Dumbo (2019)
A história do elefantinho orelhudo…
QUE HISTÓRIA
E QUE FILME MAIS LINDOS! Eu estou adorando a leva de live-actions produzidos pela Disney, e “Dumbo” era um dos filmes que eu esperava com mais afinco, porque
sempre fui apaixonado pela história do elefantinho orelhudo. Assim como o
clássico de 1941, o filme de 2019 toca em assuntos importantes, e traz toda uma
reflexão a respeito do preconceito
contra quem é diferente, do amor entre mãe e filho, do maltrato contra animais,
da ganância humana… o filme tem espírito e tem FORÇA, e nos arrebata com seu
visual belíssimo, nos remetendo de volta à obra que amamos, mas com uma
filmagem moderna e uma nova maneira de contar a história. Eu simplesmente AMEI
o que fizeram com o filme – chorei com o Dumbo voando pela primeira vez, adorei
aquela união do povo do circo no final para reuni-lo à sua mãe. Tudo é lindo demais.
O filme
começa quando Holt Farrier, uma ex-estrela do circo dos Irmãos Medici, retorna
da guerra sem um braço. A cena em que os filhos vão, animados e esperançosos,
recebê-lo na estação de trem, e então hesitam antes de abraçá-lo, por causa da novidade, é muito bonita, embora triste…
e é um paralelo genial do filme com as mudanças que Holt Farrier está prestes a
encontrar no circo em que viveu tantos anos de sua vida. As crianças, Milly e
Joe, perderam a mãe no último ano, e Milly se recusa a assumir um número no
espetáculo porque “quer ser lembrada pelo seu cérebro”, sendo uma espécie de
nova Marie Curie ou algo assim. Holt descobre, também, que muitas coisas foram
vendidas, como os cavalos que eram parte do seu número, e a única coisa que lhe
resta como trabalho agora, no circo, é
ser o cuidador dos elefantes.
Dentre eles,
uma elefanta grávida…
Max Medici
comprou a elefanta apenas porque ela
estava grávida, e acredita que o bebê elefante por nascer pode ser a nova estrela do circo. Durante a
noite, a Sra. Jumbo dá à luz um bebezinho lindo e, na manhã seguinte, Milly e
Joe acordam o pai porque “os elefantes precisam de ajuda”. Quando conhecemos o
Dumbo pela primeira vez, vemos primeiros seus olhinhos assustados e fofos,
antes de ver as suas imensas orelhas,
que rapidamente viram motivo de piada entre as pessoas do circo, e é de partir
o coração ver as pessoas rindo do
elefantinho apenas porque ele nasceu
diferente do esperado. Max Medici quer cancelar a sua “estreia” no circo,
mas quando descobre que não existe mais
como, porque isso já foi publicado nos jornais, ele manda que Holt Farrier “dê
um jeito naquelas orelhas” até aquela noite. E sério, eu sofro por Dumbo!
Toda a
história é, na verdade, bastante forte e bastante triste. O filme, apesar de
lindo, tem um contínuo tom melancólico, cena após cena. O nascimento de Dumbo e
as primeiras risadas e dedos apontados são terríveis, e depois a sua estreia no picadeiro… as crianças são as
únicas que tratam o filhotinho bem, que o acompanham, e que acabam descobrindo,
meio que por acaso, que talvez o
filhotinho saiba voar – tudo acontece quando uma pena entra na sua tromba
e, ao espirrar, ele levanta bem alto no ar e passa uns segundos lá em cima! Mas, claro, ninguém quer dar ouvidos às
crianças. Assim, Dumbo entra no picadeiro em um carrinho de bebê, com uma
toquinha que esconde suas grandes orelhas, e tudo teria até funcionado, se não fosse pela pena no
chapéu de uma mulher na plateia, que chama a atenção de Dumbo e o faz espirrar…
Então, suas orelhas se revelam, e todos riem
dele.
QUE DOR NO
CORAÇÃO ASSISTIR A ISSO!
A cena se
desenvolve bem. As pessoas cruelmente riem de Dumbo, e apenas os Farrier
parecem entendê-lo e respeitá-lo. Um dos funcionários do circo, inclusive, vai
até os bastidores para dizer à Sra. Jumbo que “não existe ninguém para defender
seu filho agora”, e é claro que a elefanta, como qualquer mãe, vem em defesa de
seu pequeno, e ela não pode ser culpada de nada do que acontece a seguir… nada.
Tudo o que ela queria era defender o filho da crueldade do mundo, e estava em
seu direito de fazê-lo, e aquele homem babaca só morreu e a tenda apenas
desmoronou porque não respeitaram a Sra.
Jumbo. Holt já tinha a contido perfeitamente, até que o idiota chegasse com
um chicote querendo fazer cena… sinceramente, ele mereceu morrer. Mas, como
sempre acontece, a Sra. Jumbo é tratada como “uma elefanta louca” e é presa.
