[Season Finale] Star Trek: Discovery 2x14 – Such Sweet Sorrow: Part 2
“I saw
Discovery explode. They’re all gone”
MEU DEUS, QUE
SEASON FINALE PERFEITO! Eu gostava muito de “Star
Trek: Discovery” na primeira temporada, mas o que eu senti por essa segunda
temporada não tem explicação – EU AMEI
ESSA TEMPORADA, DO INÍCIO AO FIM, e esse episódio foi um fechamento lindíssimo
para toda a trama, conectando pontos e nos fazendo reviver momentos importantes
de um novo ponto de vista, enquanto
também lidávamos com um inegável tom de
despedida, porque alguns personagens que amamos e que farão falta na
terceira temporada da série estão ficando
para trás, dentre eles o Capitão Pike e o Spock… eu sei que ambos são
necessários para que “Star Trek: The
Original Series”, de 1966, exista, e tudo ficou lindamente encaminhado para
aquele começo, mas eu vou sentir a falta deles em “Discovery”. Mesmo assim, o final é LINDÍSSIMO e ainda explica umas coisas na linha do tempo!
Tudo é
INTENSO nessa finalização. A USS Discovery e a USS Enterprise estão trabalhando
juntas para confeccionar o novo traje de Anjo Vermelho para Michael Burnham,
enquanto Po está carregando o Cristal
do Tempo, e a Federação luta contra toda a Seção 31, comandada por Leland e o
Controle, em busca das informações da esfera que podem dar completa consciência ao Controle e, então, acabar com toda a vida
senciente do universo. Eles estão EM VERDADEIRA GUERRA, e é um cenário de
destruição, com pessoas férias, outras pessoas mortas, e Spock sempre maravilhoso, dando forças para Michael
enquanto o traje de Anjo Vermelho fica pronto e ela se prepara para saltar… já
no início do episódio, eu comecei a sentir
falta do Spock e do lindo do Ethan Peck (!), e a pré-despedida dele e de
Michael é emocionante, com direito às mãos juntas no cumprimento Vulcano…
De arrepiar.
A tensão é
palpável nesse último episódio da temporada. Michael voa no seu novo traje de
Anjo Vermelho, se preparando para abrir o buraco
de minhoca para o futuro, e ao seu redor começa a destruição exatamente como ela viu quando tocou o
Cristal do Tempo, mas ela não consegue fixar-se em uma data do futuro para
que possa saltar: por que ela os teria levado até ali para falhar no último
instante, e por que eles só viram 5 dos 7 sinais enviados pelo Anjo Vermelho? Então,
a Federação recebe duas ajudas inesperadas que são INCRÍVEIS. De um lado, os
Kelpianos, guiados por Siranna, a irmã de Saru, e de outro os Klingons (!),
guiados por L’Rell, duas forças oferecendo sua ajuda contra a força crescente
da Seção 31, comandada pelo Controle. Todas
as tramas da temporada convergindo lindamente para esse momento, um Finale de
respeito.
E então Spock
percebe uma coisa: CADA SINAL DE MICHAEL OS LEVOU A ALGO DE QUE PRECISAVAM PARA
AQUELE MOMENTO… para vencer aquela
batalha, começando por Reno no asteroide destruído, depois os Kelpianos, porque
não era importante apenas que eles os
libertassem, mas que eles estivessem ali naquele momento… até Boreth para pegar
o Cristal do Tempo, e até Xahea para encontrar Po, a única mulher no Universo
que podia carregá-lo… e Terralísio, para identificar um lugar seguro para aterrissarem.
Spock faz Michael entender que a visal que teve ao tocar o Cristal não é um
futuro definido, mas apenas algo que ele mostrou para que eles pudessem evitá-lo. “I jumped from here. From this moment”. Agora, antes que possa ir
para o futuro, Michael precisa pular no tempo para o passado e enviar os CINCO SINAIS, o que ela ainda não fez…
Um salto de fé, incentivado por Spock.
Então,
Michael salta pela primeira vez, E
QUE CENA MAIS PERFEITA. Adorei o buraco de minhoca, adorei toda a sequência, as
asas, os efeitos, a trilha sonora… e então acompanhamos todos os saltos,
enquanto, no presente, a Federação e seus novos aliados resistem contra o
Controle. O Primeiro Sinal, USS Hiawatha, data estelar 1.025,19, o asteroide
destruído onde resgataram Reno e onde Michael salvou a própria vida. É impactante ver a cena do outro lado. O
Segundo Sinal, Terralísio, data estelar 1.027,32. Terceiro Sinal, Kaminar,
1.035,86, e acompanhamos toda a construção da trama, dos momentos-chave,
mostrando o quanto a temporada é fechadinha e bem planejada desde o início! Como nada foi aleatório, como algumas
pessoas inicialmente pensaram. Quarto Sinal, Boreth, data estelar 1.048,66,
o Cristal do Tempo. Quinto Sinal, Xahea, 1.050,8.
E de volta ao presente.
