Lost in Space 1x09 – Resurrection
“We are
literally full of shit”
Sério, será
que tudo bem eu estar COM TANTA RAIVA do Will? Eu comecei a série gostando
tanto dele, mas ele foi bem burro no
último episódio, e naquela cena em que Judy diz que vai em busca da mãe e não o
deixa ir junto (“You’ve done enough!”),
eu não fiquei com pena dele dizendo que “ela estava certa, e que a culpa era
dele”. PORQUE ERA MESMO! De todo modo, enquanto Judy vai em busca da mãe, que
foi levada pela falsa Dra. Smith, e Will manda mensagens codificadas para o
pai, em busca de algum sinal de que ele ainda pode estar vivo, as coisas estão
mudando e crescendo para o Season Finale.
Enquanto o plano da Dra. Smith é consertar a nave alienígena e chegar à
Resolute através dela, Will, em um acesso de fúria, descobre que uma das
“pedras” da caverna não é bem uma pedra,
mas sim “biomassa” – ou, como diz Penny: SUPERCOCÔ PETRIFICADO.
E isso pode ser a passagem deles para fora
desse planeta.
Acontece que
como o DeLorean, que o Doc Brown modificou no futuro, as Jupiters têm conversores que transformam cocô em combustível – eles precisariam
de uns três anos (muito mais do que o tempo que eles têm) para conseguir
“combustível” o suficiente para deixar o planeta, mas não se encontrarem mais desse cocô petrificado. Assim, eles
organizam uma expedição à caverna, mas precisam fazer tudo em absoluto silêncio, porque qualquer que
seja a criatura que os produziu ainda está por ali, e parecem estar no topo da cadeia alimentar. Assim, eles
precisam trabalhar EM ABSOLUTO SILÊNCIO, num lance meio “Um Lugar Silencioso”, inclusive o som emitido pelas misteriosas
criaturas é bem similar ao filme – e como a qualquer som eles serão atacados, a
situação se complica quando o “rádio” de Will começa a emitir alguns sons.
Isso quer dizer que o pai está vivo…
…mas também que eles chamaram a atenção das
criaturas.
Quando as
criaturas começam a atacar, o episódio toma vida de forma envolvente – tudo
fica repleto de TENSÃO, e eu adoro essa exploração
de novas formas de vida em outros planetas. Eles se assemelham a “morcegos
gigantes”, e quiçá um “demogorgon” de “Stranger
Things”, e são criaturas cegas que atacam ao menor som: “They’re blind. They can only find you if
they hear you”. A fuga da caverna é repleta de desespero, e Penny acaba
ficando para trás ao salvar a vida de Vijay, também com Angela e o biólogo do
grupo. Em uma das melhores cenas de “Lost
in Space”, o pequeno grupo anda por entre as criaturas, tentando manter o
silêncio, e quando Penny está quase sendo capturada, Angela distrai o “morcego”
como o Harry distraiu o basilisco na Câmara Secreta, e então todos conseguem
sair em segurança, unindo Angela ao
grupo.
Enquanto
isso, Judy procura pela mãe, que está com a Dra. Smith ao lado da nave alien
destruída, tentando remontar o Robô, na esperança de que ele ganhe vida e a
ajude… tudo parece distante, na verdade, um planinho arriscado e nem dos mais
inteligentes, porque é esperar demais que elas consigam chegar à Resolute
naquela nave. A desprezível
Dra. Smith faz discursos como “I’m not
the villain of this story. I’m
the hero”, o que é bem dissimulado, e fazemos descobertas interessantes,
embora seja algo que já esperávamos: como sempre, O HUMANO É O GRANDE VILÃO.
Quando elas abrem uma porta e descobrem o motor da Resolute lá dentro, elas
descobrem não que os robôs foram à Resolute roubá-lo, mas pegá-lo de volta: os humanos roubaram isso dos Robôs. E como?
naquele evento da “Estrela de Natal”, que encobriram como um meteoro.
Palmas ao
roteiro, fechando pontas de forma tão incrível.
O final do
episódio é instigante, mas profundamente REVOLTANTE. Nos permitimos uma ponta
de esperança quando a Dra. Smith vai atrás de um movimento nas plantas, e Judy
a engana com a galinha de Don West, nocauteando-a. Mas as coisas desandam em seguida. Judy e Maureen
tentam escapar na Chariot 21, Judy conta à mãe que Will descobriu uma forma de
saírem do planeta, mas elas são impedidas pelo Robô que, enfim, voltou à vida,
e segura o carro delas, impedindo-as de fugir. O mais desesperador e revoltante
foi ver a Dra. Smith aparecendo ao seu lado, cheia de confiança, enquanto o
Robô anuncia: “Danger, Dr. Smith”.
Agora, eu só espero que quando o Robô veja o Will ele volte atrás, porque a
Dra. Smith conseguiu tudo o que queria até agora, mas espero que ela não
termine a temporada assim. Porque não vou
aguentar esperar até a segunda temporada para vê-la SOFRER.
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