Más Allá de… La Usurpadora – Além da Usurpadora
O ano mais feliz na vida da Família Bracho. Até agora…
A novela “La Usurpadora” fez algo inusitado que
eu não sei se alguma outra novela já fez: PRODUZIU UM EPÍLOGO. É a única
maneira em que consigo pensar em “Mas
Allá de… La Usurpadora”. Um especial de DOIS CAPÍTULOS, com abertura independente
(embora complementar), foi exibido nos dias 25 e 26 de Julho de 1998, assim que
a novela chegou ao fim. Aqui, vemos como está a vida da Família Bracho UM ANO
DEPOIS do fim de “La Usurpadora”,
quando Paulina se casou com Carlos Daniel… em “Além da Usurpadora”, como é chamada no Brasil, Paulina precisa
enfrentar dois novos inimigos: uma doença que lhe dá apenas mais 6 meses de
vida, e uma nova empregada que ela ainda não sabe que é bastante traiçoeira. Assim,
a felicidade tão famigerada e valorizada no início do especial parece estar
verdadeiramente ameaçada.
Tudo começa
com a exaltação da ALEGRIA. Carlos Daniel faz questão de dizer a todo mundo que
é o homem mais feliz do mundo, enquanto a fábrica prospera, Vovó Piedad exala
saúde, e ele está casado com a mulher que ama. Além disso, Paulina lhe deu o
maior presente do mundo: Paulita. Poderia ser um “castigo” ou apenas ironia do destino o fato de ele dizer
que “quem diz que a felicidade plena não existe está enganado”, porque enquanto
ele diz isso, e Paulina reflete seu sentimento, toda sonhadora com o futuro, o
médico a destrói dizendo que ela está com câncer e que só deve ter mais seis
meses de vida, no máximo… Paulina decide fazer o tratamento proposto, mas às
escondidas, para não angustiar e/ou preocupar a família… então, as cenas são
DRAMÁTICAS, naturalmente, como quando ela ouve Carlitos falando dela e de um
troféu que ele ainda pretende ganhar!
“Ya no voy estar para verte ganar este trofeo, mi amor”
Muito sofrimento
acompanha “Além da Usurpadora”. Eles estão
se preparando para a festa de aniversário de casamento, e Paulina sofre calada
(“Nuestro primero e último aniversário de
bodas”), enquanto despede-se de seus filhos, de alguma maneira ao pô-los
para dormir, mas ela não consegue esconder o segredo da Vovó Piedad, que sabe que algo está errado. De Carlos
Daniel, no entanto, ela nega qualquer coisa, embora ele diga que ela está
estranha desde aquela tarde. Enquanto essa infelicidade nasce, e eles organizam
a festa, Raquel, a babá de Paulita e das crianças, fala para Paulina sobre como
qualquer mulher seria muito feliz tendo uma família como a dela, mas ela diz
isso com imensa INVEJA, e a Paulina, toda inocente, decide “dar-lhe a sua
família de presente” ou algo assim. Raquel, dissimulada, faz toda uma cena, mas
Paulina se propõe a ensiná-la a ser uma mulher elegante, no meio da alta sociedade…
…convertê-la em uma grande dama.
Como Paola Bracho fez com ela em apenas 6
dias.
É bem
desconcertante ver o plano de Paulina, que é bem doentio. Ela quer tornar Raquel a nova SENHORA BRACHO, e chora nos
braços da Vovó Piedad, em puro sofrimento, enquanto alheio a tudo, Carlos
Daniel celebra o “ano mais feliz de sua vida”. O que me incomoda um pouco é
essa “necessidade” de Paulina de “achar alguém para ficar em seu lugar”, como
se fosse algo que Carlos Daniel não pudesse fazer sozinho quando, e se, tomasse
essa decisão por ele mesmo. Tem que ser muito
fria para treinar outra mulher para assumir o seu lugar como esposa de seu
marido e mãe de seus filhos… Piedad lhe chama a atenção para a ironia da
situação, dizendo que foi exatamente isso que Paola fez com a família: COLOCOU
UMA USURPADORA DENTRO DE CASA. E Paulina
está prestes a fazer a mesma coisa. E é doloroso DEMAIS porque Carlos
Daniel está mais apaixonado que nunca.
“Como te quiero, mi amor, como te quiero!”
