O Diário de Daniela – A morte de Lidi
MEU DEUS, QUANTO SOFRIMENTO!
Definitivamente,
“O Diário de Daniela” é a novela
infantil mais forte que a Televisa já
produziu! Tanto que mal parece uma novela infantil… ela tem a bela inocência da
infância, o poder da amizade e da música, mas também é repleta de tanto sofrimento. Primeiro foi o
assassinato (!) de Leonor Monroy, a mãe de Daniela, e depois o Martín apanhando
de seu padrasto, e quando achamos que os sofrimentos iam dar uma pausa, Lidi acaba morrendo de uma hora para outra. Acho que é um dos momentos mais pesados da trama por se tratar da morte
de uma criança, e acontecer de forma tão inesperada. Me emocionei bastante com
as cenas, sofri ao lado de todas as crianças, e devo dizer que, de alguma
maneira, eu questionei a necessidade
dessa morte. Traz realidade e faz as crianças pensarem no assunto… mas pra quê tanto sofrimento?
Lidi é a
melhor amiga de Daniela que, por sua vez, quer que todos os seus amigos saibam
que ela tem um amigo fantasma – Yuls, no entanto, não está disposto a aparecer
para mais ninguém, e embora prometa para ela que vai aparecer, ele não quer ser
tratado como “espetáculo de circo”, então deixa que Daniela passe por
“mentirosa” em frente aos seus amigos, quando ela promete apresentar-lhes a um
fantasma. Ninguém acredita em Daniela, e até ficam um pouco bravos, mas uma
pessoa acaba o vendo: LIDI! E existe todo um mistério de como ela pôde vê-lo,
porque Yuls supostamente só é visto pelas pessoas que ele permite que o vejam. O Don Capu, por exemplo, sabe de sua
existência, mas nunca o viu – apenas
Daniela é capaz de vê-lo. E então, sem grandes explicações, Lidi é capaz de
vê-lo e fica um tanto quanto chocada!
Mais tarde,
Yuls avisa Daniela que está sentindo que Lidi
está em perigo. E Daniela não planeja deixá-la sozinha, não dessa vez,
porque ele também pressentiu a morte de sua mãe, e ela não fora capaz de
salvá-la. Então, ela fica o tempo todo em volta de Lidi, ao ponto de a garota se incomodar com ela, e no
segundo que Daniela se distrai, LIDI SOFRE UM ACIDENTE! Tudo acontece enquanto
as crianças estão na rua, comprando instrumentos novos com o dinheiro que
ganharam do concurso, e então Juancho vai para o meio da rua em busca de uma
bola, e não vê um carro vindo em alta velocidade em sua direção – então, para
salvar a sua vida, Lidi o empurra para fora da rua, mas acaba sendo atropelada
ela mesma, e é desesperador vê-la estirada ali no meio da rua… e,
inocentemente, eu acreditei que isso não daria em nada no fim das contas.
Mas dá.
A garota vai
parar no hospital depois do acidente, onde os amigos e os pais a acompanham, e
toda a trama é TRISTÍSSIMA. Lidi chega a deixar de sentir as pernas e teme que
nunca mais vá poder andar, até que, em um momento, sente dor nas pernas – o que é um bom sinal. Ali, parece mesmo
que tudo vai ficar bem. Os amigos vêm
visitá-la desejando melhoras, trazendo presentes (como um cartaz de
agradecimento por parte de Juancho) e celebrando que, dentro de alguns dias,
ela receberá alta e estará novamente brincando com todos eles… em um momento
muito bonito, Lidi diz a Juancho que mesmo com tudo o que aconteceu “ela faria
tudo de novo para salvar a sua vida”, e não pareceu algo assim tão triste sem saber o que viria a
seguir. Eu realmente achei que a
trama estivesse chegando ao fim quando as crianças tiram uma foto com Lidi no
hospital.
E então o pior acontece.
Daniela é a
única que está com Lidi quando ela sente a cabeça doer, começa a ver duplicado
e morre. Os médicos invadem o quarto para tentar reanimá-la em uma sequência desesperadora, com os gritos de Daniela
ecoando pelo quarto, implorando para que Lidi reaja, mas não há mais nada a ser feito. Mesmo com o atendimento rápido e com
todas as tentativas, Lidi já está morta.
E EU NÃO QUERIA ACREDITAR NISSO! A todo momento eu achei que algo aconteceria,
que de alguma maneira ela despertaria, mas então tudo foi ficando muito oficial. O médico comunicou aos
pais que não havia mais nada a ser feito, e eu parei para pensar em todos os
detalhes da trama, desde quando Lidi pôde ver Yuls mesmo que ele não tivesse permitido que ela o visse – naquele
momento, provavelmente o seu destino já estivesse selado e ela estivesse mais próxima
do “plano astral”.
Ou qualquer
coisa assim.
Dali em
diante, naturalmente, APENAS MAIS SOFRIMENTO. Já é o segundo funeral da novela,
em aproximadamente 40 capítulos, e não é menos doloroso do que o da mãe de
Daniela. Enquanto todos os adultos estão de clássico luto, vestindo preto, as
crianças chegam solenes de branco e carregando velas, fazendo uma homenagem à
amiga – Daniela canta uma música e cada um deles oferece em seu túmulo um
presente que acham que tem a ver com ela, e algumas coisas são tão infantis e
sem sentido que apenas tornam tudo muito
mais real. São crianças que perderam
uma amiga e sentirão sua falta! Para a maioria deles, no entanto, ainda é
melhor acreditar que tudo não passou de um pesadelo e que, a qualquer momento,
Lidi vai abrir a porta e entrar no teatro para brincar com eles… Daniela, por
outro lado, sabe que isso não vai acontecer.
Nunca.
SEQUÊNCIA
TRISTÍSSIMA L
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Luz
Achei desnecessário a morte da Lidi. O autor foi injusto com a personagem
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