Star Trek: Discovery 2x11 – Perpetual Infinity



In order to save the Universe…
COMO EU AMO “STAR TREK: DISCOVERY”. Estamos nos aproximando do fim da temporada (passou rápido, né?), e algumas respostas estão vindo à tona, enquanto mais problemas também se anunciam… o Controle continua em busca das informações da Esfera, armazenadas na USS Discovery, para evoluir e se tornar a perigosa I.A. do futuro que Gabrielle Burnham, a mãe de Michael, está tentando conter a qualquer custo – afinal de contas, se eles não fizerem isso, toda a vida senciente no UNIVERSO será extinguida. O episódio é intenso, de efeitos especiais lindíssimos como sempre em “Star Trek: Discovery”, e conta com um tom emotivo que é maravilhoso. Sem contar que também temos essa relação de Michael e Spock, cada vez mais bem desenvolvida, e eu estou muito apaixonado pelo Spock… não quero que ele deixe a série na próxima temporada!
Quando Michael Burnham desperta, depois de quase morrer no episódio passado e ser “resgatada” pelo Anjo Vermelho, ela não tem certeza se aquilo de que se lembra é real. A alegria em seu rosto quando descobre que o Anjo Vermelho é mesmo sua mãe, que há 20 anos ela acredita ter morrido, é genuína, e então ela se aprofunda nos 841 (!) arquivos do Anjo Vermelho que a USS Discovery consegue recuperar… e é interessante ver as coisas se transformando ao longo do tempo, ao passo que a Dra. Burnham se envolve na missão de destruir o Controle. No início, tudo o que ela queria era voltar para Michael, mas ela estava “presa”, de algum modo, a um ponto a 950 anos de Michael, e mesmo que ela visitasse o passado, ela nunca conseguia ficar em um ponto por tempo demais… assim, ela foi deixando isso de lado e se dedicando a salvar o Universo.
No momento em que Gabrielle Burnham finalmente acorda, Michael mal pode esperar para descer e ir conversar com ela, mas ela pede especificamente para falar apenas com o Capitão Pike – Michael é obrigada a assistir à conversa pelas telas, o que é bastante frio. Agora, a mãe parece empenhada demais em destruir o Controle e impedir que ele absorva todas as informações sobre inteligência artificial, agora nos arquivos da USS Discovery, e ela tem um plano: destruir os dados. É uma decisão difícil, Saru não está muito disposto a tomá-la, porque são informações de milhares de anos extremamente valiosas, mas mantê-las e correr o risco de toda a vida do Universo ser destruída não é nem mesmo uma opção. Mas Michael quer proteger a mãe, e pensa em um plano no qual eles poderiam mandar as informações com o traje para o futuro, a um ponto inalcançável pela I.A.…
E então Gabrielle poderia ficar.
Gabrielle Burnham, no entanto, não quer correr riscos. Ela acha o plano de mandar as informações a um futuro distante, inalcançável pelo Controle, uma boa, mas não quer que o traje esteja sozinho: se der errado, ela vai precisar continuar tentando. É o que ela tem feito há sabe-se lá quanto tempo! Ela tenta e tenta e tenta proteger essas informações: foi ela quem colocou a esfera no caminho da USS Discovery, na esperança de que isso salvasse o Universo. E eu entendo a frieza com que ela fala com Michael, não porque não sinta nada, mas porque não quer se permitir sentir – ter esperanças para depois vê-las desaparecerem é doloroso demais. E ela diz isso a Michael: quantas vezes ela já a assistiu morrer? Inúmeras e inúmeras vezes, e certamente ainda as verá muitas mais, e ela não quer se permitir ter esperanças de que, dessa vez, as coisas darão certo.
Até porque o Controle é inteligente e realmente planeja roubar as informações. Ele assume o corpo de Leland, da Seção 31, que já não é lá muito confiável, então as pessoas demoram para realmente desconfiar dele… mas Tyler não segue à risca todas as suas ordens. Enquanto as informações estão sendo transferidas da USS Discovery para o traje do Anjo Vermelho, o Controle, no corpo de Leland, dá um jeito de interceptar essa transferência. Enquanto isso, Michael descobre que, independente do que diga, a mãe se importa. Desde que percebeu que Spock poderia ajudá-la, quando salvou a vida de Michael na infância em Vulcano (“In all time, Spock can be the one person who can help me”), até agora. A conversa é emocionante e profundamente triste… a mãe conta sobre todos os momentos em que esteve ao lado da filha sem que ela soubesse, tudo o que assistiu.
E é emocionante.
Mas ela explica para Michael que ela não pode ficar ali com ela no presente, embora queira isso: ela não pode se permitir viver isso enquanto a I.A. não esteja destruída, porque ela vai acabar com toda a vida no Universo, e Gabrielle é a única que pode impedir isso. Ela não pode ser egoísta. Então, quando Philippa e Tyler percebem que há algo errado com “Leland”, eles fazem de tudo para impedir que o Controle roube as informações sendo passadas para o traje, e a única maneira de fazê-lo, infelizmente, é com Michael abrindo mão da mãe. É uma cena triste, mas, naquele momento, ela percebeu que não havia mais o que ser feito. Até porque o Controle ainda consegue 54% (!) das informações, e isso deve ser o suficiente para um estrago inicial. Por isso, como diz o Spock ao final do episódio, convidando Michael para uma partida de Xadrez 3D: eles seguem lutando.

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