Agora,
Michael pode saltar para o futuro, para Terralísio, 930 anos de agora, e lá ela
vai mandar o Sexto Sinal para a USS Discovery, para que eles possam segui-lo e encontrá-la
do outro lado… antes que ela salte, no entanto, ela descobre que Spock não poderá ir com ela. Depois de
ter lhe dado suporte durante todo esse tempo, descobrimos que sua nave foi
danificada e não poderá fazer a travessia, e tampouco eles podem esperar que a
USS Discovery venha por ele, ou correr risco de a informação que estão tentando
proteger vaze, portanto ele terá que ficar para trás… para assumir seu lugar na
USS Enterprise e colocar “The Original
Series” em andamento. “I just got you back. I don’t
wanna let go” “Neither… do I”. Foi tão LINDO ver o crescimento da relação
de Spock e Michael como irmãos que eu adoraria
ver mais disso, e infelizmente temos que nos separar.
“You found me. You saved me”
É um momento
LINDO, cheio de EMOÇÃO e eles fazem uma linda declaração sobre a importância de
um para o outro, sobre seus sentimentos e sobre como se amam… quando ela o
chama de “little brother”, eu me derreti tudo… sofri com a despedida, e então Spock
diz que “gostaria de saber que ela estará segura”, e ela diz que mandará, através
de um buraco de minhoca, o SÉTIMO SINAL, para que ele saiba, e ele diz que
ficará olhando as estrelas em busca dele. Então, ele diz uma última coisa para
ela, em Vulcano, e ela responde: “I love
you too, brother”. Então, em um momento EMOCIONANTE, Spock é levado de
volta para a USS Enterprise, e Michael está pronta para partir, levando a USS
Discovery com ela. Leland perece, finalmente, Controle perde as informações que
queria, e então Michael e a USS Discovery
partem.
Para sempre.
O fim do
episódio não nos mostra a chegada da USS Discovery na Terralísio de 930 anos no
futuro. Ficamos no passado, e é bom termos mais um pouquinho de Spock, porque
eu já estava triste de olhar para aquele
gostoso ele e saber que era a última
vez que o víamos como Spock. Todos os que estiveram envolvidos no plano e
ficaram para trás fazem o mesmo discurso à Federação: “I saw Discovery explode. They’re all gone”. Nenhum vai falar sobre
o que aconteceu de fato, ou sobre qual era o plano, porque então o sacrifício
da Discovery pode acabar sendo em vão… por isso, todos dizem a mesma coisa: eles viram a USS Discovery explodir no ar.
E o melhor de tudo é que “Star Trek:
Discovery” ainda faz algo que talvez nem esperávamos, que é se preocupar
com a continuidade e nos explicar porque nunca tínhamos ouvido falar da USS
Discovery antes, se as outras séries se passam depois desses acontecimentos:
“The
destruction of Discovery was tragic but does in and of itself resolve the
issue. Even more radical steps must be taken to ensure that type of scenario never
repeats itself. […] Regulation 157, Section Three, requires Starfleet officers
to abstain from participating in historical events. Any residual trace or knowledge
of Discovery's data, or the time suit, offers a foothold for those who might not
see how critical, how deeply critical, that directive is. Therefore, to insure
the Federation never finds itself facing the same danger, all officers remaining with knowledge of these events must be ordered
never to speak of Discovery, its spore drive, or her crew again. Under
penalty of treason”
Eu achei uma
saída genial, natural e que flui bem para a história, encaixando “Star Trek: Discovery” tanto em um tempo
antes das outras séries, nessas duas temporadas,
como depois das outras séries, na
próxima temporada… por fim, acompanhamos Spock pensando em Michael, podendo
senti-la o tempo todo, e buscando no céu por qualquer sinal dela, mesmo 124
dias depois de seu desaparecimento – mas ele sabe que o tempo é relativo. O final é, na falta de uma palavra melhor,
FODA. Spock assume o seu UNIFORME AZUL da USS Enterprise, como o conhecemos
pela primeira vez, e tira a barba, se tornando exatamente o que esperamos do Spock clássico, o de 1966. E, em um
momento lindo de emoção, a USS Enterprise encontra o Sétimo Sinal no céu. Capitão Pike e Spock sorriem comedidamente
um para o outro, sabendo o que aquilo significa:
Michael e a
Discovery estão bem.
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Seu texto tá lindo. Mas me ajuda a entender duas coisas... primeiro, eles desativaram o controle, por que ainda tiveram de ir para o futuro? Segundo, a Michael não conseguia registrar uma data futura, Spock tem o insight, Michael vai pro passado... e agora consegue endereçar pro futuro... o que a impedia antes que não impedia agora?
ResponderExcluirOlá!
ExcluirEntão, vamos lá: sobre o Controle, apesar de ele ter sido desativado, nada garantia que ele ou outra I.A. com as mesmas intenções não ressurgiriam, e a ideia era mandar a Discovery para um lugar onde eles não pudessem chegar, quase "além do tempo". Eu tenho a impressão de que a tecnologia será bem limitada nesse futuro para o qual foram...
Sobre "o que impedia" a Michael... o que a impedia antes que não impede agora é o paradoxo temporal. Sabemos que, indo para o futuro, Michael não teria como voltar. E se ela não tivesse como voltar, e não foi a mãe quem mandou os sinais, quem os mandaria? E os sinais eram importantes para que eles chegassem àquele momento. Assim, Michael só podia ir para o futuro DEPOIS de voltar no tempo e enviar os sinais ela mesma, para impedir um paradoxo. Agora, com esse ciclo devidamente fechado, ela pode ir para o futuro.
Não sei se minha explicação foi clara, qualquer coisa me pergunta de novo, vou tentar mais uma vez haha
Volte sempre! :)
oi!, vc irá fazer criticas dos episódios de Star Trek Picard da Amazon?
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