Hannah Montana: O Filme (2009)
“You’ll
always find your way back home…”
ESSE É DE
LONGE MEU FILME FAVORITO DE SÉRIES DO DISNEY CHANNEL. Lançado em 2009, ele é,
na verdade, apenas o segundo filme
baseado em séries do Disney Channel, antecedido apenas por “Lizzie McGuire”, mas eu incluo aqui os que viriam depois também. Eu sempre fui apaixonado por “Hannah Montana”, por toda a ideia da
garota do interior que queria cantar e ser famosa, mas que também queria poder
ter uma vida normal, ir para a escola, ter amigos não apenas por interesse e
tudo o mais… a garota que tinha “o melhor
dos dois mundos”. O que eu MAIS GOSTO no filme de “Hannah Montana” é que ele tem tudo a ver com a série, ao mesmo
tempo em que parece dar um passo adiante
– os personagens estão ali, suas personalidades e motivações, e o filme é
divertido, como a série, mas também é forte, emocionante e tem uma mensagem e
tanto!
Assim, eu
adoro o roteiro de “Hannah Montana” e
como essa jornada de Miley Stewart é significativa
para a personagem. Assim, toda vez que eu assisto ao filme, eu me divirto
novamente com os mesmos momentos, e eu me preparo para as lágrimas que eu sei
que virão em dois momentos-chave do filme: o primeiro é uma sequência, que
começa quando Travis encontra Hannah sem peruca na roda giratória, e vai até a
música de Miley com o pai, “Butterfly Fly
Away”; e depois, no fim do filme, quando ela faz aquele discurso que
antecede “The Climb”. A Miley estava
ótima, a amizade dela com a Lily estava DIVERTIDÍSSIMA (Oliver acaba tendo uma
participação pequena no filme), e ela tem um novo interesse romântico, Travis Brody, interpretado por Lucas
Till, que desde 2009 até hoje é meu crush
eterno… foi por ele que eu comecei a nova versão de “MacGyver”!
Gosto muito
de como o filme situa a trama dentro da
série, nos apresentando um momento de Miley sendo Hannah Montana, se
apresentando em um grande show, cheio de fãs, e não tinha música melhor para representar esse momento que
“Best of Both Worlds”. ME ARREPIA
ESCUTÁ-LA! A trama do filme se inicia de fato quando percebemos qual é o grande
problema: Miley está se perdendo na
personagem. A ideia de “Hannah Montana” surgiu justamente para que Miley pudesse ter “o melhor dos dois mundos”,
mas agora ela está deslumbrada com a fama e a atenção, esquecendo-se do motivo
inicial pelo qual a personagem da Hannah foi criada, e ela chega a dizer que deseja que pudesse ser “Hannah” o tempo todo.
Mas Robby Ray não vai permitir que a filha se esqueça do mais importante: que ela ainda é Miley Stewart.
A gota d’água
é quando, sendo Hannah tempo demais,
Miley acaba cometendo algumas gafes e magoando pessoas que são importantes para
ela… não vou dizer que eu não me diverti horrores com aquela briga pelo sapato
entre Hannah Montana e Tyra Banks, mas aquela “tarde de Hannah” faz com que
Miley perca dois eventos para os quais devia estar presente: primeiro, a
despedida de Jackson, que está indo para a faculdade no Tennessee; depois, o
aniversário de 16 anos de Lily. O grande problema, aqui, é que existe um
repórter tentando descobrir “o grande segredo de Hannah Montana”, e ele está
seguindo o carro de Hannah que vai para a festa: ela não pode sair do carro como Miley, ou então ele vai descobrir tudo,
e tampouco pode chegar à festa de Lily como Hannah, que acaba sendo o que
acontece, e é um verdadeiro estrago, uma humilhação…
Ela arruína a festa da melhor amiga.
Depois disso
e juntando todos os problemas que vem observando, Robby Ray decide tomar uma atitude e fazer o que a filha mais precisa naquele momento:
deixando-a pensar que está indo para uma premiação importante em Nova York,
para substituir a Beyoncé, ele a leva DE VOLTA PARA O TENNESSEE. É hora de se lembrar quem ela é de verdade,
trazer a Miley de volta… naturalmente, a primeira reação de Miley é ficar furiosa. Tudo o que ela quer é voltar para a cidade e poder ser “Hannah”.
