As Aventuras de Poliana (2018) – Poliana tenta ajudar o João



“A repercussão é mais importante do que ajudar o próximo?”
O João é uma criança carismática, e embora muita coisa triste já tenha acontecido com ele, ele também tem pessoas que realmente se importam com ele ao seu redor. Temos o Marcelo, por exemplo, que foi um verdadeiro Anjo da Guarda seu nos primeiros capítulos da novela, e a Poliana, claro, que está sempre preocupada em encontrar uma maneira de ajudá-lo, seja pedindo para o Sr. Pendleton acolhê-lo em sua casa (porque, segundo ela, “ele tem uma casa grande, mora sozinho, também gosta de cachorros e, agora que quebrou a perna, precisa de alguém para ajudá-lo”), ou mesmo o acolhendo escondido em sua própria casa no meio da noite… a própria Tia Luísa já demonstrou certa preocupação em relação ao João e isso é muito bonito… no momento, no entanto, o João está sendo parcialmente ajudado por Durval, desde que chegou à padaria naquela caixa!
Acontece que um carro passa e espirra água suja em João, então ele vai tomar um banho… e os meninos maldosos da rua roubam sua roupa. O pior é que, além de sua roupa, levam o seu tênis novo e o violão! Então, ele chega à padaria em uma caixa de papelão, pedindo ajuda a Jeferson porque precisa urgentemente usar o banheiro! Naturalmente, Durval acaba percebendo todo o movimento, e ao invés de dar-lhe uma bronca, como o João acreditou que aconteceria, ele resolve ajudá-lo da maneira que pode que, por ora, é oferecendo-lhe roupas de suas filhas: “Pois fique sabendo que eu tenho esse jeito de grosseirão, mas sou incapaz de deixar alguém nesse estado sem ajuda”. Só fiquei um pouco incomodado com o pessoal da padaria rindo do João “em roupas de menina”, porque é extremamente imaturo, e preferimos que a novela não divulgue o preconceito!
Então, parcialmente “acolhido” na padaria, ele acaba fazendo umas entregas no lugar do Jeferson, e eu gostei muito da sua cena com Luigi, que fica encantado com o seu sotaque, e também de sua cena com a Dona Branca, que é a mesma Dona Branca reclamona de sempre, dizendo que “os pães estão muito brancos” – mas, surpreendentemente, ele sabe lidar bem com ela, e come o pão na sua frente para provar que está bom, e ela fica com o saco antes que ele coma tudo! HAHA A última entrega, de um pão doce, estava sem endereço, então João faz A COISA MAIS FOFA DO MUNDO! Ele até pensa em comê-lo, mas decide levá-lo de presente para a Luísa, como agradecimento por tê-lo deixado dormir ali na outra noite, e eu acho que essa foi uma atitude muito fofa da parte do João. Mas ele sai correndo apressado assim que ela pergunta da sua família.
João, João!
Falando em Tia Luísa, quando a Helô vai à sua casa para falar sobre Poliana e convencê-la a deixar a sobrinha estudar na Escola Ruth Goulart, ela não apenas consegue isso, mas também consegue convencer Luísa a ir à reunião do Comitê do Laço Azul naquela noite, e isso tudo já é graças à Poliana, que está fazendo a tia sair de casa e voltar para a sua antiga vida, ou pelo menos a melhor parte dela. Tia Luísa está mudada, já está sorrindo de uma maneira leve, já olha para Poliana com carinho no olhar, e a maneira como ela não deu uma mega bronca em Poliana pela maneira como ela agiu na reunião já é uma prova incontestável do quanto ela está diferente. Afinal de contas, a Poliana realmente falou demais, mas tudo o que ela disse FOI VERDADE, e eu acho que, secretamente, a Tia Luísa estava se divertindo com tudo o que estava acontecendo.
Porque Poliana pede ajuda para João ao Comitê do Laço Azul.
E diz umas verdades que desmascaram a hipocrisia de pessoas como a Débora!

“É que eu tenho um amigo, o nome dele é João. Ele precisa muito de ajuda. Ele é super inteligente, e gosta muito, muito de música. E é bem talentoso, é claro. Ele veio lá do Ceará sozinho, e não tem ninguém pra cuidar dele! Ah, também tem o Feijão! É o cachorro do João, ele é super esperto!”
“Poliana, eu agradeço muito a sua sugestão, mas o nosso Comitê já tem uma lista de ONGs que estão à espera de ajuda”
“É verdade. Algumas trabalham na África, outras na Ásia. Aliás, as mais carentes pertencem a esses continentes”
“Por que que vocês querem ajudar pessoas de tão longe que nunca viram, sendo que tem pessoas que precisam muito muito da ajuda de vocês aqui pertinho, mesmo, igual o meu amigo, né, o João. Então é porque é mais fácil só mandar um dinheirinho e se sentir bem do que ir até lá e ajudar de verdade?” (OUCH!)
“Nós fazemos esse trabalho porque somos boas pessoas e queremos ajudar os outros. Ajudar um único garoto pobre não faz diferença”
“Faz diferença na vida dele” (PAH!)
“Mas não é o suficiente. Não traz a repercussão necessária pro Comitê”
“Eu não entendi. A repercussão é mais importante do que ajudar o próximo?”

