Osmosis 1x02 – Soulmate
“Joséphine é o Osmosis. Se não funciona pra ela…”
O segundo
episódio de “Osmosis” acompanha, além
de Paul e Esther, três dos candidatos que estão testando o programa: Neils, Ana
e Lucas, os três que podem ser “úteis” para Esther em sua tentativa de
implantar memórias que possam reanimar
o cérebro de sua mãe, ou qualquer coisa assim. O episódio é intenso, interessante
e curioso, mostrando os primeiros momentos dos personagens depois de descobrirem
suas “almas gêmeas” pelo aplicativo,
e o que eu mais gostei foi de poder acompanhar as diferentes motivações que levaram cada um deles a se juntar a esses
testes… além disso, o episódio também explora um pouco os protestos contra o “Osmosis”, e parece cada vez mais evidente
que eles não vão ter condições de levar essa pesquisa até o fim… o número de complicações só aumenta a cada
episódio!
TRÊS ANOS
ANTES, o projeto “Osmosis” nasceu graças a uma tentativa de Esther de salvar o
irmão, que estava há muito tempo vegetando.
Então, numa tentativa de “brincar de Deus”, Esther injeta nanorrobôs no cérebro
do irmão, e não apenas isso o reanima, como
também lhe mostra um rosto. Ele diz que foi o rosto de Joséphine que o
trouxe de volta à vida e, ao vê-la, ele soube
que ela era sua alma gêmea – assim,
os nanorrobôs que ela injetou deram origem ao Osmosis. Agora, no entanto,
Joséphine desapareceu, e se ela foi
mesmo embora, e não sequestrada, então o
Osmosis todo é uma farsa: se não funciona para ela, não funciona para mais
ninguém. E Paul realmente teme
que eles estejam levando milhões de pessoas para um beco sem saída. Foi difícil ver o Paul sozinho no Osmosis,
naquele doloroso grito silencioso… onde está Josephine?
Enquanto isso,
acompanhamos os personagens depois de descobrirem quem são suas almas gêmeas. Primeiro, NEILS, o garoto
que é viciado em sexo. Ele encontra Claire rumo a uma aula de arte, e as coisas
são surpreendentemente fofas – mas o
que dizer a alguém que é supostamente sua alma gêmea? Eles se aproximam quando
ele a ajuda a carregar as coisas para a aula e, muito mais, quando ela lhe dá
algumas dicas sobre desenho durante a aula, sussurrando para não atrapalhar aos
demais. Neils está apaixonado, e é
bastante fofo, na verdade, até que as coisas meio que dão errado. Neils está
limpando os pincéis e guardando as coisas depois de uma aula, quando Claire o
provoca jogando água nele, e ele retribui… quando vemos, os dois estão se
sujando de tinta em uma cena clichê, mas fofa, e então ele meio que passa mal,
começa a imaginar coisas que não estão
ali, e então precisa ir embora.
Depois, vemos
ANA, e ela acha meio esquisito que a
sua “alma gêmea” seja justamente Simon, um
treinador de esportes… ela até parece um pouco decepcionada quando ele fala
de “perder peso”, mas ele é gentil e educado, e não se refere a ela, embora ela
reaja na defensiva. Mas Simon não parece, a princípio, o que ela esperava,
porque ele tampouco sabe que Flaubert escreveu “Madame Bovary”, por exemplo, mas talvez eles tenham, sim, algo a ver, porque quando voltam a se encontrar, ele
solta um “Seria legal se não me julgasse
tão rápido”, e então ele promete ler “Madame
Bovary” se ela participar daquela aula, saltando uns obstáculos junto às
demais alunas… e diz que, para conversar com ela, “ele tem que ter o que falar”.
E ela fica toda boba porque ele parece
ter a intenção de voltar a conversar com ela… então, parece que o Osmosis
está funcionando.
Por fim,
vemos LUCAS, e é, sinceramente, a história
mais complicada das três. A alma gêmea de Lucas é Léopold, mas quando ele o
vê na rua, o cara está andando de mãos dadas com outro homem, cheio de
beijinhos e sorrisos, aparentemente muito feliz. Mas não chego a ficar com pena de Lucas, porque ele também tem seu
próprio namorado, Antoine, e foi um detalhe que me chamou a atenção no fim do episódio
passado, quando ele sai do quarto para fechar os olhos e ver o rosto de sua
alma gêmea… a verdade é que Lucas sabe
que não ama Antoine, e ele queria que o Osmosis lhe tirasse essa dúvida. Sem saber
bem o que fazer, ele segue Léopold, e embora não tenha coragem de bater à
porta, ela se abre e Léopold o espera de braços cruzados, lá em cima. A cena é
quente, breve, e é um sexo um tanto
quanto bruto, embora excitante, mas acaba depressa… não há conexão real.
Não sei o que
Lucas vai fazer agora. Léopold É mesmo sua alma gêmea?
Ou talvez ele
ame Antoine? Não parece que seja o caso…
Mas existe
toda uma outra trama por trás dos acontecimentos. Do lado de fora da Osmosis,
por exemplo, depois do anúncio de Paul de que eles estariam disponíveis dentro de um mês, um grupo de
protestantes picha coisas como “Osmosis
despedaça seus cérebros” do lado de fora, e joga carnes nojentas aos pés de
Paul… o pior de tudo é que Paul não está
nada bem com o sumiço de Joséphine, e ele quer descontar sua frustração em alguém, por isso ele persegue os
protestantes e, quando alcança um, ele o derruba no chão e o espanca, mas a
demonstração de violência acaba
filmada por outro dos protestantes, e vai parar na mídia, o que deve complicar ainda mais o andamento do Osmosis.
Os humanistas denunciam Paul por agressão, e parece que só se fala sobre isso agora. Em contrapartida, Esther está fazendo seus próprios experimentos perigosos.
Por fim,
descobrimos que a função de Ana é muito
diferente do que se vendeu no primeiro episódio. Ela não é (só) a garota
com baixa autoestima, que não acha que tenha uma alma gêmea, mas uma INFILTRADA que entrou no programa da “Osmosis”
porque quer derrubar o projeto –
segundo ela, essa é a última batalha, “o momento em que colonizam nossos
cérebros”. Então, Ana vai até a sede da Osmosis para saber mais sobre o que está acontecendo, parecendo preocupada em
relação a eles estarem monitorando seus pensamentos e sentimentos a todo tempo,
mas lhe garantem que não é bem assim,
é mais uma questão de saúde, e logo deixarão isso para trás. De todo modo, Ana está
coletando informações e, como considera a tecnologia da Osmosis “um monstro”, ela vai fazer o que for necessário para
derrubá-la.
Curioso por mais!
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