The Rain 1x03 – Avoid the City



As manipulações de Beatrice.
Depois de assistirem o vídeo no celular do pai e ter a esperança de que o pai ainda esteja vivo na Suécia, na SEDE DA APOLLON, Simone e Rasmus decidem partir em busca de Frederike, ainda que Martin fique totalmente cético em relação a isso, e diga que “ele não encontrou a cura”, afinal de contas, esse vídeo é de seis anos atrás. Mesmo assim, ele dá algumas instruções a respeito de como chegar à Suécia, e depois que eles saem sozinhos, com o plano de passar a noite no próximo bunker antes de seguir viagem, Beatrice e Lea aparecem perguntando onde eles estão. Gostei da atitude delas, sobre como eles os ajudaram quando eles precisavam, e sobre como deviam ajudá-los a chegar ao pai, se existe alguma chance de isso resolver a doença, mas Martin continua irredutível… desse modo, as duas saem em busca de Simon e Rasmus, com Jean.
O episódio é interessante, e nos mostra que “The Rain” está disposto a explorar cada um de seus personagens em flashbacks interessantes que não destoam da trama central do episódio, apenas a incrementam. Se no segundo episódio conhecemos um pouco mais de Martin, agora é a vez de BEATRICE, e eu sinceramente ainda estou tentando decidir o que pensar a respeito dela. Nesse momento, em específico, ela foi legal em não deixar os irmãos sozinhos, e foi muito legal quando ela e os demais os encontraram em um ônibus tombado, e ali eles compartilham um momento muito bacana, e Beatrice diz que Martin em breve virá atrás deles, assim que perceber que eles não vão voltar. E ela estava certa, porque não demora muito para que Martin fique inquieto, chame Beatrice de “irritante”, mas acabe indo atrás dela, levando Patrick com ele.
“Você faz cada merda por ela”
Adoro o cenário da cidade abandonada e devastada, as ruas vazias e silenciosas, o Burger King destruído em que sentam para comer, imaginando refeições como as de antigamente, mas ali eles acabam se separando. Jean e Lea estavam fora em busca de “óculos novos” para ele, e quando os “cranks” (na falta de uma palavra melhor) atacam o Burger King, Simone também se separa de Rasmus e Beatrice… e foi bem angustiante vê-los separados. Simone, de um lado, conhecendo um garotinho, e Rasmus e Beatrice de outro, entrando em uma casa para se proteger da CHUVA. Ali, Beatrice conta a história de sua vida, diz que era ali que morava (pôster de One Direction na parede, AMO!), e é uma história deprimente sobre um divórcio, uma ida ao cinema, mensagens do pai em seu celular e um pedido para não voltar para casa, para ficar em segurança…
Muito triste.
Ou deveria ser, se nós não tivéssemos uma visão mais abrangente do quanto a Beatrice é MANIPULADORA. Por algum motivo, Beatrice está seduzindo Rasmus, agora, como fez com Martin no passado, vide os flashbacks dos dois, de quando ela se juntou ao grupo. Ele não tinha certeza de que a queria por perto, e ela fez de tudo, inclusive transar com ele de surpresa (?) em uma cena bizarra, antes de anunciar que “eles iam ficar juntos”. Beatrice é bastante fria e ardilosa, e a grande confirmação disso vem quando a vemos contar ao Martin do passado uma história que começa exatamente do mesmo jeito da história que contou a Rasmus, mas em uma casa totalmente diferente, com um desenvolvimento totalmente diferente… ambas mentirosas, ambas construídas para impressionar naquele determinado momento, e eu não sei o que isso faz dela!
Sozinha na rua, Simone conhece um menino e se abriga com ele da chuva, onde o vê tomar morfina pra “barriga parar de doer”, o que foi a fala mais triste do episódio. Sofri com a Simone ao conhecer o pai do garoto e aquele desejo que o homem tinha de atravessar a ponte com o filho, para levá-lo a uma médica, mas ele não tinha força o suficiente… então, Simone lhe oferece comida (“É a primeira humana que encontro!”, o homem diz), e embora tenha sido uma atitude bonita, o homem foi bem estúpido ao sair do abrigo para a cidade a céu aberto com a comida toda exposta… era óbvio que ele seria atacado, e então ele foi morto por todos os outros. Assim, Simone volta correndo ao Burger King onde reencontra os amigos e diz que eles precisam sair dali imediatamente. Afinal de contas, existem animais em busca de comida nas redondezas, e são perigosos.
Vide o momento em que um deles realmente pega o Rasmus. Eu fiquei cheio de esperança quando Martin apareceu apontando aquela arma no momento certo, e parecia que tudo ia ficar bem, mas então Rasmus é esfaqueado, e a série se enche de desespero. Ele grita de dor enquanto todos fogem carregando ele em um carrinho de supermercado, fazendo o possível para não chamar a atenção das outras pessoas, embora Rasmus esteja gritando sem parar. Quando chegam ao bunker, encontram tudo revirado, não existe mais kit de primeiros socorros, e Rasmus só para de gritar quando Simone lhe dá morfina, mas só há uma coisa que eles podem fazer agora: encontrar a médica do lado de lá da ponte. Agora, eles precisam atravessar o muro e ir para o lado de lá da Zona de Quarentena, embora eles não saibam o que podem encontrar do lado de lá…

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