Ou, como ela diz ao pai, “ela quer sua vida de volta”. Mas existem elementos
ali que mostrarão para ela a importância de estar de volta: Blue Jeans, o seu
antigo cavalo, Travis Brody, um amigo de infância que tinha um crush nela e que ficou bonitão quando cresceu, e a avó Ruby,
que entende a necessidade de a neta estar ali para se redescobrir…
Miley cogita
a hipótese de enganar tudo mundo… na
manhã seguinte, ela acorda determinada a começar a “Operação SALVAR HANNAH
MONTANA”, e coloca sua roupa de rancheira, fala como uma garota do interior, e
até se voluntaria para ir até o galinheiro pegar ovos frescos, o que acaba
sendo tanto um desastre quanto uma diversão… mas a avó não vai ser enganada com
tanta facilidade: ela sabe perfeitamente
o que Miley está fazendo. Mesmo assim, a avó está ali com a sobrinha, e a
sua simples presença vai fazer com que Miley perceba alguns erros que vem
cometendo… quando a avó a leva para “vender coisas na cidade”, Miley descobre
que o repórter fuxiqueiro que quer “saber o segredo de Hannah Montana” a seguiu
até ali e, por ora, ela e a avó conseguem despistá-lo, mandando-o para um lugar
distante e deserto.
Mas acredito que
as cenas que mais importam para a transformação
de Hannah de volta em Miley são com o lindo do Travis Brody. Todas as
cenas dos dois são PERFEITAS, desde o primeiro momento, quando ele resgata o Blue Jeans que acabou de fugir
dela, até aquele momento no galinheiro, quando ele a encontra compondo e,
embora diga que ela tenha uma boa voz e que esteja feliz que “ela ainda esteja
nessa coisa de cantar”, ele tem algumas críticas em relação à sua composição…
Miley não está acostumada com isso, e quer saber exatamente o que ele quis
dizer, mas acontece que, segundo Travis, a
música dela não significa nada, não fala nada sobre quem ela realmente é. E
mesmo que ela não goste muito da crítica, isso a faz pensar, e talvez ele tenha
razão! Também é Travis quem fala sobre como “a vida é uma escalada, mas a vista
é bonita”.
Amo TODOS OS
MOMENTOS DOS DOIS, e eu gosto mais ainda de toda a sequência durante uma única canção
em que vemos Miley e Travis passando
muito tempo juntos… os vemos andando a cavalo, vemos Miley ajudando Travis
em seu projeto de reformar o galinheiro,
porque é um acordo que ele tem com a avó dela, e vemos os dois brincando na
cachoeira em um momento muito bonito… é essa companhia de Travis quem a faz
começar a perceber quem ela é e o que realmente importa na vida – a representação
disso é quando, depois de vários momentos com Travis, Miley fecha a sua caixa
de maquiagem de Hannah Montana e a guarda no armário, em uma prateleira alta,
como se, enfim, a estivesse deixando para trás para viver esse momento proposto
por Robby Ray. É Travis quem, enfim,
consegue fazer com que ela se abra.
A cidade do
interior de onde Miley Stewart vem também está sendo ameaçada pelo progresso. A avó é uma das responsáveis por defendê-la
contra a construção de um shopping, por exemplo, e Miley acaba se envolvendo mais do que gostaria em toda essa trama…
tudo começa em um evento para arrecadas dinheiro, um evento que conta com Robby
Ray cantando “Back to Tennessee” e
Taylor Swift cantando “Crazier”, mas
que fica realmente animado quando
Travis coloca Miley sob os holofotes, para que ela também cante. Assim nasce a
maravilhosa e dançante “Hoedown Throwdown”,
com direito a uma coreografia razoavelmente simples, mas linda de se ver, com
todo o elenco se reunindo para dançar… certamente, uma das minhas sequências
favoritas do filme, ainda me arrepia toda vez que eu vejo Miley fazendo todos
dançarem.
