encaminhada à enfermaria,
vítima de um poderoso acesso de bom humor induzido. Diante da ameaça, somos
forçados a assumir uma postura séria. A partir de hoje… É PROIBIDO RIR!
Manifestações humorísticas de qualquer tipo estão proibidas no colégio! Piadas,
risadas e gargalhadas estão banidas, assim como jocosidades e chistes!”
E não adianta. Como previsto, o Cebola se revela. Escreve o seu nome no Caderno
do Riso, e o Treinador Átila é a mais nova vítima – então uma misteriosa voz,
que se intitula “L” anuncia que era “um teste” ou “um plano”, que agora ele tem
certeza de que o “Grande Palhaço” está mesmo no Colégio do Limoeiro… muito próximo, quem é ele? O cerco se
fechando. O “L”, no entanto, não fica em segredo por muito tempo, e é o Louco,
ou Licurgo, e é fácil de descobrir… no entanto, ele não pode ser atacado,
porque o Cebola precisa ser mais discreto
agora. Mesmo assim, Carmem termina a edição em um ataque de risos que parece um
ataque do “Grande Palhaço”, mas não é, porque, dessa vez, o Cebola não fez
nada… com o Detetive L e a Mônica enfurecida atrás dele, quais são as chances
do Cebola conseguir se safar?
Poucas. Pouquíssimas.
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