Reverie 1x05 – Altum Somnum
“My name is
Mara Kint and I’m here to tell you the truth”
Um episódio
bom, mas justamente por causa daquilo que “Reverie”
tem de melhor: MARA KINT. Cada vez me irrita mais os personagens secundários,
seja Charlie ou a insuportável da Monica nesse episódio! Minha primeira
impressão era de que o episódio fugia
um pouco da ideia de “Reverie” para
se aproximar de procedurais comuns, como “MacGyver”,
com uma pegada meio “Stitchers”
também, inegavelmente. No entanto, Mara Kint, a incrível Mara Kint, é quem
conduz o episódio de forma a tornar um episódio totalmente humano, e a maneira como ela se envolve com Ashley Trent e se
preocupa com ela de verdade faz com
que as coisas mudem, faz com que
pareça mesmo um episódio de “Reverie”.
Bastante inusitado e ampliando as possibilidades da tecnologia da Onira-Tech,
acho que isso pode indicar um bom futuro
para a série!
Eu já quero
renovação!
Quando uma
bomba explode no West Los Angeles matando um grande número de pessoas, Monica
aparece revelando que os 30% da empresa que são representadas por ela
pertencem, na verdade, ao governo, segurança nacional, e agora eles querem a
ajuda do Team Reverie para impedir um
ataque terrorista. Mais bombas estão a caminho, segundo a mensagem de
Silas, e a ideia de Monica é forçar um Reverie, para que Mara possa entrar na
mente de “Denise Lang”, a sobrevivente da explosão que está em coma, nas suas
últimas horas de vida, mas que viu o
rosto de Silas. As implicações são muitas, e me fez pensar um pouco em “Altered Carbon”, porque ninguém além de
Paul ao menos pensou no fato de que eles não tinham a autorização da mulher para
invadir o seu cérebro. Mesmo assim, com todas as controvérsias, Mara
resolve ajudar.
Para proteger as próximas vidas.
Mas tudo é bastante traumatizante. Assim que entra
no Reverie, uma recriação do prédio cenário da explosão da bomba, o qual
“Denise Lang” não sabe que não é real, ela vê pessoas que sabe que estão mortas, como aquela garotinha
cujos pés ela viu. E a própria “Denise” se sente estranha: “I feel so weird. Do you ever feel like you’re not in
your own body?” As
reviravoltas surgem dentro e fora, enquanto Mara está lá. A verdadeira Denise Lang é descoberta
viva, enquanto descobrimos que a mulher lá dentro é outra pessoa, se passando por ela, provavelmente trabalhando com o
terrorista Silas. Quando ele passa por ela no corredor, o seu cérebro não preenche os detalhes, e Silas está
sem rosto, como um reverie defeituoso (!) pelo qual a mulher chama… a mulher
que, na verdade, SE CHAMA ASHLEY TRENT. E pelo pouco que viu dela lá dentro, Mara não acredita que ela seja uma
terrorista.
Ela é a única
que pensa assim, a única que vê a situação de forma mais humana, e eu
sinceramente DETESTO a Monica, veementemente. A maneira fria como anda, como
pensa em tudo mecanicamente. Ela NÃO
estava realmente interessada em “salvar vidas”, mas sim em se mostrar, e eu
odeio esse tipo de gente. Até entendi a Alexis, também, embora o episódio
queira mostrar que ela estava errada
pelas lições de moral de Charlie e aquela traumatizante cena em que Edith,
amiga de Ashley, se mata na frente deles. Mas a verdade é que ELA TINHA MOTIVO
PARA ESTAR FURIOSA. Independente de qualquer coisa, aquela era sua empresa, e eles estavam agindo como
se fossem os donos disso, e desligando-a de seu propósito. De todo modo, Mara
Kint é a estrela do episódio, descobrindo mais sobre Ashley Trent, conversando
com a mãe dela, descobrindo seu passado.
Quem ela é.
Na próxima
vez que entra, Mara se passa por Edith, e é angustiante ver o desespero de
Ashley: “Nothing feels right. Everything is just wrong. I can't open any doors. My phone doesn't work.
All these people are, like, weird. They don't know anything”. E achando que se trata de
Edith, ela pede que Mara abra uma porta e lhe diga o que vê do outro lado, e
vemos uma estrada e uma cabana – uma
memória. Mas Ashley passa mal, Mara é forçada a deixar o Reverie, fraca, e
enquanto Paul cuida dela, a Monica aparece seca: “What did she say?” Mara descobriu que Ashley não queria continuar com aquilo, e é fascinante como o cérebro de
Ashley está rejeitando o reverie criado por eles e está criando seu próprio,
como um refúgio… como o último lugar em
que ela se sentiu segura na vida: a cabana que construiu com a família, onde
passava os verões na infância.
Então Mara
entra novamente, e vai diretamente até Ashley, refugiada na cabana: “My name is Mara Kint and I’m here to tell
you the truth”. Ali, Mara conta TUDO para ela. Sobre o Reverie, sobre o
coma, e ela, chorando, entende que a bomba explodiu, que tantas pessoas
morreram, e é triste ver a sua fragilidade e como Silas se aproveitou disso
para usá-la. Ela se sente um monstro,
e Mara faz toda a diferença falando de sua mãe, falando de como ela está ao seu
lado na cama, segurando sua mão, e no meio disso tudo, ela pergunta: “Ashley, do you know where the other bombs
are? If you tell me, nobody else gets hurt”. Então, Ashley ajuda Mara antes
de morrer (o que é uma cena desesperadora, porque o “Exitus!” não funciona e
Mara precisa voltar pelo reverie se desfazendo até o saguão!), salva a vida de
tantas pessoas, mas, para mim, o mais bonito não foi isso…
O mais bonito
foi como Mara restituiu a relação de mãe e filha.
Cenas
emocionantes… e agora Ashley pôde partir
em paz!
Comentários
Postar um comentário