Aquela cena do Dumbo indo até a gaiola da
mãe, colocando as patinhas na parede e esticando a tromba, buscando ela,
durante a noite, é DE PARTIR O CORAÇÃO. Exatamente como a cena da animação.
Depois disso, a Sra. Jumbo é vendida novamente para o cara de quem Max a
comprou, e Milly fica profundamente decepcionada
com o pai por ele não fazer nada: a mamãe
teria feito algo. Com a Sra. Jumbo sendo levada embora, Dumbo fica mais triste do que nunca, e apenas a
amizade de Milly e Joe o animam um pouquinho… e, ao inalar outra pena, ele acaba voando novamente em sua pequena
jaula, e é um dos momentos MAIS LINDOS do filme. Então, Milly e Joe incentivam
Dumbo a fazer isso no espetáculo: se ele se apresentar voando, eles poderão
ganhar muito dinheiro, e então poderão convencer Max Medici a comprar a Sra.
Jumbo de novo.
E, por isso, Dumbo resolve se apresentar.
Na sua
primeira noite no circo, Dumbo é colocado no show dos palhaços, com o rostinho
todo pintado, para ser levado a um “prédio em chamas”, onde ele apagará o fogo
com a sua tromba. Inicialmente, as coisas até dão certo, embora Dumbo fique
assustado com a altura, mas então o sistema falha, Dumbo quase cai e fica preso
atrás do fogo que se reacendeu e já não pode mais ser apagado. Então, corajosa
e amiga, Milly sobe as escadas em direção a Dumbo para poder entregar-lhe uma
pena, e então pede que ele voe… quando
ele despenca lá de cima, não temos certeza se ele vai poder voar, mas ele
consegue. E quando ele voa pelo picadeiro é o momento mais lindo do filme até
ali, aquilo me levou às lágrimas. Naturalmente, depois disso, ele se torna
A GRANDE ESTRELA DO CIRCO DOS IRMÃOS MEDICI: DUMBO, O ELEFANTINHO VOADOR.
E isso chama
a atenção de grandes empresários… V. A. Vandevere e Colette Marchant aparecem
no circo para conhecer o famoso Dumbo, e Vandevere faz a Max uma proposta de “sociedade”,
na qual levará o Dumbo para a “Dreamland” – ele também promete levar Max e toda
a sua trupe como seus funcionários. Movido pela ganância, Max acaba aceitando o
acordo, embora seja evidente que Vandevere está escondendo alguma coisa. Assim, conhecemos a DREAMLAND, um lugar
aparentemente mágico, mas que esconde uma perversidade dolorosa que é
representada pelo desejo por dinheiro
de pessoas como Vandevere e, ao desejar tanto dinheiro assim, essas pessoas se esquecem totalmente de sua
humanidade. Felizmente, Colette não era mais uma delas, e é bonito ver como
ela se relaciona com os Farrier e, também, com o Dumbo.
Eu fiquei angustiado e apreensivo com a ideia de Vandevere de colocar Colette para montar
(!) o Dumbo, sem pensar que talvez o
Dumbo não aguentasse o peso ou qualquer coisa assim – afinal de contas, ele
era um bebê! Mas o primeiro ensaio de Colette e Dumbo é lindíssimo, porque acho que, até aquele momento, ela ainda duvidava
que ele realmente voasse, mas quando ela está lá em cima, no trapézio, e ele
usa uma pena para levá-lo pelos ares, não
há dúvidas de que o elefantinho realmente voa. Mas, como naturalmente
seria, o primeiro ensaio é um verdadeiro desastre, porque eles ainda precisam
aprender a trabalhar em equipe, e quando os dois caem, lado a lado, na rede de
proteção, nós temos uma das cenas mais fofinhas
de todo o filme… porque o Dumbo é UM FILHOTINHO MUITO FOFINHO, vontade de
apertá-lo e abraçá-lo!
Na estreia
apressurada, imposta por Vandevere, não parece que as coisas darão muito certo…
no início, vemos aquela cena do Dumbo olhando para os elefantes coloridos,
feitos de “bolas” de sabão, e é um
momento mágico, mas quando eles colocam o Dumbo nas alturas, ele fica
assustado com a altura e com o tanto de gente o observando… e Colette também se
assusta quando percebe que eles não colocaram
as redes de proteção, o que é um absurdo! No fim, Colette acaba despencando
lá de cima, sendo salva por Holt, que pensa bastante rápido, e Dumbo também
despenca, mas consegue pegar a pena no caminho e voar pelo novo picadeiro,
encantando as pessoas com suas orelhas grandes… mas, antes do previsto, ele deixa a tenda para atender a um chamado – a
Sra. Jumbo também está ali na Dreamland, na “Ilha do Medo”, ou algo assim.
