Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, 2019)



“Back to the Future” feat. Avengers
CARAMBA, QUE FILMAÇO! EU ACHO QUE AINDA ESTOU TREMENDO! Há tanta coisa impressionante nesse filme, tantos momentos de diversão, de emoção, e aqueles momentos de puro choque que nos deixou babando – como a surpresa do Capitão América durante a grande batalha final! É a PERFEITA conclusão de uma saga, e não é apenas a conclusão da “Guerra Infinita”, iniciada no último filme dos “Vingadores”, em Abril de 2018, mas o FIM DE UMA ERA, que começou com “O Homem de Ferro”, em 2008, e foi construída ao longo de 22 filmes nesses 11 anos de história. É muita coisa para entregar esse filme com um ritmo perfeito, direção brilhante, atuações dedicadas e vivas. O filme, que bateu 1,2 bilhões de dólares em seu fim de semana de estreia, certamente será um marco da história do cinema, e do Universo Cinematográfico da Marvel.
Emocionante.
O filme começa razoavelmente calmo, mostrando o momento em que Clint Barton, o Gavião Arqueiro, perdeu toda a sua família quando Thanos estalou os dedos com a Manopla do Infinito e acabou com 50% de todas as criaturas vivas do Universo. Depois, acompanhamos Tony Stark e Nebulosa no espaço, no seu último dia ainda com oxigênio, até que eles sejam resgatados pela Capitã Marvel, PODEROSA E LINDA, como a conhecemos no último filme do estúdio – então, eles são levados de volta para a Terra, onde se juntam aos outros Vingadores sobreviventes, para tentar encontrar Thanos e usar as Joias do Infinito para trazer as pessoas de volta… eles descobrem, no entanto, que Thanos destruiu as Joias, e então durante uma cena breve, Thor o decapita – e foi aquela cena que ditou o tom INTENSO do filme. “Vingadores: Ultimato” não estava para brincadeira.
E então… 5 ANOS DEPOIS.
Naquele momento, eu me segurei na cadeira. Não sabia o que estava para acontecer, qual era o plano do filme, apesar de que tinha minha teoria da viagem no tempo, que não foi decepcionada. Cinco anos depois, as coisas mudaram para os Vingadores sobreviventes, mas o tom melancólico da perda de tantas pessoas ainda é muito forte. Clint se tornou um “justiceiro”, que é encontrado por Natasha em Tóquio; Tony Stark deixou isso tudo para trás e recomeçou sua vida, constituindo família; Carol Denvers desapareceu para ajudar outros planetas, já que o estrago causado por Thanos era universal; e o principal choque vem quando reencontramos Thor, em Nova Asgard, e ele se tornou um cara bêbado, desleixado, barrigudo (!), e passa os seus dias jogando videogame e praticamente mais nada… parece não haver mais esperanças de nada.
Afinal de contas, as Joias foram destruídas.
Quem sumiu, sumiu para sempre.
A não ser que as coisas mudem… tudo começa a mudar com o retorno de Scott Lang, um dos meus personagens favoritos no Universo Cinematográfico da Marvel atualmente – talvez porque eu sempre tive um crush no Paul Rudd. Depois de ter passado os últimos cinco anos no Reino Quântico, porque não havia quem o tirasse de lá quando Thanos acabou com metade da população, ele retorna para um mundo bem diferente do que o que ele conhecia. A destruição se espalha por todos os lados no cenário quase pós-apocalíptico, e ele reencontra sua filha alguns anos mais velha. Para ele, no entanto, os últimos cinco anos foram apenas cinco horas, e isso é o suficiente para lhe dar uma ideia, que ele vai compartilhar com Steve e Natasha: no Reino Quântico, o tempo funciona de forma diferente, portanto talvez eles possam usá-lo para uma viagem no tempo.
SIM, TEM VIAGEM NO TEMPO!
Mas embora Scott Lang surja com a ideia, que parece bastante possível, ele não consegue terminar completamente o plano, portanto eles precisam de ajuda de “um cérebro maior”. Primeiro, eles vão pedir a ajuda de Tony Stark, que diz que “já ganhou sua segunda chance”, e não quer correr o risco de perder sua esposa e sua filha, portanto se recusa a ajudá-los. Depois, os Vingadores vão, então, em busca de Bruce Banner, que se converteu em uma espécie de Hulk full-time, mas de forma controlada. É interessante o que fizeram com o personagem, como agora o Mark Ruffalo precisa interpretá-lo o tempo todo com suas próprias feições, e como o Hulk agora pode ser amigável e educado, além de ser visto usando não apenas camisa, mas, em uma ocasião bastante importante lá no fim do filme, até um terno. Quem diria, huh?
