Os Incríveis (The Incredibles, 2004)
Uma família INCRÍVEL!
Provavelmente
um dos melhores filmes de super-heróis que existe… e a Pixar lançou isso antes
de toda essa febre de heróis começar no cinema! Em 2004, assistíamos a “Os Incríveis” pela primeira vez, e o
filme conserva a mesma força que tinha na época. A história da “Família Pêra”
nos divertia e nos comovia por vários
motivos. Tinha toda uma trama elaborada, discussões importantes, além de sequências
de ação (como todo bom filme de super-herói exige!) incríveis (não proposital)
que valorizam os vários poderes de cada um dos personagens e a sua participação
na família… quer dizer, ELES SÃO UMA FAMÍLIA, e acho que ao lutarem juntos
contra um vilão que “quer destruir o mundo” (ou quase isso, ele quer se vingar
e destruir os “supers”, na verdade), a Família Pêra se une mais do que na vida toda, fingindo que “eram normais”.
A introdução
do filme se passa há muitos anos. Uma época em que OS HERÓIS ESTAVAM NO AUGE! Aqui,
o Sr. Incrível e a Mulher-Elástica brigam para saber quem pegou o ladrão
primeiro, por exemplo, aventurando-se por “atos heroicos” antes de entrarem na
igreja para se casarem, e o Sr. Incrível meio que dispensa o “Guríncrivel”, que
é seu “maior fã” e, mais do que tudo, quer ser seu “sidekick”. Depois desse momento de BRILHO para os heróis, as coisas desandaram. Um cara, o Sr.
Tosco (!), processou o Sr. Incrível por ter salvado a sua vida quando ele não queria ser salvo, e vários
passageiros (ingratos) de um trem o processam também por ter os machucado ao
salvá-los de cair à morte certa, e então o governo tentou tomar as rédeas da
situação, proibiu as “identidades secretas”, e os super-heróis caíram no
esquecimento, no anonimato…
…e na
ilegalidade.
QUINZE ANOS
DEPOIS, reencontramos a Família Pêra, em uma vida, talvez, infeliz. Quer dizer,
Beto está em um emprego que detesta, com um chefe que não está nem aí para os clientes que precisam do dinheiro de suas
apólices; Helena está cuidando do pequeno Zezé, enquanto resolve os
constantes conflitos entre Violeta e Flecha (mas é HILÁRIO ver dois irmãos COM
SUPERPODERES brigando pela casa!). Ela, uma adolescente insegura, cujo poder é se tornar invisível e criar campos de força
ao seu redor, algo como “o desejo de todo adolescente”; ele, uma criança
agitada que gosta de pregar peças no professor, como colocar tachinhas em sua
cadeira com a sua supervelocidade. Ah,
e ainda tem o lance de eles constantemente terem que se mudar de cidade a
cidade por causa de eventos que
denunciam suas identidades de herói… que
já deviam estar aposentadas há muito tempo, mas Beto não consegue deixar isso
para lá. São os seus dias de glória! Os dias que queria reviver!
Assim, quando
ele recebe uma proposta, ele não consegue
negá-la. Sem avisar a família, acaba indo trabalhar para a sedutora e
misteriosa Mirage, destruindo robôs gigantes em uma ilha deserta, por exemplo,
e rasgando a manga de seu uniforme… então,
ele precisa da ajuda de uma só pessoa! Gente, COMO EU AMO AS CENAS DA EDNA!
Sério, eu acho que a Edna merecia ter um
filme só dela! Amamos os seus comentários, amamos o seu sarcasmo e sua
genialidade, sem contar que aquela narração toda de “NADA DE CAPAS!” se tornou uma das coisas mais memoráveis da
história dos filmes da Pixar! E quando Beto acaba desaparecendo (porque caiu em
uma armadilha de Síndrome, o alter-ego do antigo “Guríncrivel”, que ele
desprezou e agora quer vingança e a
destruição de todos os supers), Helena descobre uma costura no antigo uniforme
do marido e sabe que só pode ter sido
Edna.
E vai até ela!
Edna, claro,
fez uniformes para a família toda! E SÃO UNIFORMES INCRÍVEIS! [Sério, me
desculpem, é inevitável usar a palavra] Beto estava fazendo o seu melhor para
passar despercebido agora que Síndrome acreditava que ele tinha morrido, mas quando Helena tenta localizá-lo com o novo
uniforme de Edna, ela acaba o colocando
em perigo. E precisa ir atrás dele! Naturalmente, Flecha e Violeta se
infiltram no jato a caminho da ilha, ainda mais depois de conhecer os novos
uniformes! E então toda a aventura começa
para valer. São cenas ÓTIMAS da família se unindo, e quando eles chegam à
ilha em um “barco improvisado” (com os poderes de Helena e Flecha), Helena
tenta deixar os filhos em segurança em uma caverna e vai sozinha atrás do
marido, que está em sérios problemas… mas
nenhum teria conseguido nada sem o outro.
Primeiramente,
deixados sozinhos, Violeta e Flecha precisam resolver seus problemas. E QUE
CENAS LINDAS! Porque eles estão autorizados
a usarem os seus poderes pela primeira vez, e embora hesitem, eles deixam de
fazê-lo quando o outro está em perigo. Adoro o Flecha protegendo a irmã, e
adoro a Violeta usando o seu campo de força para proteger o irmão. E embora
eles tenham ótimas cenas sozinhos, eles ganham muito mais força quando se unem
e ela consegue fazer um campo de força que proteja os dois, enquanto ele corre…
e no meio do caminho esbarram no pai e na
mãe. Temos uma rápida cena de ação na ilha, com os vários poderes, mas
Síndrome acaba os levando presos, enquanto planeja destruir a cidade e “bancar o herói”, para depois poder
vender seus produtos para que “todos sejam supers”. Afinal, “quando todo mundo
for super, ninguém mais será”.
Talvez funcionasse…
Se o poder de Violeta não salvasse a todos
da “prisão”.
Assim, a
Família Pêra, mais unida que nunca, parte para a cidade para lutar contra o
Síndrome e contra o robô gigante que está destruindo tudo, e contam com a ajuda
de Gelado. Aqui, PELA PRIMEIRA VEZ, eles realmente funcionam como uma família. Beto
e Helena se entendem melhor do que nunca, os irmãos se protegem, Flecha adora
ser parte da família, Violeta ganhou confiança até para colocar o cabelo para
trás… todos cresceram DEMAIS ao longo do
filme, e essa é a parte mais linda! Até o Zezé, que depois que os pais e os
irmãos destroem o monstro, é sequestrado pelo Síndrome, mas acaba demonstrando uma variedade de poderes em meio a um
voo, e se salva sozinho das garras do vilão… que acaba morto por uma turbina de avião, por causa de sua capa. Como a
Edna avisou: “NADA DE CAPAS!” Assim, “Os
Incríveis” chega ao fim cheio de ação, de diversão e de muito amor por
aquela família, que tanto aprendeu e tanto nos ensinou.
A vida de
super-herói? Segue…
Afinal de
contas, a cidade sempre vai estar sendo atacada por um vilão qualquer…
Não é?
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