The Rain 1x07 – Don’t Talk to Strangers
“It’s gonna
be okay. You’re gonna save us all”
De um modo
geral, até aqui, eu sempre tentei defender o Rasmus, porque no fundo eu o
entendia. Eu sabia que ele não estava habituado a esse mundo nem às malícias
dele, que tinha passado 6 anos em um bunker
sozinho com a irmã e, quando entrou lá, era apenas uma criança, mas eu senti muita raiva dele nesse episódio.
Em “Don’t Talk to Strangers” eu
sinceramente não pude evitar. Achei emocionante ouvir os seus gritos
desesperados na porta do novo bunker,
pedindo “socorro” enquanto carrega Beatrice morta em seus braços, porque o
sofrimento é real e compreensível,
mas então quando ele começa com aquele discurso de que “Se ela não está viva também não quero viver”, então eu já não pude mais defendê-lo. Quer dizer,
apesar de tudo, ele tinha ACABADO DE CONHECÊ-LA, e ele ainda tinha a irmã! Então, por favor, Rasmus, menos.
Bem menos.
Quando ele
chega no bunker com Beatrice nos
braços, Martin imediatamente o tranca na quarentena: afinal de contas, ele tocou nela e deve estar contaminado também. É
um momento emotivo de muito sofrimento, enquanto Simone e Lea assistem, e
enquanto Martin lida com a morte de Beatrice e a culpa por prender Rasmus,
embora seja a única coisa que ele possa fazer por enquanto… enquanto isso,
Rasmus tem um pequeno surto, tremendo enquanto passa a mão pelos cabelos de
Beatrice e lhe beija o rosto. Depois que Simone tenta conversar com ele e
fazê-lo entender que “Beatrice está morta”, ele abandona o bunker, diz “até logo” para Beatrice e vai embora, diretamente para
as pessoas que pegaram Patrick, enquanto Lea lidera um EMOCIONANTE funeral para
Beatrice, com a ajuda de Martin e, posteriormente, de Simone.
Foi uma cena triste e muito bem-feita!
Patrick está
preso e sendo torturado para que conte onde
estão os seus companheiros, e isso envolve dentes arrancados até que ele
fale dos bunkers da Apollon e como
Simone tem acesso a eles porque o pai trabalhava na empresa. Depois de passar
essa informação, Rasmus se comunica via rádio com eles, entregando-se, de
alguma maneira, mas eles não vão matá-lo
como ele espera ao fazer isso – pelo contrário,
ele se mostra precioso demais para morrer. Patrick não entende como ele
pode não estar morto, depois de carregar Beatrice morta nos braços, e as
perguntas dos homens a Rasmus nos levam à oficialização de algo que já dizíamos
desde o primeiro episódio de “The Rain”:
RASMUS É IMUNE! Afinal de contas, ele foi lambido pelo cachorro contaminado e
carregou Beatrice nos braços, e mesmo assim continua vivo, contra todas as possibilidades.
Assim, quando
Martin, Simone e Lea saem em busca de Rasmus e conseguem prender um deles para usar como refém e fazer a
troca pelo garoto, ele diz que “eles não vão fazer essa troca, porque Rasmus
pode ser imune”. Sinceramente, eu não sei se teria paciência para seguir até o
fim e salvar Rasmus, não com aquela cara e aquele discurso de “Eu não quero viver” – não sou o mestre
da paciência, naturalmente. E a verdade é que entendo, nesse caso, os dois
grupos: entendo Simone querendo defender o seu irmão, porque foi ela quem fez
isso nos últimos seis anos, mas também entendo o grupo que não quer se desfazer
dele, porque se ele for mesmo imune, ele é a resposta de tudo… ele é a chance que todos eles têm de
encontrar uma cura, e então ninguém mais precisará morrer. Por isso, a cena
da troca na floresta é um momento de tensão.
Mas Rasmus
diz que “ninguém mais vai morrer por ele” e se injeta com o vírus.
Wow.
São segundos
longos se prolongando embora soubéssemos que ele não morreria. Até que ele desperta, confirmando o que todos já
sabiam: “É ele. Ele é o imune”. Agora,
eles precisam ir até a Apollon e fazer novos experimentos, e Simone, Martin,
Lea e Patrick não vão deixá-lo ir sozinho, por isso todos estão a caminho
juntos… antes de Rasmus partir, no entanto, um dos seguranças lhe garante: “It’s gonna be okay. You’re gonna save us
all”, e lhe dá um beijo na testa, o que foi uma atitude muito bonitinha, na
hora… e depois se torna desesperadora. Porque assim que o novo grupo
recém-formado sai rumo à sede da APOLLON, o guarda que beijou a testa de Rasmus
começa a passar mal e morre em questão de poucos segundos… então Rasmus está vivo, é imune, mas ele está transmitindo o vírus. Não
sei se sempre esteve ou agora, depois de injetar-se.
Mas essa é uma complicação extra,
certamente!
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