No fim, Tony Stark acaba terminando a teoria, e tudo graças a uma foto dele com Peter Parker (!), que o faz se dar conta de como ele precisa ao menos tentar. E ele realmente precisava ajudá-los, porque embora os Vingadores tenham conseguido a ajuda de Hulk, que agora tinha a inteligência de Bruce Banner integralmente, os experimentos não estavam dando muito certo, e eu me diverti com o Scott Lang sendo mandado através do tempo… ou melhor, o tempo sendo mandado através de Scott Lang. Assim, vemos o Scott virar um adolescente, um velho e um bebê, antes de voltar a ser ele mesmo. Então, Tony Stark aparece não apenas com a solução para o problema da “viagem no tempo”, mas também com o escudo do Capitão América, para entregá-lo de volta a Steve. E então percebemos que as coisas estão caminhando para um caminho interessante.
Porque eu amo viagem no tempo.
Assim, os Vingadores se separam em grupos para que possam voltar no tempo, em pontos específicos de sua própria história, onde eles já estiveram em contato com as Joias do Infinito. Eles as roubarão, para usar a Manopla do Infinito e desfazer o estrago causado por Thanos, e então depois as devolverão. Infelizmente, no entanto, eles não têm muitas Partículas Pym, portanto eles não terão a chance de tentar “mais uma vez”. É naquela vez, depois de um teste, e pronto. O teste é feito por Clint, que retorna a um momento de seu passado em que a família ainda estava viva, pega uma luva da garagem, e retorna para o presente trazendo a luva com ele: então funciona. Assim, eles traçam três rotas em busca das seis Joias do Infinito: Nova York, 2012; Asgard, 2013; e Vormir, 2014. Agora, eles só precisam recuperar as seis Joias do Infinito.
E aqui o filme fica INTERESSANTÍSSIMO. Eu adoro as referências, adoro as brincadeiras com o tempo, adoro rever uniformes que não são mais usados (não os escute, Capitão América, a sua bunda fica linda em qualquer versão do uniforme), e ver todo o cuidado para que eles não interfiram muito nas coisas, o que nem sempre dá lá muito certo. Bruce, Tony Stark, Scott Lang e o Capitão América retornam para 2012, Nova York, justamente durante o famoso ataque que gerou o primeiro “Vingadores”, e é tão BOM rever aquele momento e pensar em como aquilo foi impactante para a época, mas o quanto caminhamos desde então, o quanto esse Universo Cinematográfico CRESCEU. Aqui, a missão deles é recuperar o Tesseract, o Cetro de Loki e o Olho de Agamotto, e então os Vingadores que viajaram no tempo se separam para cumprir essa missão.
Eu gostei particularmente da recuperação do Cetro de Loki, provavelmente porque pude ver o Chris Evans duplicado na tela do cinema… quem não gosta? Aqui, o Capitão América se passa pelo Capitão América de 2012, fingindo ser um Agente da HYDRA, para que pegue a maleta com o Cetro com facilidade, mas ele acaba descoberto por sua outra versão, 12 anos mais jovem, e então eles se enfrentam, com o Capitão América de 2012 acreditando que está lutando contra o Loki… é uma sequência e tanto, que acaba com a citação a Bucky, que sempre foi tão ESPECIAL para o Capitão América. Também gosto de como Bruce Banner, na sua forma de Hulk, vai em busca do Olho com a Anciã, e embora ela não queira entregá-lo, e explique os motivos de sua decisão, acaba por fazê-lo quando ele conta que o Doutor Estranho a entregou voluntariamente a Thanos.
Ela acredita que o Doutor Estranho sabia o que estava fazendo.
Scott e Tony, no entanto, acabam tendo uma complicação e perdem o Tesseract, o que quer dizer que, basicamente, eles estragaram tudo… a não ser que eles possam ir a uma época em que não apenas o Tesseract esteja, mas também mais Partículas Pym. E é aqui que o filme faz a sua primeira grande virada, quando Tony pergunta a Steve se ele confia nele, e ele responde que sim (!), e então os dois acabam em 1970, na base militar em que o Capitão América “nasceu”. A sequência é EMOCIONANTE, porque conta com o Tony Stark conhecendo o próprio pai, enquanto a mãe está grávida dele, e ele consegue pegar o Tesseract, enquanto Steve, o Capitão América, consegue novas Partículas Pym diretamente com o Homem-Formiga original, lá na época dos testes… ah, e também vemos, brevemente, um pouquinho da Agente Carter ali, em 1970.
