Humans 3x06 – Episode 6
“We have a
voice and it will be heard!”
O episódio
MAIS FORTE de “Humans” até aqui,
acabei com um peso no coração. A angústia
do Episódio 6 me perturbou, fiquei apreensivo durante todo aquele momento da “escolha”
de Laura (na verdade, nem tinha uma
escolha a ser feita, tudo era muito óbvio, e ela conseguiu “escolher”
errado, vai entender!), e a impressão é de que tudo está se acumulando para a grande explosão que virá a seguir. Para
completar, a “cereja no bolo”, Stanley ainda conta para Mattie que ELA ESTÁ
GRÁVIDA, de 8 a 10 dias, o que é meio louco,
no meio de toda essa confusão, mas apesar de toda a loucura, eu estou muito
contente, e ansioso para ver como será Leo e Mattie como pais, se é que
chegaremos a ver esse nascimento – quer dizer, essa MARAVILHA vai ser renovada
para a quarta temporada, né? Uma das
melhores séries da atualidade!
As coisas
começam a sair de controle quando
Laura é quase atacada na frente da própria casa, justamente por ser “defensora
de synths”, e então STANLEY A DEFENDE. Foi lindo
vê-lo lutando para defender Laura, devo dizer! Mas embora ele estivesse
tentando interpretar um Synth de Olhos Laranja, com calma na voz e certa
qualidade mecânica em seus movimentos, havia
raiva e intensidade em seu olhar. Laura também percebeu – não era
resistência, não era “passivo”, como ele disse. E naquele momento de perverso
SUSPENSE, em que ela ameaça furar o seu olho, ele segura a sua mão e,
finalmente, se revela como o Synth de Olhos Verdes que, conforme o final do
último episódio, descobrimos que ele era. Foi
angustiante vê-lo carregar Laura escada acima pelos cabelos, mas agora
tenho a sensação de que tudo tá crescendo e estamos perto demais do final.
Stanley,
então, se torna ameaçador. Ele coloca
a vida das crianças em risco se ela disser alguma coisa, mas Laura sabe que não é ele quem realmente está
por trás do discurso decorado que ele está recitando! Tudo ganha um tom mais
sombrio e aterrorizante agora – como Laura anda ereta seguida por Stanley, como
chega à Comissão Dryden com ele, enquanto opositores à reunião com Mia se
amontoam do lado de fora, e, enquanto isso, Leo e Mattie vão até a sua antiga
casa, agora convertida em “Elster House
and Museum”, onde ele descobre uma foto e um diário de seu pai, indicando
que o pai se arrependeu de tê-lo
salvado como o fez, tornando-o parte sintético
– ele o chama de ABERRAÇÃO, e Leo quase se convence de que, na verdade, é isso
mesmo o que ele é… Mattie é toda fofa com ele, e eventualmente lhe conta que está grávida.
Mas o grande
destaque do episódio é a reunião na Comissão Dryden. Quando Laura chega para a
reunião e encontra Mia, ela lhe dá um abraço sem dizer nada, mas é o suficiente para que Mia perceba que
há algo errado. 13:53, com o massacre previsto para as 14h, a reunião
começa, e Laura pede que eles iniciem com um minuto de silêncio por todos
aqueles que perderam no Dia Zero, e enquanto todos os Sintéticos de Olhos
Laranjas baixam a cabeça, uniformemente, apenas Stanley continua olhando ao
redor, continua prestando atenção para entender o plano de Laura – e era um
plano muito simples: indicar a Mia qual
era o grande problema. Porque ela percebe. Então, ela começa o seu
discurso, quando perguntada sobre “como é ser uma synth”, e aquilo foi tão
sincero e tão forte que ela consegue atingir muito mais do que imaginava:
“I've been
imprisoned. I've been beaten. I've been betrayed”
“How did
that make you feel?”
“Scared. Alone.
Angry”
“And yet,
you advocate peace”
“Yes”
“Why?”
“Violence
is never the answer. Compassion... persistence... love. That is what changes
the world. Synths no longer think in binary. We don't think in zeros and ones. We
awoke a year ago and you expect us to understand the complexities of life. I
see a world where we live amongst you, each of us learning from the other, building
towards a peaceful future. It is possible. But to get there, we need your
guidance. We need your friendship”
Que discurso
poderoso.
