Vale o Piloto? – Osmosis 1x01 – The Test
Paul e Esther contra o mundo…
QUE PERFEIÇÃO
DE PILOTO! “Osmosis” me chamou a
atenção desde o primeiríssimo momento, e eu adorei todo o desenvolvimento do
Piloto da série – aqui, estamos em um ambiente no qual uma tecnologia implantada em nosso cérebro seria capaz de dizer quem é nossa alma gêmea, e isso tudo é
fascinante, ao mesmo tempo em que é profundamente perturbador. Esther e Paul, os responsáveis pela pesquisa e os
primeiros testes, são perigosamente inclinados
a quebrar os códigos de ética, cada um com um interesse próprio, e eu temo o
que será dessa pesquisa nos próximos episódios, e sofro pelas pessoas que estão
convencidas de que podem ser ajudadas
pelo OSMOSIS. Uma ficção científica com um quê de “Black Mirror”, mas que também mexe com o que há de mais profundo no ser humano: o desejo pelo
amor e pela felicidade.
Conhecemos
Esther dentro de um aplicativo da
“concorrência”, o Perfect Match, onde ela encontra, numa realidade virtual,
Tom, e então o discurso de Paul, que se segue, esclarece qual é a ideia do Osmosis, e porque ele é tão diferente de outros
aplicativos como o Perfect Match. Enquanto os outros aplicativos funcionam como
uma espécie de Tinder futurístico, o Osmosis tenta resgatar aquilo que se perdeu nas relações humanas: a conexão real
e profunda, a “osmose” propriamente dita. Dentre os 12 candidatos que testarão a primeira versão do Osmosis,
temos pessoas que tiveram apenas 30% de suas relações sexuais carnais, os outros 70% apenas
virtualmente, ou que tiveram seu melhor
orgasmo em uma relação virtual, ou pessoas que nunca tiveram um orgasmo… ou que nem acreditam que eles também podem ter uma alma gêmea.
Gostei de
como Paul foi o primeiro a usar o Osmosis,
e foi assim que ele conheceu Joséphine – adorei o visual de quando eles “se
conectam”, de como é sensual e poético, ao mesmo tempo, e então entendemos que
Esther construiu o programa para “salvar” o irmão, e agora talvez ela também
queira salvar Niels Larsen, quando a mãe dele implora que ela lhe dê uma
chance… Niels é um garoto viciado em sexo – mais propriamente em masturbação –,
que vê pornô desde os oito anos de idade, e o seu relato no vídeo de
candidatura é doloroso, especialmente
quando ele fala sobre o desgosto nos
olhos da mãe quando o médico lhe disse que “ele precisava de ajuda”. Agora, Esther resolve que quer ajudá-lo, mas
inicialmente não é claro se ela realmente quer ajudá-lo por ele, ou porque ela
tem outros interesses, que envolvem sua mãe, quase morta.
Há muito a se
explorar no restante da temporada. Quando Paul e Esther dão início aos testes
com os 12 candidatos, eu devo dizer que tudo parece interessante e curioso, ao
mesmo tempo em que parece assustador. Eu gosto das perguntas, sobre se o
Osmosis é mais místico ou mais científico, os medos que envolvem o implante ser hackeado, e o sistema,
supostamente “perfeito”, já começa a apresentar problemas… além do mais, o
projeto está por um fio. Paul o leva adiante rápido demais, inicia os testes beta antes do previsto pelos
investidores e pelo Conselho de Ética, e ele quase é retirado do projeto, quando os acionistas ameaçam buscar um novo
CEO, mas ele não vai permitir que o tirem
assim… por isso, com o dinheiro que eles já têm, ele planeja que Esther
seja capaz de testar e finalizar o Osmosis DENTRO DE APENAS MAIS UM MÊS.
Será que ela
consegue?
Mas, em
defesa de Paul, se eles recuarem agora, eles realmente serão massacrados e a
pesquisa será arquivada para sempre… a única coisa a ser feita é seguir em frente. Assim, ele anuncia em
telões por toda a cidade que o Osmosis
estará disponível a todo o público em um mês – e não é apenas uma nova
tecnologia, mas uma revolução, que será capaz de mudar a humanidade, por permitir a cada um que alcance o objetivo
final de todo ser humano: ser feliz.
As cenas de Esther e Paul são bem intensas, e nos deixam curiosos por mais… eu
adoro como um “se volta contra o outro”, ela quando pergunta se ele chega a pensar na mãe (mas ele esconde
algo sobre a mãe dela, e isso deve ser importante), e ela pergunta por que ela mesma não aceita um implante
do Osmosis, encontra a sua alma gêmea e se permite ser feliz, mas ela tem
outras coisas em mente.
Assim, com
todos esses segredos angustiantes escondidos
sob a superfície, os novos testes começam, com os 12 candidatos se
preparando para tomar o implante, enquanto Niels Larsen assiste, como o 13º, em espera caso precise substituir alguém.
A cena é tensa e repleta de nervosismo, e embora todos ali tenham consciência
do que estão fazendo, eles hesitam num primeiro momento, até que uma das
candidatas tome o implante e, pouco a pouco, todos a seguem, recebendo no braço as tatuagens que mostram o
aplicativo. Depois que todos tomam, aplausos tomam conta da sala e, logo em
seguida, Marceau não reage bem ao implante: ele tem um ataque de pânico, passa
mal e vai ao chão, e então ele pede que
tirem o implante de sua cabeça. Neils não consegue esconder o sorriso ao
perceber que ele será finalmente incluso,
mas é meio creepy.
Alguém está
por trás desse “ataque de pânico”.
O episódio termina
nos deixando CURIOSOS por mais. Queremos saber como cada um deles vai ela está disposta a burlar os limites do “ético” e fazer algo ilegal e
perigoso para trazer a mãe de volta, ainda que isso possivelmente coloque em
risco a vida de outras pessoas. E, no fim de tudo, eu me pergunto
sinceramente se o Osmosis funciona… afinal de contas, era para funcionar, e
Paul parecia muito feliz com
Joséphine, mas então ele chega em casa para descobrir que ela foi embora, deixando um bilhete que pedia que “ele não a
procurasse”. Enquanto vemos uma “alma gêmea” partir, vemos os 12 candidatos
fecharem os olhos e receberem o rosto de suas próprias almas gêmeas.
reagir ao implante, se o Osmosis vai mesmo
funcionar, e qual é exatamente o plano de Esther para trazer a sua mãe de
volta, usando os cérebros de Lucas, Neils e Ana –
E a felicidade toma conta deles.
Vamos ver por quanto tempo.
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