Até a avó!
Mas o cara
que planeja construir o shopping aparece para rir-se deles, e dizer que independente de quanto eles tiverem
arrecadado naquela noite, ele oferecerá o dobro, e então o inevitável acontece:
Miley já tinha dito a Travis que conhecia
Hannah Montana. Mais do que isso, dissera que ela salvara sua vida e, portanto, eram melhores amigas. Então, ele anuncia no microfone que “Miley Stewart
conhece Hannah Montana e pode falar com ela para que ela venha até a cidade
fazer um show e ajudá-los”. Assim, justamente quando Miley estava voltando a
ser apenas a Miley, a Hannah Montana
é trazida de volta com tudo, o que também quer dizer que vemos Lily se juntar a
eles no Tennessee, e é ótimo! E é só a Hannah entrar de novo na equação que a
Miley perde a mão e as coisas
rapidamente começam a sair do controle e virar uma confusão!
Apaixonada por
Travis (e quem não estaria?), Miley percebe que ele ainda não conhece a Hannah, e então vai falar com ele em uma
cena sem-jeito e totalmente
divertida, e ele é A COISA MAIS FOFA DO MUNDO quando diz que “ela é bonita”,
mas que “ele está apaixonado pela Miley”. Ela
fica toda derretida e esperançosa, e o aconselha a ir chamar a Miley para sair,
e temos aquela confusão extra de Hannah tentando impedi-lo de entrar na casa,
porque “a Miley não está ali agora”. Então, ela corre até o galinheiro,
para fingir que estava ali o tempo todo, e recebe o Travis sabendo exatamente o que ele veio fazer ali, mas se fazendo de
desentendida, e fingindo que não é lá
grande coisa um convite para sair. MAS ELES TÊM UM ENCONTRO NAQUELA NOITE! O
grande problema é que “Hannah” também prometeu a Lorelai que estaria num jantar
que o prefeito estava oferecendo em sua homenagem…
Ai.
Assim ganhamos
um dos momentos mais bizarros, sem-noção e DIVERTIDOS do filme, que é típico de
Disney Channel, quando Miley tenta se dividir entre Miley, para o encontro com
Travis, e Hannah, para o jantar com o prefeito… assim, ela fica pulando de um
lugar a outro, em uma sequência bastante cômica que eu adoro! Mas é legal como
o filme equilibra bem toda a diversão do momento, a amizade de Lily e Miley,
com a amiga a ajudando em cada troca de personagem, com um pesar que é ver
Travis fazendo de tudo para que aquele encontro seja perfeito, tentando se
declarar para ela, mas nunca tendo a
oportunidade… meu coração se parte em ver o Travis todo tristinho, até que
ele levanta a mão para chamar o garçom e pedir
a conta. O encontro foi um desastre e ele está indo embora totalmente
triste com a maneira como as coisas acabaram.
E então o filme se envereda por uma
sequência muito mais triste… é legal pensar nas facetas de “Hannah Montana: O Filme”, e como ele se
sai bem em todos os momentos, da diversão do jantar maluco às dolorosas cenas
em que Miley, por ser Hannah, volta a magoar as pessoas que mais ama. Ao fim do
jantar com o prefeito, Miley sai da prefeitura ainda vestida de Hannah Montana,
exausta, mas tirando a peruca e revelando-se Miley Stewart, sem perceber que
Travis está ali e a vê… a cena é triste, quando Travis vai embora, ainda mais
arrasado do que estava, porque agora ele não se sente apenas abandonado durante o encontro, mas
também enganado. Ele foi sincero com
ela, ele se abriu com “Hannah” sobre a forma como se sentia a respeito de
Miley, e ela estava mentindo para ele esse tempo todo, o fazendo de bobo… então
ele vai embora sem querer ouvi-la dizer que “sente o mesmo por ele”.
