Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 25) – Odisseia Infinita



“Melhor aniversário ever! Melhores amigos!!! Amigos não… superamigos!”
COMEÇANDO O “GRANDE ENCONTRO: TURMA DA MÔNICA & LIGA DA JUSTIÇA”. Essa foi uma das edições mais aguardadas da história da “Turma da Mônica Jovem”, desde que a Panini anunciou um crossover entre os personagens do Maurício de Souza e os grandes heróis da DC, e a edição é uma delícia. Ela cumpre tudo o que promete, misturando os dois universos de forma muito plausível, e conseguindo homenagear ambos os lados de forma muito bonita. É uma grande diversão, um momento cheio de referências (que não se limitam apenas ao universo da DC, e isso é legal, afinal de contas estamos falando de “Turma da Mônica”, não?), e temos uma aventura lindíssima no Bairro do Limoeiro, durante o aniversário do Cascão – ou, como ele chama, MELHOR ANIVERSÁRIO EVER. Minha sensação ao acabar a revista era: “Ainda bem que temos mais uma edição dessas!”
Curioso pela próxima!
A história começa no Bairro do Limoeiro, durante o aniversário do Cascão, e já é um momento e tanto, porque ele tem os melhores amigos do mundo – eles o conhecem tão bem! Eles preparam uma linda festa surpresa para ele, e entregam presentes que têm tudo a ver com ele. Cebola lhe dá uma versão estendida de “Mestre dos Anéis”, por exemplo, aquele corte do diretor que demora duas semanas para assistir inteiro (entendi a referência!); Marina entrega, por ela e por Fran, um action figure do Capitão Pitoco, da Ferros Studios; Magali lhe dá um bolo de presente, com um pedaço a menos, por controle de qualidade; e a Mônica lhe dá uma figurinha do Darti Vesgo, a última que faltava para completar o seu álbum! E todo aquele clima ainda conta com alguém entrando vestido de herói: Do Contra vem vestido de “Questão”, um herói pouco conhecido.
“Nesta e nas outras 52 terras”
Então, a perspectiva do gibi muda para a Terra-Zero, onde um grupo de heróis lutam contra vilões, e o mais legal é que não temos apenas a Liga da Justiça e heróis mais famosos como o Superman, a Mulher-Maravilha, o Batman, o Aquaman, o Lanterna Verde, o Flash… também temos heróis como o Questão (!), o Átomo e o Kid Flash. E, naturalmente, nós também temos uma série de vilões famosos dos quadrinhos da DC, vilões como o Coringa, o Mxyzptlk e a Arlequina… por algumas páginas, acompanhamos os heróis da DC lutarem contra um grupo de vilões, e é muito legal ver a dinâmica deles sendo eles mesmos em um gibi da “Turma da Mônica” que, consequentemente, também tem a sua própria identidade… o tempo todo enquanto estava com o gibi nas mãos, eu estava sorrindo e pensando em como ESSE ERA O CROSSOVER DO SÉCULO!

“O Kirbyrilium. Um poderoso artefato da quinta dimensão onde vivo. Com ele, vou transformar a caixa materna numa caixa fraterna… em poucos segundos, essa caixa conterá 52 realidades no interior dela, deixando os seus ocupantes perdidos no labirinto infinito!”

