Marimar – Um banho de água doce!
“¿Estoy
bella, joven Sergio?”
Marimar
é uma novela encantadora… assim como a personagem-título! Marimar conheceu o
“Jovem Sérgio” quando estava na Fazenda Santibañez roubando ovos e verduras
para fazer comida para ela e os avós, e a partir de então ela ficou
absolutamente encantada… naturalmente, afinal de contas ele ainda a tinha salvo
de Nicandro e tudo! Naturalmente, Marimar sonha
com o “bela” de Sérgio, como ele a
chamou, e diz para o avô que “depois do susto de ontem”, não vai mais roubar…
ela é uma fofa falando com o Papá Pancho sobre isso e depois fazendo uma
confissão ao padre – ela até levou o “Pulgoso” para a igreja com ela, e os
comentários dele durante a confissão são sensacionais, afinal de contas, os
cachorros também têm pecados (“Se você
soubesse!”) e, de qualquer modo, ele era CÚMPLICE dela em quase tudo, não
era?
De todo modo, Marimar vai se envolvendo com Sérgio
Santibañez de uma forma sonhadora e bastante ingênua… ela está encantada, se
apaixonando, e quando ela vê o jovem andando a cavalo com seu pai, fica
gritando seu nome, chamando por ele animadamente, inocente e um tanto imatura –
e o pai pergunta a Sérgio porque ela tem
toda essa confiança com ele. Nós não sabemos bem quais são os sentimentos
de Sérgio para com Marimar… ele fala sobre protegê-la, sobre cuidar dela. É fofo como ele fala dela com o pai. Ele
não está apaixonada e, ainda, nem pensando em se casar, mas ele fala dela com
certo carinho. Não necessariamente um carinho romântico, mais como algo protetor de quem quer “cuidar dela”, mas
é querido do mesmo modo. E ele compra uma briga com o pai, dizendo que, de
agora em diante, ela vai ganhar ovos, verduras, leite…
…para pessoas como Nicandro não se aproveitarem
dela!
Não entendo Renato, sinceramente – e eu o desprezo
até certo ponto! Ele é mais imaturo do que Sérgio. Sérgio, ou “Jovem Sérgio”, é
um GAROTO um tanto rebelde, agora Renato é seu PAI, devia ser mais responsável,
menos instigador, mais maduro… mas ele é
o primeiro que fica provocando Sérgio sobre Marimar! Ele diz ao filho que a
garota tem “lindos dentes” e um “rosto lindo” num todo, e pede para que ele a
imagine limpa, arrumada… seus olhos.
Mas Sérgio se incomoda com isso tudo, porque o pai está apenas caçoando… e é
triste que Sérgio vá embora sem ter um momento para conversar com Marimar, e é
tristinho vê-la sozinha com Pulgoso, dizendo que ele se aborreceu e foi tudo
culpa do pai dele, que “ficou falando coisas que certamente ele não gostou de
ouvir”. Exatamente o que aconteceu, não é, Marimar?
Mas Sérgio e Marimar têm vários momentos juntos…
eu acho meio impressionante como, mesmo dizendo coisas aparentemente rudes como
“¿Por qué andas siempre tan sucia,
Marimar?”, Sérgio consegue dizê-las sem soar grosseiro – especialmente
porque ele está sempre a defendendo de Nicandro ou de Angélica, dizendo que vai
dar-lhe comida SEMPRE que ela vier pedir, e a trata com sorrisos bonitos… percebemos que ele, também, já está se
encantando. Por todo o estilo de Marimar, sua inocência e simplicidade… me
partiu o coração quando ele lhe perguntou por que ela andava descalças, se “não
tinha sapatos”, e ela respondeu que os tinha, mas eram da avó e eles ficavam
pequenos… que dó! Ela se banha “quase
todos os dias” no mar, e não tem muitos vestidos… são respostas sinceras,
animadas, sorridentes…
E meu coração se parte a cada uma.
