Chiquititas (2015) – A adoção da Maria
“Eu esperei tanto por esse momento!”
Para mim, um
dos MELHORES MOMENTOS de “Chiquititas”
foi o abraço de Mili e Miguel depois que a garota descobre que ele é seu pai,
ainda mais depois de toda aquela situação traumatizante do sequestro… agora, no
entanto, ainda há coisas a serem resolvidas, como a própria vida da Carmem. Ela
está descontrolada e tentando fugir sozinha do país, quando Júnior e os
policiais impedem o seu embarque no aeroporto. Com muitas acusações seriíssimas contra ela registradas na delegacia,
mesmo com toda a sua falsidade e alegada “inocência”, Carmem Almeida Campos VAI
PRESA, com direito a uniforme laranja e tudo… e acaba onde? Na mesma cela de
Matilde, que se entregou para a justiça! “Que
alegria! Eu tava te esperando pra me fazer companhia! Você e a Cíntia”. E é
bom lembrar que, ali, Matilde é uma “manda-chuva”, então Carmem está ferrada.
Ainda que passe pouco tempo ali.
Depois de
todo o ocorrido, Marian retorna ao orfanato apenas para pedir desculpas e dizer
que “não é tão má assim”, e embora eu tenha achado que jamais acreditaria
nessas palavras ditas pela Marian… eu
acreditei. Ela se arrependeu de verdade, embora ainda tenha um longo
caminho de redenção a percorrer, mas provou sua boa intenção ao fugir de Carmem
e ajudar no resgate de Mili! A mudança não é abrupta, não é de uma hora para
outra, mas é um processo que Marian está disposta a começar, e eu realmente
espero que ela melhore… “Eu juro que eu
não queria que ela fizesse nada de ruim com você, Mili. E agora eu me
arrependo”. É naturalmente difícil
paa todos eles acreditarem nela, mas ela devolve o colar de Mili e diz que “espera que um dia ela a perdoe”, e se
vira para sair, sem esperar uma resposta da Mili… Mili, por sua vez, diz QUE A
PERDOA.
Sempre
julguei bastante a Mili por sua inocência, e eu não posso dizer o que faria se estivesse em seu lugar,
porque embora tenhamos nossas teorias e convicções, as coisas podem ser bem
distintas quando estamos realmente
passando por algumas situações, mas talvez eu também tivesse perdoado a Marian
dessa vez. Perdoar não significa “esquecer” tudo, não significa confiar e ser melhores amigas. Perdoar significa
apenas não guardar rancor e liberar a pessoa para que ela cresça e siga em
frente também, talvez distante de você. Ao som de uma versão lenta de “Amigas”, Mili perdoa Marian, sem
abraço, sem sorriso, sem nada, e eu acho que Marian realmente precisava
daquilo. Quando ela agradece, ela está visivelmente emocionada, e vai embora
chorando, dizendo que “não quer mais atrapalhar ninguém”. E quem diria?
Eu fiquei com dó.
Miguel
encontra a Gabi, também graças à pequena ajuda de Marian (!), e é com emoção
que eles se abraçam e Miguel conta que “a filha deles está esperando por eles,
já sabendo de tudo”. Então, a campainha do orfanato toca e Miguel entra
trazendo Gabi com ele, e o olhar de Gabi e Mili, por segundos e segundos, é
muito bonito! Enquanto lágrimas escorrem, elas lentamente caminham uma para a
outra (“Minha filha!” “Mãe!”), e se
abraçam, com emoção palpável e merecida. Depois
de todo esse tempo. “Eu sabia, Mili. Eu sabia esse tempo inteiro que era você.
Meu coração me dizia”. É a primeira vez que as duas se abraçam sabendo que
são mãe e filha, e o momento é belíssimo… então Miguel também as abraça, e a
alegria de ver essa família ENFIM reunida é muito bonita, com destaque para o
novo abraço de Miguel e Mili, semelhante ao do capítulo anterior, pós-sequestro.
Também
gostaria de ressaltar aquela pequena cena em que Gabi vai até a delegacia para
“visitar” a Carmem. Em um primeiro momento, eu juro que fiquei incomodado, mas
então eu me dei conta de que ela precisava
estar ali, nem que fosse apenas para mostrar que não estava mais no hospital
psiquiátrico, e que ela e sua família estava feliz, depois de tudo,
independente do que ela tivesse feito para separá-los. Carmem não vai passar
muito tempo na cadeia, porque ela tem um advogado que lhe consegue habeas corpus, mas uma coisa que a Gabi
diz realmente nos impacta, e de algum modo também impacta a Carmem, e é quando
ela comenta: “Seu castigo vai ser passar
o resto da vida assim”. Em resposta, Carmem diz: “Assim como? Na cadeia?”, ainda com aquele seu tom de
superioridade, dizendo que isso não vai acontecer, mas Gabi responde: “Não. Sozinha”.
Ouch.
Então, para
fechar essa história bem fechada, o que TINHA que acontecer: A ADOÇÃO DA MARIA.
Gabi e Miguel estão no orfanato para falar com Mili e Maria juntas, que descem
as escadas de mãos dadas, e dizem: “A
gente queria que essa família fosse um pouquinho maior, sabe? Que não fosse
apenas três de nós, mas sim quatro”. A carinha da Maria é de quase choque,
mal sabe reagir. “Por isso, baixinha, a
gente queria saber se você queria fazer parte da nossa família, como irmã da
Mili?” Gabi menciona a promessa que fez à mãe de Maria antes de sua morte,
mas eu sinceramente não vejo a adoção de Maria por esse viés… tendo em vista
TODA a história de Maria com o “Fantasma”, era justíssimo que Miguel adotasse a
Maria, já que a ama como uma filha, independente de qualquer promessa de Gabi!
Tanto que o abraço emocionado da Maria e do Miguel é o que mais me comove nessa
cena…
Agora, os quatro são uma família, e vê-los
se abraçando felizes é EMOCIONANTE.
Mas nós
sabemos que isso é final de novela, e “Chiquititas”
já começa a deixar saudade!
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