As outras viagens no tempo nos levam à Asgard de 2013, em uma cena divertida de Thor e Rocket, e também um momento emocionante de Thor conversando com a mãe, pouco antes de sua morte – eles são bem-sucedidos em recuperar uma das Joias do Infinito e, além disso, Thor ainda recupera o Mjölnir (atenção para esse fato, eu não tinha noção do quanto isso seria importante). Em 2014, Vormir, Natasha e Clint brigam para ver quem se sacrificará pela Joia da Alma, uma cena intensa que acaba com a morte da Viúva Negra (e o filme solo da personagem?), e Rhodes e Nebulosa vão para Morag, no mesmo ano, conseguir uma das joias com Peter Quill. O grande problema, aqui, é que Thanos acaba descobrindo sobre as duas versões de Nebulosa, e então ele percebe que “ele é inevitável”. E ele muda o seu plano, mandando “sua” Nebulosa para o futuro, para levá-lo para lá com ela.
Então, quando os Vingadores retornam, eles precisam enfrentar o luto pela morte de Natasha, mas também sabem que o seu sacrifício não pode ter sido em vão, então o plano precisa funcionar para que eles tragam todos de volta – eles não trarão Natasha, pois sua morte foi diferente da daqueles que “viraram pó”, mas ela gostaria de saber que sua morte salvou a vida de todas essas outras pessoas. Então, existe toda uma questão a respeito da nova “Manopla do Infinito”, com as seis Joias do Infinito: quem a usará? Acontece que a Joia quase matou Thanos quando ele a usou novamente para destruir as Joias, então quem a usasse também poderia vir a morrer… a não ser que fosse “o vingador mais forte”. E eles não podiam confiar no Thor bêbado para isso. Por isso, o Hulk é quem usa a Manopla, quase é morto por ela, mas consegue estalar os dedos.
Aparentemente, funcionou.
E então o filme entra NA MELHOR PARTE.
AQUI É A PARTE QUE EU GRITEI, QUE O CINEMA GRITOU, QUE EU CHOREI… É AQUI QUE TUDO ACONTECEU, E EU NÃO SABIA O QUANTO EU IA AMAR ESSA BATALHA FINAL. Acontece que a sequência toda é extremamente ÉPICA. Tudo é grandioso, bem-escrito e impactante, da maneira como devia ser… os Vingadores não têm tempo de celebrar o estalo do Hulk, porque a Nebulosa traz o Thanos de 2014 para o futuro, e então o estrago é feito… ele chega destruindo o prédio dos Vingadores sem piedade, e transformando o cenário em um lugar devastado e pós-apocalíptico, exatamente como já foi em outra batalha entre ele e os heróis. E então a batalha final começa de verdade, porque todos precisam fazer o possível para proteger a Manopla e impedir Thanos de usá-la – e essa Manopla do Infinito passa de mão em mão em uma sequência desesperadora.
Mas aqui temos o que eu disse que É A MELHOR CENA DO FILME – ao menos para mim: o momento em que Thor está enfrentando Thanos, e Thanos parece assustadoramente perto de matá-lo, mas então o Mjölnir vem ao seu resgate. Por um segundo, ficamos confusos, nos perguntando o que estava acontecendo, porque apenas a vimos se levantar do chão, sem vermos quem a empunhava – E ENTÃO VEMOS O CAPITÃO AMÉRICA EMPUNHANDO A MJÖLNIR! ABSOLUTAMENTE LINDO, PODEROSO E DIGNO. Esse foi, para mim, o ÁPICE do filme, que me arrepiou, me fez chorar e me fez gritar… e o filme se dedicou, por alguns minutos, a mostrar o Capitão América lutando com sua nova arma, e ele a empunhava com uma destreza e uma naturalidade impressionantes. Detalhe para o Thor, todo contente, com aquele “Eu sabia!”
Capitão América é mesmo FODA! <3
EU O AMO!
E eu acho que ainda foi SENSACIONAL a maneira como o Capitão trabalhou com a Mjölnir e com o escudo simultaneamente… os efeitos ficaram perfeitos! Mesmo assim, no entanto, Thanos consegue destruir parte de seu escudo. Quando as coisas estavam começando a ficar complicadas, novamente, o Capitão América e os demais FINALMENTE GANHAM REFORÇOS: TODOS OS VINGADORES QUE VIRARAM PÓ RETORNANDO, E É UM VERDADEIRO EXÉRCITO (com Asgard e Wakanda)! Aqui o nível do filme vai às alturas e supera qualquer expectativa. É lindo ver essa reunião em cena, e é lindo ver como o filme conduziu bem cada personagem, cada poder, efeitos brilhantes, e dando ao momento uma sensação épica de conclusão, com uma batalha de super-heróis como nunca antes foi vista no cinema, e sendo tão grandiosa quanto batalhas de “O Senhor dos Anéis”, por exemplo.