O plano dos vilões aprisiona a Liga da Justiça e a manda para uma Terra onde não existem heróis. Supostamente. Assim, Arlequina chega com a Caixa no Bairro do Limoeiro, e ela rapidamente encontra o Capitão Feio atacando a cidade, sem que ninguém o impeça – e ela acha isso um máximo. Junto com ela, no entanto, o Átomo também veio para “o lado de cá”, e ele é salvo de ser pisoteado pelo Franja, que o leva para conhecer a turma. Naturalmente, o Cascão está FELICÍSSIMO e super bancando o fanboy: “Cara… você é o Átomo e está na minha casa! Você foi um dos primeiros heróis da era de prata dos quadrinhos! Estreou na revista Showcase Número 34, em outubro de 1961!” Adorei a parte do Cascão o chamando de “Professor Raymond ‘Ray’ Palmer”, com o Átomo todo preocupado com a sua “identidade secreta”, mas ali todos sabem quem ele é.
Afinal de contas, nessa Terra, eles são personagens famosos de quadrinhos!
O Cascão nos representa. Enquanto o Franja tem a HONRA de trabalhar com Ray Palmer (!), Cascão desmaia ao descobrir que toda a Liga da Justiça estão nessa Terra também – enquanto isso, a Arlequina rouba joalherias enquanto canta: “Oh, girls… they wanna have fun! Oh, girls just wanna have fun!” E EU RI TANTO DISSO! Agora, os jovens precisam ajudar o Átomo a pegar a Caixa de Arlequina e salvar a Liga da Justiça e, para isso, eles contam com a ajuda do ASTRONAUTA, e então o plano dos vilões acaba dando errado, porque essa Terra também tem heróis! Assim, quando o Astronauta é “capturado” e aprisionado pela Caixa, a Liga da Justiça acaba sendo libertada, e as cenas aqui são bem fofas… porque a carinha do Cascão encantado é LINDA, e eu amei o Átomo os apresentando como uma “turma de jovens que o acolheu”… destaque também pro Cascão chamando o Batman de “Bruce”.
Sem identidades secretas aqui, como disse.

“Arlequina?! O que está fazendo aqui?”
Você sabe quem me mandou aqui!”
“O Valdemarte?”

As coisas ficam realmente ÉPICAS quando os vilões colocam um plano insensato em prática. Eles quebram uma Gema de Kirbyrilium, capaz de “alterar as realidades temporariamente”, o que os deixa incrivelmente mais poderosos do que eram antes, mas isso também gera um resultado com o qual eles não contavam: os jovens da Turma da Mônica TAMBÉM GANHAM PODERES! Descobrimos isso com o Cascão correndo na velocidade do Flash, mas todos ganharam os poderes das pessoas de quem estavam perto… Cebola fica um pouco decepcionado, porque o Batman não tem poderes! Inicialmente, a Liga da Justiça tenta proteger os jovens e não deixa que eles ajudem na luta, dizendo que “eles não têm treinamento”, mas logo percebem que eles podem ser de grande ajuda – afinal de contas, eles conhecem esses vilões e, consequentemente, suas fraquezas.
Então, os dois universos se unem e lutam em duplas, numa das sequências mais eletrizantes de todo o gibi! TURMA DA MÔNICA JOVEM + LIGA DA JUSTIÇA. E o mais legal disso tudo, a meu ver, é que os poderes foram muito bem pensados para serem transpostos aos personagens de Maurício de Souza – os poderes da DC não são aleatoriamente distribuídos, mas têm alguma conexão com algum traço de personalidade dos personagens. Mônica, obviamente, ganha a super-força do Superman, o que ela já meio que tinha, pelo menos um pouco, mas temos o Cascão ganhando a velocidade do Flash, por exemplo, e correndo muito rápido para fugir da chuva, e a Marina ganhando os poderes do Lanterna Verde, e ela é muito boa em construtos… afinal de contas, ela é uma desenhista! Ah, e tem o Cebola com o bumerangue do Batman, se saindo muito bem, “porque tem experiência com objetos voadores”.
GENIAL!
A batalha final dessa história acontece contra Gorco, um robô-gigante originalmente derrotado pelo Super-Horácio (destaque para as reações – Superman: “Santa Escócia!” Mulher-Maravilha: “Grande Hera!” Aquaman: “Santo cardume!” Mônica: “Gentem!” Cebola: “Pindarolas!” Cascão: “Véééiii!”), e agora controlado por Mxyzptlk, e quando os poderes do pessoal do Bairro do Limoeiro chega ao fim, eles ainda lutam, com o pouco que lhes resta ou apenas com sua coragem mesmo… afinal de contas, eles também são HERÓIS à sua própria maneira, sem capas e máscaras. E também temos a ajuda do Astronauta, que Átomo e Franja, em um trabalho em equipe, conseguem tirar de dentro da Caixa que o aprisionara, e dos Defensores do Limoeiro. Quando se despedem, Mônica diz que isso não é um “adeus”, mas um “até logo”, até porque eles estarão de volta muito em breve. Espero que esse crossover dê tão certo que possa acontecer mais vezes!
EU AMEI ESSA PRIMEIRA EDIÇÃO! <3


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