Vale o Piloto? – The Twilight Zone 1x01 – The Comedian
“Samir
Wassan is an artist of great principle. A man who refuses to compromise his
beliefs for a cheap joke. But tonight, he felt the rush of the limelight for
the first time. Now, he'll have to decide what really matters to him when the
laughter stops. And how much he's willing to give... to The Twilight Zone”
VOCÊS ACREDITAM
QUE “THE TWILIGHT ZONE” ESTÁ DE VOLTA?! Uma das maiores séries de ficção
científica de todos os tempos, a série que deu origem a um gênero que agora
está muito em alta, com exemplos de
grande nome como “Black Mirror”, está
de volta com uma nova roupagem, mas o mesmo espírito e a mesma sensação de estranheza que nos perturba e nos
fascina da série clássica! “The Twilight
Zone” estreou pela primeira vez em 1959, ganhando um remake em 1985 e outro em 2002 e agora, 2019, estamos de volta a
esse universo. E é apavorante e delicioso! Me
arrepiou todo assistir à narração antes da abertura, feita magistralmente
por Jordan Peele, e assistir à abertura que tem a mesma música e o mesmo logo
da série clássica… em poucos minutos de
episódio, eu já estava TOTALMENTE SURTANDO com isso!
Eu adoro a sensação que séries como “The Twilight Zone” nos causa, por mais
que ela seja verdadeiramente angustiante
na maioria das vezes… mas é uma sensação bizarra e de desconforto que nos deixa
inquietos e apreensivos, mas fascinados, curiosos, envolvidos. Durante “The Comedian”, o primeiro episódio da
nova versão de “The Twilight Zone”,
eu me peguei tanto vidrado quanto profundamente tenso… E EU AMEI DO INÍCIO AO
FIM! Samir Wassan é um comediante que não
tem umas piadas muito engraçadas – ele acredita que o “humor” não é apenas
sobre fazer rir, mas também sobre fazer as pessoas pensarem, mas ele acaba
não conseguindo arrancar risadas do
público quando fala demasiadamente sobre política, por exemplo… tudo muda
quando ele encontra JC Wheeler no bar de comédia onde trabalha, e pede “umas
dicas”.
Naquela noite,
Samir coloca em prática os conselhos
de Wheeler, e resolve “se colocar” no palco, falando mais sobre ele, para que
as pessoas possam se identificar, e
quando ele fala sobre sua cachorrinha, que se chama “Cat”, as pessoas realmente riem dele… ele fica
extremamente contente com o seu sucesso repentino, mas quando chega em casa,
naquela noite, não encontra a cachorrinha
em lugar nenhum – “What? We don’t
have a cat or a dog, Samir”. Na noite seguinte, Samir volta a tentar suas “piadas”
convencionais, sem nenhum sucesso, e quando vê seu sobrinho, Deven Singh, na
plateia, e se lembra que ele estava zoando
o seu número mais cedo, ele o cita no show, faz umas piadas, e arranca risadas
do povo… inclusive do próprio Deven, orgulhoso do tio, mas quando ele termina
de falar e o povo aplaude, Deven desaparece…
Bem na frente de seus olhos.
Então é isso
o que está acontecendo: o que ele coloca no palco, o que ele “traz à tona”,
desaparece de sua vida… deixa de existir para sempre. Não é como se eles tivessem “morrido”, mais como se “nunca tivessem
existido”. No outro dia, Samir tenta voltar para suas piadas rotineiras, e então
tenta repetir o sucesso falando sobre o seu sobrinho, já que ele não existe
mais mesmo, mas ele já não tem mais um
sobrinho, então a piada já não funciona mais. Ele precisa de algo novo. Assim, ele leva Joe Donner
a seguir, o outro comediante que era
realmente um homem desprezível que assediava mulheres no bar, dirigia
bêbado e fora responsável pela morte de duas pessoas que atropelou por direção
embriagada. Então, ele percebe que SALVOU
DUAS VIDAS fazendo o seu show daquela noite… e agora Samir Wassan começa a se
sentir poderoso demais.
Numa espécie
meio “Death Note”, Samir vai ao
Facebook e faz uma lista de pessoas que poderiam sumir sem que ele se importasse… e conforme Samir apaga pessoas
aleatoriamente do mundo, ele vai
conquistando sucesso e sucesso e sucesso… até que ele apaga o mentor de Rena,
sua namorada desde os tempos de colégio, porque sente ciúmes dele, mas sem ele, a sua carreira nunca teria
decolado. Então, Rena agora trabalha tarde da noite, como garçonete, e eles
nunca viajaram para Paris, porque não puderam pagar por essa viagem… a viagem
que salvara o relacionamento deles. Então, ao apagar David Kandel, Samir também
precisou entregar algo que amava em troca: perdeu
Rena para sempre. E ali tudo ficou mais
parecido com “Efeito Borboleta” do que nunca. E, sem Rena, Samir
simplesmente não sabe mais quem ele é na
vida…
Depois dali,
é só ladeira abaixo… Samir começou a estragar
tudo. Apagou pessoas da plateia, e apagou um número muito grande de pessoas show após show, numa espécie de Thanos, eliminando metade da vida no Universo. Até
que ele reencontra JC Wheeler, que o faz pensar que o que ele está fazendo não é
“assassinato”, porque as pessoas que ele
cita nunca existiram… e ele o incentiva a apagar Didi Scotts, a sua
concorrente por uma vaga importante como comediante naquela noite. Por um
segundo, eu realmente achei que ele não fosse conseguir, mas então ele
consegue, e Didi também se vai… e o pior de tudo é a sensação que o episódio
consegue passar tão bem, porque tudo é tão assombrosamente perturbado… a maneira como as pessoas riem de coisas que nem tem graça de verdade, e tudo é
bastante doentio.
Então, Rena
invade o seu show numa noite, expõe o seu caderninho, o chama de bully, e o convida a usá-la como
combustível para suas piadas, e então a agonia toma conta dos últimos minutos
de episódio, mas ele faz a única coisa que consegue pensar em fazer: fala de si mesmo. Samir Wassan fala dele
mesmo, faz as pessoas rirem, numa trilha sonora melancólica e um pouco macabra,
e por fim se anuncia, desaparecendo no palco, em frente a todo mundo, com o microfone
caindo ao chão na sua ausência… ele some,
e as pessoas se levantam, ainda rindo, para aplaudirem em pé o comediante do
qual, em alguns segundos, nem se lembrarão mais que existiu. Mas, ao apagar
a ele mesmo da história, Samir anula tudo
o que fez antes, e então as pessoas são trazidas de volta… tudo volta ao “normal”,
mas sem ele. E JC Wheeler se volta,
agora, a Didi.
Para a história recomeçar…
Creepy.
“Samir
Wassan learned the hard way that sometimes, getting everything you want means
losing everything you love. And after finally finding himself on the verge of
becoming somebody, he chose instead to once again be a nobody. In the end,
Samir's final encore is a show you can only buy a ticket to... in The Twilight
Zone”
AMEI a
estreia.
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