É MARAVILHOSO!
E ainda tem o Capitão América dizendo o aguardadíssimo “Avengers, assemble!”
Temos de volta todos os personagens que amamos, e é maravilhoso vê-los retornando. Eu sou apaixonado pelo Homem-Aranha, então foi bom ver o Peter Parker de Tom Holland de volta, todo fofo e falante, ganhando um abraço de Tony Stark em um dos momentos mais fofos do filme… também foi bom ver o Doutor Estranho, o único que sabia o que estava para acontecer, e os impressionantes poderes da Feiticeira Escarlate, que nos surpreendeu no último filme, na Batalha de Wakanda, e volta a nos surpreender agora. Inclusive, o filme tem um excelente momento em que reúne todas as suas mulheres fortes e as coloca em batalha lado a lado… a BATALHA FINAL dura longos minutos, e nós queríamos continuar ali assistindo, porque ela é empolgante, excitante, tudo o que os fãs de quadrinhos sempre sonharam em ver no cinema.
Nunca foi feito algo assim.
É UMA SEQUÊNCIA DE SE APLAUDIR!
A batalha termina com o retorno da Manopla do Infinito e a tentativa de impedir Thanos de usá-la para estalar seus dedos novamente, e vários personagens tentam impedi-lo ao longo da batalha. No fim, quando ele finalmente estala os dedos mais uma vez, nada acontece, porque Tony Stark tinha conseguido tirar as Joias do Infinito e colocá-las em sua própria armadura, usando ele mesmo a Manopla do Infinito dessa vez, e desintegrando Thanos e todo o seu exército… a batalha chega ao fim, os Vingadores vencem, e o custo da vitória é a morte do personagem que começou todo esse Universo Cinematográfico – eu nunca fui um grande fã do Tony Stark, o Homem de Ferro, mas a sequência é emocionante, e a participação de Peter Parker deixa o momento ainda mais emotivo, porque a admiração e o amor dele pelo “Sr. Stark” é sincera.
Por fim, o filme tem essa sensação de “conclusão”. Tanto que não tem uma cena pós-créditos. Após a morte e o funeral de Tony Stark, Thor parte com os Guardiões da Galáxia, o que deve querer dizer que ele estará no próximo filme da equipe, e o Capitão América retorna no tempo para devolver as Joias do Infinito e o Mjölnir aos seus devidos lugares… ele tem o tempo que for preciso para fazer isso, mas devia retornar nos próximos 5 segundos, o que não acontece. Ao invés de voltar ao presente, Steve Rogers prefere ficar no passado e viver a vida que nunca teve a chance de viver com Peggy. O reencontramos uma última vez no presente, velhinho, passando o “manto” de Capitão América adiante, quando entrega um novo escudo a Sam Wilson, que até então tinha sido o Falcão. Agora, ele será o novo Capitão América dos cinemas.
Realmente, é uma nova fase.
Obrigado, Marvel, por tudo, especialmente por esse filme, que é o melhor do gênero já feito.
ESSE FILME REALMENTE VAI MARCAR UMA GERAÇÃO!


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Comentários

  1. Esse filme é realmente incrível. Pra mim só faltou uma coisa pra ser perfeita: O Tony perdoar o Bucky pela morte dos pais dele. Ele já tinha feito as pazes com o Steve e até com o próprio pai dele na viagem no tempo. Mas não teve nenhuma interação dele com o Bucky durante a batalha final. Sabe o que eu acho que seria legal?: Se tivessem colocado uma cena durante a batalha final onde o Tony salvasse o Bucky de ser morto por alguém do exército do Thanos, e os dois teriam uma breve interação onde o Tony, talvez não com palavras, mas com alguma expressão ou aceno de cabeça, deixasse claro que ele perdoou o Bucky. Seria legal pra finalizar completamente o arco do Tony.

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    1. A experiência de assistir Ultimato no cinema foi incrível. Todo mundo reagindo junto a momentos como o Capitão América e o Mjölnir, acho que a Marvel só entregou esse tipo de experiência coletiva no cinema novamente com os 3 Spiders.

      Sua leitura sobre o Tony e o Bucky é boa, teria sido uma cena breve, fácil de encaixar e que enriqueceria a história. Mas confesso que nunca parei pra pensar nisso... a verdade é que embora reconheça sua importância no MCU, eu nunca fui lá um grande fã do Tony Stark mesmo hahaha

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