The Magicians 4x05 – Escape from the Happy Place
“Fifty
years. Who gets proof of concept like that?”
QUENTIN E
ELIOT É OFICIAL E É A COISA MAIS LINDA DE “THE MAGICIANS”! Exatamente uma temporada depois de “A Life in the Day”, o lindíssimo
episódio em que Eliot e Quentin compartilharam
uma vida como o MELHOR CASAL que “The
Magicians” já viu, nós recebemos de braços abertos “Escape from the Happy Place” que é, basicamente, uma parte dois da história de amor dos dois.
E EU NEM ACREDITO QUE É OFICIAL! Estou muito
feliz com os rumos do roteiro, emocionado com como isso foi lindamente
desenvolvido, e só esperando que o Eliot se liberte do monstro da temporada
para que possa ser feliz ao lado de
Quentin – porque agora ele não tem mais
medo como teve naquela ocasião. E a série faz isso com uma maturidade tão
admirável que é difícil não se emocionar nas cenas da memória que Eliot mais escondeu de si mesmo.
ELIOT ESTÁ
VIVO, diferente do que o monstro quer que todo mundo acredite, e ele está preso
em um “mundo” formado pelas suas melhores
memórias – coisas como ensinar o Todd a preparar um drink, dar uma festa na
faculdade e fumar com Margo… mas existe alguém insistentemente batendo na porta, e quando Charlton aparece, ele
está ali para contar-lhe o que está acontecendo: o corpo de Eliot foi possuído por um monstro e ele está preso dentro de
suas “memórias boas”, um lugar onde é muito fácil perder a noção do tempo e da
realidade. O próprio Charlton ficou preso em suas próprias memórias por muito tempo enquanto o monstro
habitava o seu corpo, e então, quando Eliot o
matou, ele foi transferido para o “Happy Place” de Eliot. Sabendo disso
tudo, Eliot não planeja ficar parado,
como Charlton espera: ele precisa avisar
aos amigos que está vivo!
Enquanto isso,
do lado de fora, as pessoas tentam lidar
com o fato de que Eliot se foi para sempre. Margo está em Fillory, e ela não
quer ter que contar para Fen e os demais sobre a morte de seu melhor amigo, e é engraçado (!) como a Margo é toda trabalhada no deboche, e como ela consegue ter pequenos momentos cômicos
(“Just two short hours”), enquanto
sabemos que ELA ESTÁ SOFRENDO DEMAIS. Quando Fen pergunta se ela já chorou por Eliot, ela diz que não,
e que se juntar à “lamentação” de Fen e os demais seria uma estupidez, porque “nunca seria o suficiente”. Margo teme que,
se começar a chorar, ELA NUNCA VAI PODER PARAR. E essa é uma das declarações de amor mais lindas, e o
episódio FOCOU nisso: em como Eliot é amado
pelas pessoas, e como Margo e Quentin o
amam incondicionalmente – de formas diferentes.
Margo o ama como um amigo, um irmão…
Para Quentin, pode ser algo diferente.
Sofrendo pela
perda do amigo, Quentin começa a armar um plano para matar o monstro que habita
o corpo de Eliot, e tudo é muito doloroso
para ele. Se não existe esperança de trazer Eliot de volta, Q quer acabar
com o responsável por isso, mas é difícil pensar em matar um monstro que tem o rosto e os olhos de seu amigo… e
isso fica muito claro durante todo o período. Enquanto arruma as coisas para o “ataque”,
Quentin recebe a visita de Alice, que lhe conta sobre o que viu em seu livro na
biblioteca: ele morrerá dentro de dois dias,
enquanto estiver tentando matar o monstro. Então, ele planeja mudar essa história, sabendo do tempo e
das coisas que acarretarão em sua morte, e talvez ele precise da ajuda de
Alice: mas isso não significa que ela
esteja ali para fazer as pazes, ou que Quentin queira perdoá-la por tudo o que
aconteceu ultimamente.
Com a ajuda
de Charlton, Eliot busca uma “porta” de volta para o seu corpo, uma porta que
estará escondida em um lugar onde ele
sempre vai evitar: ou seja, SUA MEMÓRIA MAIS REPRIMIDA. Imediatamente,
Eliot “sabe” onde ir, e naquele momento eu
tive certeza de que ele não sabia…
sua “memória mais reprimida” não seria um momento tão simples, o primeiro que lhe viesse à memória quando ele
pensasse sobre isso. A ideia de “reprimir” uma memória é justamente evitá-la a todo custo, até que ela
esteja enterrada tão fundo que é quase difícil
lembrar-se dela. De todo modo, isso permitiu que caminhássemos por memórias
de Eliot que nos fazem conhecê-lo melhor…
como quando ele matou, por acidente, um bully
na adolescência, na primeira vez em que usou magia… ou quando ele participou de
um momento maldoso contra Taylor, o único amigo que teve na infância…
Mas nada
disso serve.