“Não sente, não, porque eu nunca a trataria
desse jeito”
Para mim, a
desilusão de Travis e o amor de Robby Ray pela filha são os momentos mais
tristes do filme. Sabemos, pela série, que Robby abandonou a sua própria
carreira como cantor country para se
dedicar à carreira de Hannah Montana, e agora o vemos dispensar Lorelai, uma
mulher maravilhosa que podia ser um novo
amor para ele, porque “Miley está passando por uns problemas pessoais e ele
precisa estar lá por ela”. Infelizmente, no entanto, era disso que Miley
precisava, de todo esse sofrimento, para perceber, de uma vez por todas, que
ela não podia continuar brincando com as pessoas desse modo… existem coisas mais importantes na vida do
que ser Hannah Montana. Então, com o pai, tocando o violão protegidos da
chuva no meio do interior, Miley canta “Butterfly
Fly Away”, usando frases que o pai sempre dizia para ela… e é uma das músicas mais lindas do filme.
“Caterpillar in the tree
How you wonder who you'll be?
Can't go far but you can always dream
Wish you may and wish you might
Don't you worry, hold on tight
I promise you there will come a day
Butterfly fly away”
Tendo “consertado”
as coisas com o pai, Miley passa aquela noite toda trabalhando no galinheiro
para Travis, que fica incrivelmente LINDO, e então ela vai para o show… é hora
da Hannah Montana salvar a cidadezinha.
Quando vê o galinheiro que Miley terminou, Travis pula em um cavalo e corre
para o show, e embora Miley comece a se apresentar como Hannah Montana, como
era o planejado, ela eventualmente não consegue
seguir. Ela vê o pai, o irmão e a avó no meio da plateia… ela vê Lorelai, a
mulher de quem o pai abriu mão para cuidar
dela, e ela vê Travis, que eventualmente veio assisti-la. Então ela percebe que não pode seguir com
essa “farsa”. Então, no meio da música que estava cantando, ela para,
segura o microfone e diz que “não pode seguir fazendo aquilo”, e tira a sua
peruca, revelando para todos a identidade
de Hannah Montana.
Agora, sua cidade sabe.
E o discurso
que Miley faz é tão lindo que me leva às lágrimas. Ela diz, emocionada, que ela
não pode ser Hannah Montana, pelo menos não ali, não com aquelas pessoas… aquele é seu lar, aquela é sua família,
foi ali que ela aprendeu a cantar, mas se apresentou naquele palco pela última
vez aos 6 anos de idade. Então, Miley diz que sabe que eles vieram ali para ver
a Hannah, mas pede licença para que
possa cantar uma música que ela compôs e que representa muito bem tudo o que
ela aprendeu naquelas duas últimas semanas: “The
Climb”. Eu adoro a EMOÇÃO que Miley coloca nessa interpretação, e eu adoro
o sorriso de Travis ao ouvi-la cantar, dando-lhe força e percebendo o quanto ele tem a ver com esse aprendizado e
crescimento, e o quanto ela não mentiu: o
quanto ele realmente é importante para ela também. “A vida é uma escalada, mas o que importa é a vista”.
“There's always gonna be another
mountain
I'm always gonna wanna make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm gonna have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the
other side
It's the climb”
Depois de
cantar, Miley agradece por terem-na deixado ser “Hannah Montana”, mas se
despede. Uma das menininhas da plateia, a mesma que descobriu seu segredo
durante o desastroso jantar, pede que ela não faça isso, e isso novamente me
levou às lágrimas… na maior inocência possível, ela pede que Miley coloque de
volta sua peruca e não deixe de ser Hannah, “eles guardarão seu segredo para
ela”. Então, Miley é apoiada pela família, pelos amigos, e por todos que a
admiram e que a entendem, e embora toda a cidade vá sempre saber quem é a Hannah Montana, eles não vão
dizer – e Miley pode voltar a ser a Hannah, mas de um modo mais responsável agora, sabendo o que realmente importa, voltando a
desfrutar “do melhor de dois mundos”. Miley e Travis conversam, ela pede que
ele “pule a introdução”, e ele confessa sobre o crush que sentia por ela na infância e que dissera que tinha
superado: “So not over it”. E ELES SE
BEIJAM.
Então, Hannah Montana canta “You’ll Always Find Your Way Back Home”.
EU AMO ESSE
FILME. E poderia ter sido um lindo fim para a série.
Tem carinha de despedida.
<3
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