Raquel
aproveita-se da situação, totalmente oferecida e descarada, e dá em cima de
Carlos Daniel, e ele é um máximo não dando a mínima atenção para ela, dizendo
que jamais trairia a sua esposa, porque a ama, e que ainda se o fizesse, não seria
com alguém que ela conhece e em quem deposita sua confiança. PAH! Mesmo assim,
Raquel tem a aprovação de Paulina, que fala abertamente com ela sobre “prepará-la
para que ocupe o seu lugar quando ela não estiver mais ali”. Inicialmente,
Raquel se faz de difícil, dizendo que “não pode fazer isso”, e Paulina insiste,
dizendo que ela será A NOVA SENHORA BRACHO, e ocupará o seu lugar como um dia
ela ocupou o lugar de sua irmã gêmea. E ao tomar essa decisão, Paulina é atormentada
pelo fantasma de Paola: “Aquí estoy,
querida hermanita, esperándote en el infierno. Muy pronto estaremos juntas”.
Enquanto isso
tudo se desenrola, também acompanhamos a história de Estefanía, que terminou “La Usurpadora” em um manicômio. Enquanto
ela está internada, seu filho está aos cuidados do irmão Rodrigo e sua esposa
Patrícia, e ele não pensa em devolver a criança caso Estefanía se recupere… e
ela realmente se recupera. Melhorando
e disposta a mostrar que está bem para sair, ela está determinada a reencontrar
seu filho. Antes que isso se resolva, temos uma série de problemas. Rodrigo diz
com todas as letras que não pensa devolver o filho, então Estefanía o rouba e
tenta fugir com ele, e a cena é bem dramática, mas Patricia, mesmo às lágrimas,
acaba por reconhecer que Estefanía está em seu direito e diz que ela pode ficar com o bebê. Enfim, tudo
acaba bem no que diz respeito o filho de Estefanía e o próprio estado de saúde
dela.
No caso de
Paulina, Raquel faz toda uma cena cheia de pranto falso para dizer a Carlos
Daniel que Paulina só tem mais 6 meses de vida, e acho que ela fez muito bem em
contá-lo, porque ele tinha o direito de saber o porquê de sua esposa estar
agindo de forma tão estranha, e isso só o faz focar ainda mais nela. Se antes ele já não dava nenhuma atenção às
investidas de Raquel, agora muito menos! Carlos Daniel abraça a esposa, diz
que não quer perdê-la, e eles vão fazer tudo o que puderem fazer, a começar por
ir em outro médico. Enquanto isso, apressada, Raquel decide que não quer
esperar seis meses até que Paulina morra, então planeja envenená-la, justamente
durante a FESTA DE ANIVERSÁRIO do casamento de Paulina e Carlos Daniel, festa a
qual Paulina usa para tentar jogar o marido para cima da outra mulher, com
apenas Piedad percebendo o quanto ela não
é confiável.
Felizmente,
Carlos Daniel é bem indiferente. Ele não
está nem aí para Raquel, e repetidamente recusa seus beijos, dizendo que ama e
respeita a sua esposa. Então, Raquel envenena uma taça de vinho, e acaba se
distraindo com Patricia enquanto as crianças, com sede, pegam as taças na mão e
acabam invertendo as suas posições… assim, quando Paulina chega, Raquel propõe
um brinde, totalmente convencida de que a sua “inimiga” está tomando veneno e
estará morta dentro de algumas horas, e eu rio por dentro com a ironia e a
ingenuidade burra da vilã… enquanto isso, a Vovó Piedad dá uma bronca em Carlos
Daniel dizendo que sua obrigação é fazer Paulina feliz até o último dia de sua vida. Para efeitos dramáticos, Paulina realmente cai desmaiada no meio da
festa, e parece que o plano pode dar certo, enquanto Carlos Daniel a beija e
implora que ela não morra…
…mas logo em
seguida Raquel também despenca.
Então, a
conclusão da história é previsível, mas aliviadora: o médico, em uma confusão
estranha, trocou os exames, e Paulina nunca
esteve doente. O que ela tem não é doença alguma: ELA SÓ ESTÁ GRÁVIDA. Enquanto
isso, em vão, Raquel está em outro quarto, morrendo, porque “tomou uma forte
dose de um veneno letal”. Antes de morrer, no entanto, ela confessa o crime e
pede perdão: “Perdoname, los dos. Ustedes
merecen ser felices. Muy felices”. Então, por algum milagre, Raquel acaba
sobrevivendo, ainda que vá morar muito
longe da Família Bracho. Assim, com a felicidade restituída e a família
unida, o almoço de domingo, em que todos estão vestindo verde, é uma verdade
CELEBRAÇÃO. Eles contam a todos que Paulina está gravida, Rodrigo e Patrícia
vão fazer uma viagem de férias, e todos se juntam para uma bonita foto da
Família Bracho.
Uma família que deixa saudades até hoje!
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