Então, Eliot
convoca a ajuda de três “projeções” para ajudá-lo: Quentin, Fen e Margo. Juntos,
eles, Eliot e Charlton visitam uma série de memórias reprimidas de Eliot, que
ele coloca num quatro… coisas simples como “o corte de cabelo mais vergonhoso”,
ou as duas vezes em que brochou, e ainda as
vezes em que dormiu com os namorados de outras pessoas – interessante notar
que, aqui, Quentin faz parte das
memórias! De todo modo,
essas memórias não funcionam. “Failing that, we move on to the darker
stuff”. Então, ele passa para coisas “mais pesadas”, como quando traiu os
amigos por acidente… ou de propósito. Mas
ainda não existem portas visíveis. E a resposta chega justamente quando
parece que Eliot chegou a um beco sem saída.
A memória de Q se oferece para distrair os monstros que atacam, e diz uma coisa
linda para ele:
“Well, you sacrifice for the people you love”
ENTÃO ELIOT PERCEBE.
Ele sabe exatamente qual a sua memória mais
reprimida… retornamos ao final de “A
Life in the Day”, de volta àquele momento em que eles se lembram que compartilharam uma vida juntos… que
viveram 50 anos ao lado um do outro, como uma família… eles não sabem como
podem se lembrar disso, mas se lembram. E
AQUILO SIGNIFICA TANTO! E então nós descobrimos o diálogo que se seguiu,
aquele diálogo que nunca tínhamos visto até agora, e que intensifica a EMOÇÃO
daquele episódio, deixa tudo infinitamente mais
importante… porque o Quentin acredita que eles podem dar certo juntos… afinal de contas, eles viveram 50 anos
ao lado um do outro, eles foram felizes, apaixonados, e ninguém tem a chance de
ter a PROVA de que algo vai dar tão certo como eles tiveram. Eles têm essa prova, porque eles já viveram
isso tudo uma vez antes.
E Quentin acha que eles podiam viver de
novo.
Na “vida real”.
“I know
this sounds dumb... but us. We... You know, think about it. Like, we... we
work. And we know it 'cause we've lived it. Who gets that kind of proof of
concept?”
INFELIZMENTE,
Eliot estava assustado demais para
reconhecer isso na ocasião, e é NATURAL que, agora, esse seja o seu maior
arrependimento… eu juro que fiquei com raiva do Eliot da memória, e triste pelo
Eliot de agora, assistindo àquilo e vendo o
quanto foi um idiota, envergonhado das coisas que disse. Quentin estava animado, achando que eles deviam estar
juntos, achando que eles deviam tentar – “Why
the fuck not…?” E quando Quentin achou que eles funcionariam juntos, porque
“já funcionaram uma vez”, Eliot se desfez da teoria, e aquilo se configura NO
MOMENTO MAIS TRISTE DA SÉRIE. O Eliot de agora percebe isso, e dá uma pequena
bronca no Eliot do passado, o Eliot que disse aquelas coisas, porque ele sabe O
QUANTO ESTAVA ERRADO em dispensar um cara bom que o amava de verdade, só porque “tinha medo…
“What the
hell is wrong with you? And what the hell are you doing? Someone good and true loves
you. And he went out on a limb. And, yeah, it was a little crazy, but you knew.
You knew this was a moment that truly mattered and you just snuffed it out”
O episódio,
inteligente e emotivo, mostra em paralelo a memória mais reprimida de Eliot,
seu arrependimento sincero e o lado de
fora, onde Quentin e os demais se preparam para matar o monstro que habita
o seu corpo… na memória (E ESSE É O MOMENTO MAIS PERFEITO DO EPISÓDIO, SEM
DÚVIDA!), o Eliot do presente se dirige diretamente ao Quentin do passado: “Q, I’m sorry. I was afraid. And
when I’m afraid, I run away”. ENTÃO, ELE SE APROXIMA E DÁ UM BEIJO EM
QUENTIN. É um beijo lento, bonito, apaixonado… e sincero. um beijo maravilhoso, um beijo PERFEITO. E depois que
ele se arrepende, pede desculpas por não ter ficado com Quentin quando teve a chance, a porta finalmente se abre… antes que Eliot passe por ela, vemos a
carinha do Quentin da memória depois de TER GANHADO O BEIJO DE ELIOT, e é a
carinha mais fofa e apaixonada do mundo.
EU PRECISO
MUITO DESSES DOIS JUNTOS.
PRA VALER.
Então, Eliot
passa pela porta, o que quer dizer que, por alguns segundos, ele assume novamente
o seu próprio corpo. Quentin acha que é apenas o monstro tentando enganá-lo,
mas Eliot sabe exatamente o que dizer
para fazê-lo acreditar que é ele: “Fifty
years. Who gets proof of concept like that?” O que Quentin disse a ele
quando quis que eles estivessem juntos… E MEU CORAÇÃO EXPLODIU DE AMORES. Naquele
momento, Q soube que era mesmo o Eliot ali dentro… que o Eliot ainda estava vivo. Por isso, ele não podia permitir que
Alice o matasse, porque isso significaria matar também o Eliot… matar o homem que ele ama. Agora, eles
precisam enganar o monstro e fazê-lo
acreditar que estão do seu lado, mas
eles ao menos sabem que o Eliot ainda
está vivo… e eles vão fazer O POSSÍVEL para poder salvá-lo. E isso certamente vai ser lindo.
Episódio emocionante,
lindíssimo.
Quero mais
como esse!
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