Mia, RAINHA DA
SÉRIE MESMO! <3
A edição é
BRILHANTE, mas também assustadora. Enquanto Mia faz o seu discurso lindíssimo,
e fala da sua experiência e da diferença que Laura fez em sua vida, Stanley se
prepara para atacar, mas também escuta, ao mesmo tempo. Agnes, por sua vez, faz
o seu discurso de ódio em praça
pública, e é o mesmo discurso decorado que Stanley proferiu no quarto, para
Laura. Não é o pensamento dele. Às 14h,
na hora que Stanley deveria matar toda a Comissão Dryden, Mia está parada na
sua frente, e discretamente mexe a cabeça, pedindo para que ele não faça isso. E ele desiste. Realmente desiste. Mesmo assim, A BOMBA
EXPLODIU. Ele avisa Laura que, como não fez o que mandaram, virão atrás de sua
família. Ataques terroristas, guiados por Agnes, Mia acabando presa como se
fosse a responsável por tudo, e a verdadeira mente perversa por baixo disso
tudo surgindo:
ANATOLE!
“Anatole didn’t tell us humans can be kind”
Então os Hawkins
tentam escapar, e eu devo dizer que O SAM É UM FOFO. Sempre foi, e ele ama
aquela família de verdade, embora nem
todos retribuam o seu amor como ele merecia. É estranho pensar agora, em
retrospecto, na fofura dele se colocando na frente de Laura e dizendo a ela: “Don’t be scared, Laura, I’ll look after you”.
E depois ela fez o que fez. Stanley tenta
ficar para trás e deter Anatole enquanto eles escapam, mas Laura não permite…
no entanto, ninguém escapa, porque eles
já estão ali. Contra Anatole, Stanley se posiciona de forma a nos encher de
orgulho: “Violence is not the answer. Humans can be kind. You didn't tell us humans can be kind”. E
quem sabe tudo tivesse dado certo, se Anatole não fosse tão perversamente
inteligente. Para provar a Stanley que aqueles
humanos não são “gentis”, ele tem o plano perfeito…
Pega uma
pessoa qualquer na rua, um humano velho que os Hawkins nunca viram antes, e também pegam Sam, um synth que ama Joe e
Laura, além de “pular”, e pedem que Laura escolha apenas um deles para viver. Parece uma escolha absurda. É doentio, é
deprimente, ela chora e nós temos nojo de Anatole, por fazê-la tomar essa
decisão, e eu tento entender todo o sofrimento e o peso da decisão em suas mãos
– mesmo assim, ela devia ter pensando melhor. Anatole vai contra tudo o que Mia
pregou naquele discurso na Comissão Dryden, chama isso de uma “escolha binária,
1 ou 0”. O que mais me magoou foi ver a Laura escolhendo que Sam morresse…
achei que, por mais que lhe doesse “autorizar” a morte de um humano, a escolha
era óbvia: Sam é uma CRIANÇA que os ama e que precisa de sua proteção, e quer
dizer, ela também é mãe… ela não podia
ter escolhido diferente.
Pegaram pesado.
E eu sofri.
Agora, a
personagem de Laura muda drasticamente. Essa escolha é a prova de que ela não pensa
realmente que “eles são iguais”, porque se pensasse, jamais teria tomado essa
decisão. Assim, todo o pequeno avanço conquistado nesse episódio desmorona. Stanley,
que já acreditava na possibilidade da gentiliza humana, não pode mais acreditar
nisso, volta ao lado de Anatole. E eles ainda levam Sam, mas não podemos culpá-lo,
podemos? Não tinha como ele seguir
acreditando em Laura depois disso. Aquele “You said I was your favorite” me destruiu, e então Sam vai embora.
Tudo o que Laura construiu acabou,
nem nós mesmos podemos seguir acreditando nela depois disso, e sua família, em
parte, também está contra ela… Sophie está muito mal com essa decisão, o que só
me faz recordar o quanto A SOPHIE É A MELHOR HUMANA DE TODAS!
<3
Comentários
Postar um comentário