Ela sai agradecendo, dizendo a Sérgio que “ele é
um homem bom”, mas as coisas que ele diz sobre banho, vestidos e sapatos fica
em sua cabeça… e ele acha que alguém
poderia até se apaixonar por ela! Eu gostei MUITO da ideia dela de ir
perguntar ao padre como ela fazia para saber se estava apaixonada, e ela
descreve todas as sensações do primeiro amor… e que inocência mais pura a de perguntar se pode se apaixonar por
alguém mesmo tendo-o visto apenas 1 ou 2 vezes, e o padre diz que sim, seria
“amor à primeira vista”. Então ela fica toda animada: “Isso! É isso que eu tenho!” Enquanto ela descobre esses
sentimentos, Sérgio fala sobre “casamento”, como o pai e a madrasta o
pressionam, e diz que não pode casar-se, porque não faria nenhuma mulher feliz…
não pode dar-lhe uma família, uma casa e
filhos… não pode estar em um só lugar.
Mas vamos falar de Marimar… ELA SE BANHA POR
SÉRGIO!
Depois de tudo o que ele disse, sobre ela andar
suja, descalça e tudo o mais, ela decide seguir seu conselho de “tomar um banho
de água doce”, com sabão, colocar roupa limpa… até colocar um sapato! E ela está tão empolgadinha que chega a dar
pena! É uma cena icônica a que a avó ajuda Marimar a tomar “um banho de água
doce” na praia (lembra a cena do primeiro capítulo de Maria do Bairro, no barraquinho), e ela está toda animada, querendo
impressionar… querendo ficar “limpa e
bonita”. A expressão de sua profunda inocência está, por exemplo, no sabão
que lhe cai nos olhos, antes de ela pedir para a Mamá Cruz jogar mais água
logo… a maneira como Thalía coloca a sua voz, soando infantil e ingênua, aquilo
nos comove e nos encanta… faz com que nos
apaixonemos por sua personagem, por seu jeitinho doce e sonhador.
Um jeitinho prestes a ser DESTROÇADO.
A história de Marimar,
afinal, é de vingança…
Mas vamos com calma. Por ora, Marimar está
apaixonadinha e louca para impressionar. Fica, de banho tomado e vestido limpo,
parada na estrada para falar com ele, e ele passa direto sem nem falar com ela…
que dó de Marimar chorando com Pulgoso no
portão da Fazenda Santibañez. Então ela sofre por saber que nunca será como
ele, mesmo tendo tomado banho e colocado roupa limpa… mas o problema de Sérgio
não era com Marimar, por isso ele
vai, de CAVALO (e super bonito) até a sua casa para pedir-lhe desculpas. Diz
que estava bravo, que fora grosseiro com ela, e por isso foi até ali, para se
desculpar… e foi fofo. Inocente e
ainda deslumbrada, Marimar o “desculpa” de imediato. Animadamente, então,
Marimar lhe mostra que tomou um banho, que colocou um vestidinho limpo e penteou
o cabelo… e pergunta: “¿Estoy bella?”
Meu coração não aguenta!
Sérgio até vai até a casa de Marimar conhecer os
seus avós, dizer que quer ser amigo dela (ela fica tão empolgada com isso), e é
uma cena muito bacana… ele está sentado na casinha pobre da garota, receptivo,
conversando abertamente com os avós… ele
parece tanto uma boa pessoa! E esse tipo de experiência é boa para ELE também,
um crescimento. Ou uma oportunidade de crescimento, talvez não aproveitada.
Mas, estando lá, Sérgio reforça o convite para buscar comida na Fazenda sempre
que for preciso, não é incômodo nenhum, e diz aos avós que eles têm um amigo
nele, segurando suas mãos, assim como Marimar. Até os avós ficam felizes pela maneira como ele foi simpático ou “quis
ser nosso amigo”, mas eles temem que Marimar possa começar a trilhar os
mesmos caminhos de sua mãe, que a levaram até a morte.
E Papá Pancho não vai permitir isso!
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