Reverie 1x07 – The Black Mandala
“None of
this is real”
Esse episódio
brincou com a diferença entre o que
sabemos e o que acreditamos.
Inicialmente, Paul nos dissera que não
era possível voar no seu Reverie, porque o cérebro identifica o risco e o
puxa de volta para baixo – assim, isso é algo que pode ser burlado através de aprendizado
e muita calma: ensinar o nosso cérebro não apenas a saber que “nada daquilo é real”, mas também a acreditar nisso. Não tinha percebido as possibilidades dessa teoria
até que as coisas se compliquem de
verdade para Mara Kint, quando ela acaba acidentalmente presa em outro Reverie, um lugar tenebroso que a leva até Ehmet, um jovem
de 16 anos que está sendo mantido prisioneiro e sendo brutalmente interrogado, sem nem ao menos saber que está em um programa de computador e que
aquilo não é real. Seria isso, então, a noção de DARK REVERIE?
A julgar pela
“Black Mandala”, acredito que sim!
Mara tenta
ajudar o garoto como pode, o manda dizer “Exitus!”, mas o comando não funciona,
nem para ele, nem para ela mesma, quando tenta lhe provar o que está
acontecendo. Então, sem provas, é claro que Ehmet vai relutar em acreditar nela de fato. O programa volta a falhar, Mara
é devolvida à biblioteca do Reverie “comum” em que estivera antes, mas isso não sai de sua cabeça: ELA TEM QUE
FAZER ALGO. Ninguém sabe ao certo como ela foi parar lá, tendo em vista que
a ideia de “crossed reveries” é praticamente impossível. De todo modo, ainda que Charlie não tenha certeza se
ela deve voltar lá, Mara não vai
deixar um garoto de 16 anos preso lá dentro, sofrendo daquela maneira – ainda mais se ela acredita mesmo que ele é
inocente. O interrogatório é para arrancar informações dele sobre um atentado
terrorista, com o qual ele não parece ter nenhum
envolvimento.
Ehmet, um
garoto sírio, que estava vindo ao Canadá, foi preso injustamente e tratado como
um criminoso pela imigração. E MONICA
SEMPRE SOUBE DE TUDO! “Is it true,
Monica? Are you using Reverie for interrogation?” Alexis fica FURIOSA com a
ideia, especialmente porque eles não
entendem com o que estão mexendo, e estão danificando seriamente as MENTES
das pessoas, mas Monica é irredutível: diz que não há discussão, eles têm um contrato e precisam cumpri-lo. “Monica Shaw is evil!” Assim, Alexis,
Mara e Paul, com o apoio de Charlie, se determinam a fazer TODO O POSSÍVEL para
salvar a vida de Ehmet, e quando Paul questiona o seu envolvimento com
atentados terroristas, Mara diz que “ele estava assustado demais para estar
mentindo”. De todo modo, eles viram
alguém em perigo e tinham que salvá-lo. Já não vimos isso em “Grey’s Anatomy”?
Mas de todo
modo…
Quando Mara
tenta entrar novamente, ela não consegue.
O interrogador deve estar dentro do programa com Ehmet, por isso ela aproveita
para ir conversar com o irmão dele, Kareem, em busca de alguma informação que
possa ser útil para salvá-lo e, também, provar a sua inocência. Ao finalmente
poder entrar de volta, Mara é avisada que o “Exitus” não vai ajudá-la a sair
dessa vez, e ela terá que chegar até a mandala.
Uma vez lá dentro, Mara consegue soltar Ehmet com certa facilidade, mas ele
imediatamente se volta contra ela, acha que ela
está mentindo para ele, e é muito triste vê-lo sofrer por causa da confusão
a respeito DO QUE É REAL E DO QUE NÃO É. “I
don’t think I know what’s real anymore”, ele diz, encolhido em um canto,
chorando. E eu fiquei com muita pena dele.
Quando fala sobre Kareem e a conversa que teve com ele, Mara enfim conquista
sua confiança.
Mas não vai
ser fácil chegar até a mandala, guardas estão a postos.
Enquanto
isso, Drew Sullivan aparece na Onira-Tech para “falar sobre Mara Kint”. É o
homem que está interrogando Ehmet e
que exige que ela deixe o programa para que eles possam entrar, e eu adoro como
Alexis e Paul são irredutíveis o
tempo todo, se fazem de “desentendidos”, mas da forma mais debochada o possível. Sullivan, inclusive, ameaça denunciá-los por
ajudar com “terroristas” se eles não fizerem nada, mas eles não se rendem. Felizmente! Não apenas não se entregam, mas
Alexis ainda consegue hackear o seu telefone para que possam localizar Ehmet,
para quando Mara enfim conseguir tirá-lo de dentro do Reverie. Enquanto isso,
Charlie conversa com Kareem em busca de algo que possa provar que eles estavam
em um campo de concentração muito longe da Turquia na época do ataque
terrorista.
E O
CONSEGUEM!
“This was
shot by a British filmmaker at the refugee camp. It's time stamped and
geotagged for three days before the attack. Ehmet wasn't anywhere near that
airbase. He'd have to travel 500 miles through hostile territory, find and
infiltrate the terrorist group, and then prove himself to them without any
training. In three days. He's innocent, Sullivan. And he's underage. And you're
torturing him. How do you think that's gonna look?”
ACABARAM COM
O SULLIVAN!
Como Alexis
diz: BADASS.
Mas ainda
existe um problema: DEIXAR O REVERIE. Na tentativa de escapar, Mara acaba
baleada, e então voltamos à ideia introduzida no início do episódio, sobre o
VOO. Enquanto não vê o ferimento, Mara não
sente absolutamente nada. Uma vez que veja que foi baleada, no entanto, ela
enfraquece, sente dor, tem dificuldade para falar, e o cérebro tem dificuldade
para acreditar que nada daquilo é
real, embora saiba que não é. Assim,
ela não pode mais liderar a missão de
salvamento a Ehmet, e precisa que ambos
trabalhem juntos, em uma cena que é muito bonita, com o Ehmet demonstrando
toda a sua força, a apoiando, carregando ela no colo quando preciso, até que
possam chegar à mandala… e, do lado de
lá, Ehmet estará sozinho. Assim, depois de uma breve despedida, eles saem… e o corpo de Mara ainda apresenta um
hematoma do lado de fora.
Felizmente,
nesse tempo todo que Mara Kint passou lá dentro (e foi um tempão!), graças a
Alexis, eles conseguiram localizar Ehmet e salvá-lo, enquanto também ameaçavam
Sullivan para que ele fechasse o programa (MELHOR CENA!), o que quer dizer que
Ehmet está bem. E como não podia faltar, ele vai até a Onira-Tech para
agradecer a Mara pessoalmente. “I don’t know how to thank you. You
saved my life”, ele diz, com emoção sincera, enquanto a abraça – E QUE
ABRAÇO MAIS LINDO. É quase infantil, profundamente real, e ele a abraça com um carinho verdadeiro. Ela devolve, até com um sentimento materno, de alguma
maneira. Foi uma das histórias mais emocionantes, e foi uma das relações mais
bem construídas de Mara Kint com a pessoa que ela devia ajudar… acho que Ehmet
se junta a Glenn no hall de MELHORES PESSOAS ajudadas por Mara!
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