Vale o Piloto? – Le Chalet 1x01
Início muito
INSTIGANTE.
Ainda não senti
o SUSPENSE que esperava de “Le Chalet”
– mas acredito que ele virá agora, com a interrupção da ponte que isola,
terminantemente, o “pacífico” vilarejo do lado de lá –, no entanto muito me
impressiona a capacidade de deixar o tom melancólico,
o tempo inteiro. É uma série de cenários muito bonitos, de cores vivas, mas a
trilha sonora baixa e calma nos coloca em um estado de espírito quase tristonho, isso sem contar a música da
abertura e do final, com aquela menina cantando a capella. Sério, só eu achei aquilo surrealmente MACABRO? Assim, o
primeiro episódio de “Le Chalet” é
bastante introdutório, e se preocupa em apresentar os personagens em três
tempos diferentes – dois próximos, e um que nos leva 20 anos ao passado, e
então vamos entendendo o que conecta um ao outro através do chalé e do vilarejo
em si.
Vi uma galera
na internet, recentemente, que diz que “não entendeu muita coisa”. A meu ver, o
Piloto é BASTANTE CLARO. Ele tem um tom introdutório, e serve principalmente
para apresentar o cenário e os personagens principais. Ainda não é o
momento de focarmos no crime, no mistério e no suspense. Isso fica para os
próximos 5 episódios. Aqui, conhecemos o vilarejo de Valmoline, que é tratado
quase como uma UTOPIA, há 20 anos, por ser isolado, calmo e relaxante. No presente,
no entanto, ele parece mais abandonado.
Igualmente isolado e calmo, ele está, na verdade, abandonado, e mal pode ser chamado de um vilarejo – sem escola, sem
hospital, sem comércio algum. Mas Manu e Adèle vão para a cidade para celebrar
o seu casamento em um lugar que significou
tanto na infância e na vida de Manu (por sinal, me encontro encantado por
Marc Ruchmann).
Grande parte
da narrativa do Piloto de “Le Chalet”
se passa 20 anos no passado, quando vemos a família Rodier chegando ao
vilarejo, em busca de um novo começo. Jean-Louis, o pai da família, é um
escritor frustrado e, como um todo, um tremendo babaca! Pela maneira como se
engraça para o lado de Muriel e, pior, pela maneira como fala com a esposa,
Françoise e como a chama de “fracassada”. Ele
é um idiota. Os filhos parecem fofos, e eu achei muito legal a história de
Julien e Alice, embora tenha surgido e acontecido muito depressa. No entanto, me parece que tudo vai acontecer muito depressa ali no passado mesmo, com
INTENSIDADE, porque tudo o que se sabe da família no presente é que eles ficaram dois ou três meses no chalé,
depois foram embora sem avisar ninguém e ninguém nunca mais os viu. Isso há
20 anos, e o chalé tem estado vazio desde então.
No presente,
acompanhamos a chegada de Manu e Adèle, e a garota, grávida, guarda alguns
segredos e alguns tormentos – como ver sangue pelo chalé quando não tem nada
acontecendo de fato. Em algum momento, senti que ela sente ciúmes de Alice, “melhor
amiga de Manu”, e realmente a recepção é bastante
calorosa naquele final de episódio, quando ela vai buscá-la na estação de
trem. Mesmo assim, gosto de Manu e
confio no que ele diz… embora, como Alice diga, “não dá para confiar em alguém
que está sempre sorrindo”. Na chegada do final, também, é interessante
ressaltar a chegada de Sébastien, que Alice ODEIA, e que conhecemos criança no
passado no dia em que Alice e Julien se beijaram pela primeira vez… ele SEMPRE
foi uma criança babaca, e Alice
sempre o colocou em seu lugar. Para ele, no entanto, “eles sempre tiveram algo
especial”.
É o que ele diz no seu depoimento, pouco
depois dos acontecimentos no vilarejo.
Os acontecimentos
que começam agora… com a queda da ponte.
INTRIGANTE! \o/
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