Aqui, outro
momento de crueldade sórdida. Tudo o que Dumbo quer é estar junto de sua mãe,
mas Vandevere o leva à força para longe dali, e manda que as pessoas se
desfaçam da Sra. Jumbo, porque não quer que o filhotinho tenha qualquer tipo de
“distração” que o impeça de voar. Milly objeta que Dumbo não vai querer voar se eles levarem a mãe embora, mas Vandevere
está determinado a conseguir as coisas do
seu jeito. Para completar, Vandevere ainda anuncia a Max Medici que não vai
poder ficar com toda sua trupe, como “prometera”, porque eles são “imitações baratas
de atrações que eles já têm ali”, então os está dispensando… juntando tudo, a
demissão dos funcionários, o descaso com a Sra. Jumbo e o maltrato ao pequeno
Dumbo, todos resolvem se unir CONTRA
Vandevere, para libertar a Sra. Jumbo e o Dumbo.
E Holt Farrier é o líder da revolução.
Adoro a
sequência final, a maneira como todos se unem em prol de Dumbo e da Sra. Jumbo.
As atrações do Circo dos Irmãos Medici invadem a atração da Sra. Jumbo com uma
série de truques inteligentes e divertidos, resgatando a elefanta, enquanto
Dumbo e Colette entram no picadeiro do Coliseu pela segunda e última vez, mas
agora com um plano. Do lado de fora, Holt escala a tenda para, lá em cima,
abrir um buraco e permitir que Dumbo escape… então, Dumbo e Colette conseguem
fugir no meio da apresentação, e, enquanto os Farrier são caçados por toda a
Dreamland, Dumbo leva Colette até a torre de controle, de onde ela pode abrir o
portão para deixar que o pessoal leve a Sra. Jumbo embora, e de onde pode
desligar toda a energia do parque, garantindo um pouco mais de tempo para os Farrier escapar. Então,
debochada, ela vai embora montada no Dumbo, acenando para Vandevere.
E, assim, Dumbo e a Sra. Jumbo são reunidos.
Infelizmente,
no entanto, os Farrier ainda estão lá
dentro da Dreamland, agora em chamas – Vandevere colocou fogo no próprio parque
ao ignorar todos os avisos e tentar restaurar a energia a qualquer custo, independente dos riscos, e é um estrago e tanto! Milly,
Joe e Holt estão presos no Coliseu em chamas, e Dumbo volta para salvá-los, e é um dos momentos MAIS FOFOS de todo o filme,
porque ele passa no lago e armazena um pouco de água na sua tromba, assim como
fez no primeiro número de circo em que se apresentou, com os palhaços. Não é o
suficiente para extinguir o fogo da
tenda, mas é o suficiente para permitir que eles passem em segurança para o
lado de fora… e, ao fazê-lo, Dumbo acaba perdendo a sua pena e, por isso,
acredita que nunca mais poderá voar… os
seus olhinhos vendo a pena pegar fogo: que dó!
Mas Milly o
ensina que ele não precisa da pena para
voar, assim como ela não precisa da
chavinha que a mãe lhe deu para “abrir as portas” do mundo – para provar-lhe
o que diz, ela também joga sua chavinha nas chamas. Assim, o Dumbo voa,
carregando Milly e Joe para a segurança, E QUE EMOÇÃO! Então, o parque de
Vandevere é destruído, os Farrier conseguem fugir, Colette se une a eles em um
novo espetáculo montado por Max Medici, de volta com as suas atrações de sempre
e as novidades de Colette e de Milly, com
os seus inventos… Dumbo e a Sra. Jumbo conseguem ficar juntos e, depois de abraçar
Milly e Joe numa cena absolutamente carinhosa e fofa, Dumbo sobe num navio
junto com a mãe, rumo à sua segurança e liberdade, no meio da selva… a última cena do filme nos mostra Dumbo
voando sobre uma cachoeira, num belo cenário, assistido por vários outros
elefantes admirados.
Um final lindíssimo e emocionante.
EU AMEI ESSE FILME! <3
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Tudo o que eu tinha em mente refente a Dumbo, na minha infância, era aquele elefantinho que voava... Eu não fazia ideia do tamanho da comoção que a história do elefantinho orelhudo causaria em mim. Eu amei esse filme, assim como amei a trajetória dessa coisinha fofa. Realmente o filme tem um tom melancólico, o que, por diversas vezes, nos deixa triste. Mas a relação de Dumbo com as crianças, e até com a Colette, é o que nos dá esperança de que tudo vai terminar bem... Eu também achei muito fofa a cena em que ele cai com Colette na rede de proteção durante o primeiro ensaio, e os dois terminam lado a lado. Gostei muito de todo o desenvolvimento do filme e de como aquele primeiro voo dele nos emociona. Dumbo é realmente uma história fascinante. Gostaria de ver um pouco mais dele com as crianças, porque crianças adoráveis e animais são a personificação da pureza e da inocência, mas seria meio injusto pedir que eles continuassem juntos, pois era mais que merecido que Dumbo terminasse o filme com sua mãe, e juntos eles fossem viver em seu verdadeiro lar: a selva. Lá eles estariam longe de toda a perversidade humana, mesmo que eles já estivesses, de certa forma, quando foram resgatados do Dreamland... também amei esse filme! E como não se encantar por esses olhinhos e orelhinhas encantadores, não é mesmo?
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