Corajosa, ousada… verdadeira.
Poliana meio que LAVOU NOSSA ALMA naquele momento! \o/
Porque a dura verdade é bem essa mesma… a maioria das pessoas que “ajudam o próximo” são como a Débora, e não estão realmente preocupadas em serem “boas pessoas”, mais do que estão preocupadas em “serem reconhecidas como boas pessoas”. Tem que gerar repercussão, ou então de nada serve. É uma crítica DURA em um diálogo brilhantemente escrito, e Poliana se mostrou mais inteligente e revolucionária do que jamais se mostrara até então. E eu adoro isso. Aquele “É porque é mais fácil só mandar um dinheirinho e se sentir bem do que ir até lá e ajudar de verdade?” foi quase um desabafo de alguém cansado, de alguém exausto das hipocrisias de pessoas como a Débora, que não se preocupam de verdade com os outros. E o “Faz a diferença na vida dele” foi sensacional. Sério, esse é o momento em que Poliana merecia SER APLAUDIDA EM PÉ!
<3
O Comitê não vai ajudar o João por ora, e ele está lá, fazendo entregas e mais entregas e reclamando que não tem tempo de entregar tudo. É aí que ele vê uma bicicleta em um bazar na igreja, e fica encantado, fazendo uma oferta de poucas moedas pela bicicleta, depois prometendo que pagaria parcelado, e voltaria todos os meses para dar mais dinheiro por ela… assim como foi com o cara no Ceará que se encantou por ele e acabou lhe dando o violão de presente, a mulher da igreja também lhe “vende” a bicicleta, e eu achei fofo e determinado ele aprendendo a pedalar sozinho, quase conseguindo dominar a bicicleta, embora tenha causado aquela confusão com o Luigi, a Dona Branca e a Poliana… o problema foi que a bicicleta pertencera ao Guilherme, e quando o pai a confiscou, ele mentiu para os amigos que “tinha sido roubado”, e agora o João passou por ladrão.
Ah, ele não merece isso! L
Infelizmente, a novela dá um salto de ALGUNS DIAS antes de resolver toda essa confusão – o esclarecimento acontece quando Guilherme está voltando de seu primeiro dia de aula na nova escola, a Ruth Goulart, em sua bicicleta e encontra o João na rua, e ele está mal porque perdeu tanto o seu violão quanto o seu amigo Feijão, e Guilherme diz ao garoto que sabe que ele não roubou a sua bicicleta. Então, ele se oferece para pagar um lanche para o João, que ele aceita “só porque está com fome”, e vai enfezado de volta à padaria, onde Guilherme explica tudo para os amigos (embora minta em sua explicação!) e diz que João não é ladrão. Gosto de como, marrento, João continua impassível ao fazer o Jeferson se sentir culpado por tê-lo acusado injustamente e pedir desculpas, mas no fim ele aceita o pedido, e talvez essa seja uma parceria interessante!

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Comentários

  1. Parece que eu adivinho a hora das postagens, não? Estava preparando uns textos meus (sobre o Sr. Pendleton, o grande amor da Luísa, a audição e o primeiro dia de Poliana na Ruth Goulart) e resolvi passar aqui pra ver se tinha saído o texto sobre os 400 capítulos (!) de Carinha de Anjo, uma bela surpresa que eu tive.

    Bem, eu acho que o Jeferson foi muito injusto em ter acusado o João de ladrão sem provas, mas fiquei feliz de já estar tudo bem.

    Achei duas cenas bem engraçadas essa semana: os adolescentes rindo do João com a roupa da Raquel e o Durval atrapalhando a live da Raquel e da Mirela junto com a Lorena. Eu ri bastante. Aliás, a Raquel estava LINDÍSSIMA e dançou bem melhor que a Mirela naquele vídeo. Por incrível que pareça, eu gostei da Brenda. E ainda não tenho raiva do Eric, ele só é daquele jeito por causa do pai, mas na verdade sonha em fazer sapateado. De quem eu tenho raiva MESMO é da Filipa. Odeio ela menosprezando a Poli, o Luigi e a Kessya.

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    1. Eu não gostei da cena em que riem do João, me pareceu preconceituosa (como várias coisas que a Íris escreve, infelizmente), mas eu AMEI a cena do Durval na live das meninas HAHA <3 E realmente, a Raquel estava impecável naquele vídeo, eu já estou encantado pela personagem!

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  2. O João é um ótimo personagem com uma personalidade e trama bem desenvolvida, queria que fizessem o mesmo com a Poliana, que anda menos otimista que a Poliana do livro, P.S: eu comentei no seu post em que eles descobrem que a tia Perucas tá grávida, se você quiser pode conferir lá.

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