[Season Finale] 3% 2x10 – Sangue
Nem Continente, nem Maralto…
AH, QUE
EPISÓDIO BOM! Para fechar a brilhante segunda temporada de “3%”, ganhamos “Sangue”,
o último capítulo que, enfim, vê o plano de Joana, Fernando e Rafael sendo
colocado em prática, com todos os problemas de última hora que fazem tudo mudar de figura, além de mais uma
traição de Michele, que não “trabalha em grupo” e sempre faz as coisas à sua maneira. Assim, temos um final
excelente para uma temporada surpreendente, que elevou o nível de “3%” e que clama por uma terceira
temporada que, felizmente, JÁ FOI CONFIRMADA. Muito orgulho desse trabalho
brasileiro na Netflix, ansioso para saber até onde os próximos episódios nos
levarão, agora que tudo está mudando de figura, e não teremos mais apenas o
Continente e o Maralto, mas também a Concha, como foi outrora idealizada por
Samira, antes de ser assassinada pelo “Casal Fundador”.
Joana e
Fernando colocam sua parte do plano em ação e veem os primeiros problemas para
apagar as câmeras do prédio, mas enfim conseguem. Joana então encontra a Sala
de Dados, mas é impedida de entrar por tiros da Milícia que a fazem fugir até não
haver outra maneira que não entrar no
Labirinto. Joana entra no Labirinto de Michele, e Marco e os demais entram
logo atrás dela… por isso, ela diz a Fernando que ele terá que apagar os dados
ele mesmo, e não é nada fácil: “Fudeu,
fudeu mesmo, porque eu não alcanço essa merda!” Para convencê-lo a fazer o
possível, Joana fala dos “97% fudidos” por quem agora, enfim, ele pode fazer
alguma coisa, então ele contamina os
dados com o próprio sangue, perdendo tanto sangue que fica fraco, à beira da morte, resgatado enfim por
Joana, depois de nocautear Marco e conseguir escapar do Labirinto.
Então, agora
é a vez de Rafael…
Rafael tem
dificuldades de acesso ao prédio no Maralto, e Michele aparece oferecendo-lhe
ajuda, e embora ele não confie nela,
ele não tem nenhuma outra alternativa, e aceita a sua ajuda, com ela prometendo
que o explicará depois o porquê de ter voltado atrás e a respeito dos “podres”
que o Maralto encobriu. No entanto, uma vez lá dentro, Michele trai Rafael sem
hesitar, o deixa caído desacordado e, ao invés de apagar ou destruir os dados,
como o previsto, ela arma o seu próprio plano: ROUBA OS DADOS. Foi angustiante
ver a Michele caminhando por aí com os dados criptografados na mão, porque
sabíamos que ela daria um jeito de usar isso em benefício próprio e, mesmo
assim, isso significaria que o Processo 105 aconteceria… afinal de contas, JÁ
ERA O DIA DO PROCESSO. Todos os jovens de 20 anos do Continente caminhando para
o prédio…
E o encontrando com as portas fechadas.
Para mim,
essa é uma das melhores sequências de “3%”,
embora seja, em último lugar, revoltante. Os jovens não estão brigando pelos
motivos certos, e eles são pacíficos carneirinhos quando “o Processo vai
continuar”, mas eu gosto do estrago que eles podem fazer, e gostaria que eles
percebessem a força que possuem contra
aquele sistema. Porque ao encontrar as portas fechadas, eles começam uma
REVOLUÇÃO, e enquanto forçam a entrada no prédio e correm aos gritos de
destruição, deixando o clima do episódio TENSO, Michele negocia com Nair para entregar
os dados, em troca de alguma coisa: “Eu
posso entregar os dados, mas só depois de eu ter o que quero”. A sequência
é forte e revoltante, com os guardas e a Marcela batendo em candidatos do Processo, deixando-os sangrando, como a
Glória, quando ela se distrai vendo Joana fugir com Fernando.
Enquanto Joana
e Rafael se perguntam o que fazer agora,
enquanto ambos se culpam por tudo dar errado, Michele vai atrás de Fernando com
uma “proposta”: “Eu consegui negociar com
o Maralto, é por isso que eu roubei os dados”, ela diz, e então apresenta
um plano similar ao de Samira, no passado. Ela
quer recomeçar a ideia do Maralto no Continente, ou algo assim. Vemos,
então, semente, água e fertilizantes chegar ao Continente, mandado como
presente do Maralto, e em troca disso Michele libera os dados dos candidatos, e
permite que o Processo 105 se inicie… diz
que no próximo ano eles voltam a se falar. Eu ainda não sei bem o que isso
tudo significa, e como isso funcionará, mas eu ainda tenho muitas dificuldades
para acreditar na Michele, e não acho que ela tenha a inteligência e capacidade
de Samira para realmente colocar esse
plano em prática.
Mas vamos ver
o que a terceira temporada nos apresenta.
Por ora,
Joana está sozinha, e Rafael está tentando conversar com Eliza, voltar para “casa”.
Marcela, por sua vez, faz o desprezível discurso que inicia o Processo 105,
fazendo os candidatos gritarem “Obrigado
pela oportunidade”, o que é perverso, e eu gostei de ver Glória enfim questionando aquilo tudo… pela primeira vez, ela não consegue seguir
adiante. E temos, evidentemente, Michele e Fernando, como o “Novo Casal
Fundador” (?), se perguntando o que farão agora, construindo o projeto de
Samira como um terceiro lugar, que não é nem o Maralto, nem o Continente, mas A
CONCHA. Eles vão conseguir construir algo utópico? Como eles vão escolher quem
vai entrar nesse lugar? Há muitas possibilidades, e eu acho que temos um bom
recomeço prometido para a próxima temporada, e eu estou adorando a capacidade
de “3%” de se reinventar.
Temporada incrível!
Ansioso pela
próxima!
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