Chiquititas (2015) – A adoção da Ana
“Pai, fica forte, eu confio em você!”
A relação
existente entre Bia e Ana sempre foi uma das mais bonitas entre as crianças do
Orfanato Raio de Luz. A Bia sempre teve aquele seu jeitão durão, e embora ela
mesma já tenha arrumado muita encrenca com algumas das meninas, ela ama e
defende a Ana de qualquer coisa. Assim, depois de conhecer o seu pai, perdoá-lo
e ser convidada a morar com ele, Bia acaba hesitando em responder, porque ela
só quer deixar o Orfanato se a Ana puder ir com ela… eu acho essa uma atitude
muito LINDA dela, porque se ela sempre diz que “a Ana é sua irmã”, não fazia
sentido ela simplesmente abandoná-la,
mas esse ainda é um processo demorado, porque Leandra diz que está totalmente fora de cogitação, e Geraldo
também não está, ainda, muito animado em adotar uma garota que não seja sua
filha. No entanto, Bia é firme em sua decisão:
“Eu só saio daqui se a Ana for comigo. […] Se vocês
não estão preparados para nós duas, então não estão preparados para mim também”
Uma atitude
corajosa e bonita.
Tudo começa a
mudar, no entanto, quando o Edgar, tio de Bia, a busca na escola e tenta fugir
com ela para que Geraldo não volte a se aproximar, e o Geraldo sai desesperado
em defesa da filha, o que se transforma em uma eletrizante perseguição de carro
repleta de consequências, dentre elas o atropelamento de Diego que leva Júnior
a descobrir que, na verdade, ele não era seu pai. Quando o acidente acontece na
frente do Café Boutique, e enquanto Andreia desesperada grita por causa do
Diego, Bia liga para a ambulância, preocupada com o pai que está desacordado,
enquanto Edgar foge. Assim, Bia acompanha o pai até o hospital, com Júnior e
Andreia, e quando Carol e Leandra chegam, elas trazem com ela Ana, porque é a
pessoa de quem Bia precisa nessa situação toda para dar-lhe forças… afinal de contas, elas sempre estiveram ali
uma pela outra.
É triste ver
todo o sofrimento da Bia. Ela acabou de encontrar o pai, gosta dele de verdade,
e se recusou a ir morar com ele, e agora ele está lá no hospital, e ela nem
sabe se ele vai sobreviver. A dor de sua culpa é de arrepiar, e ela diz que “só
queria que tudo ficasse bem”, em uma conversa com Carol. Mas, eventualmente,
Geraldo acorda no hospital, e embora tenha que passar uns dias ali, tudo vai ficar bem. É bonito ver Bia
conversando com o pai desacordado, também a maneira como conversam: “Desculpa. Por ter te dado trabalho” “Você é
minha filha. É sua obrigação me dar trabalho. Eu faço tudo por você, Bia”.
E depois dessas emoções fortíssimas, a Bia decide que não pode desperdiçar a
oportunidade de morar com sua família, e decide ir morar com o pai, o que deixa
Ana brava, e é mais ou menos como a Tati ficou brava quando a Vivi foi pro Rio
Grande do Sul.
Elas são novinhas, não entendem bem.
Por muito
tempo Ana fica furiosa, e ainda ouve algo que a Marian lhe disse há muito
tempo, que “a Bia ia se esquecer dela”. Ainda que lhe parta o coração que Ana
esteja sofrendo, e nada do que ela diga, por mais sensato que seja, faz a
ruivinha mudar de ideia, Bia vai até o hospital e diz que tomou uma decisão.
Que família é muito importante e que vai morar com eles… então, Leandra e
Geraldo dizem: “Que bom, porque nós
também tomamos uma decisão”. Então, Bia, Leandra e Geraldo vão até o
orfanato para falar com a Ana (“Oh boca
de siri-patola, para de falar e escuta?”), e dizem que não vão separar as
duas. Animada, ela pergunta: “Então vocês
desistiram de ficar com a guarda da Bia?”, e eles respondem: “Não. Mas nós decidimos adotar você também”.
Eu me arrepiei todo de emoção com as lágrimas que começam a escorrer no rosto
de Ana…
“Por que você tá chorando, Ana?”
“Porque meu sonho sempre foi fazer parte de uma
família com a Bia”
Cena
LINDÍSSIMA, com direito a outra dos quatro em um piquenique no parque…
Uma grande família feliz.
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