[Season Finale] Stranger Things 3x08 – Chapter Eight: The Battle of Starcourt
“We could be heroes”
UM SEASON
FINALE EMOCIONANTE E ELETRIZANTE. Amei todas as temporadas de “Stranger Things”, mas essa foi ainda
melhor que suas antecessoras… uma das coisas que mais me fascina na produção é
a direção e a fotografia, ambas impecáveis, reconstruindo todo o clima dos anos
1980 não apenas em cenários, mas na própria atuação dos atores, na forma de contar
a história… é lindo de se ver. No fim do episódio passado, toda a “turma” se
reuniu no Shopping Starcourt, que é o palco principal da grande ação final da
temporada. Eleven, no entanto, está debilitada desde que foi mordida pelo
Devorador de Mentes, e é angustiante
ver que existe algo se movendo dentro da
sua perna… o grito dela é apavorante, quase o suficiente para que sintamos
sua dor, e o Jonathan esterilizando uma faca para poder abrir a perna de El e
tirar o que está lá dentro é o suspense perfeito.
Aqui,
enalteço a atuação do elenco, porque a cena nos permite sentir toda a dor de
Eleven, bem como o nojo daquele pedaço do monstro sendo arrancado de dentro
dela. Em algum momento, Eleven pede que Jonathan pare e diz que ela mesma pode fazer isso, e usa o seu
poder para arrancar os resquícios do monstro de sua perna, enquanto os vidros
do shopping se quebram, e ela joga o pequeno monstrinho para longe… onde Hopper pisa sobre ele: E ENTÃO O
RESTANTE DA EQUIPE CHEGA E SE UNE A ELES. Agora, eles precisam descer até o
laboratório subterrâneo onde um portal para o Mundo Invertido está sendo aberto
e desligar a chave – Hopper e Joyce
querem impedir as “crianças” de se envolverem, pela sua segurança, mas talvez
apenas Dustin e Erica saibam o caminho.
E agora?
Então, Hopper
decide que Dustin pode guiá-los a partir de uma distância segura, mas só existe
uma maneira de ele conseguir se comunicar por rádio com Hopper lá embaixo: indo até o Cérebro, construído para se
comunicar com Suzie. Então, Joyce se despede de Will enquanto Hopper se
despede de Eleven (sim, El pode lutar, mas ele quer que ela esteja em
segurança), mas embora apenas Joyce, Hopper e Murray desçam em direção ao
Portal, as crianças não são excluídas da
ação, porque também haverá complicações do lado de cima… Dustin é
acompanhado por Steve, Robin e Erica, até a torre, enquanto um segundo grupo,
formado por Nancy, Jonathan e o resto das crianças, acaba preso dentro do
shopping porque o carro não está funcionando, e o Billy está esperando por eles
do lado de fora… quando Will sente a nuca
arrepiar, ele sabe que o DEVORADOR DE MENTES ESTÁ ALI.
A ação é frenética
e eletrizante, e eu gosto do movimento
que o episódio tem – o que é extremamente necessário em um episódio de 77
minutos de duração! Will avisa Dustin do problema
que estão enfrentando, e logo depois o Devorador de Mentes invade o shopping,
enquanto ele e os amigos se escondem; enquanto isso, Steve e Robin deixam
Dustin e Erica para cuidarem da comunicação com Hopper, enquanto eles voltam
para o shopping, para ajudar o restante do pessoal, e tudo é construído em cima
de um suspense maravilhoso! Amei a parte do manequim, ou a parte do Lucas de
longe, usando um estilingue para estourar um balão e confundir o Devorador de
Mentes, ou a parte em que Nancy tenta enfrentar o “Billy” com uma arma, sem
sucesso, e quando parece que o Billy vai chegar até ela, ele é detido por outro
carro que o atinge…
Steve e Robin, claro!
<3
Max tenta se
comunicar com Billy, tenta alcançá-lo além do monstro que tomou conta dele, sem
sucesso, e então “Billy” ataca as crianças e pega Eleven, para levá-la até o
monstro – mas essa equipe está mais unida
do que nunca. Sob a liderança de Lucas e com um plano dele, eles atacam o
monstro com uma série de fogos de
artifício, e aquela é uma cena INCRÍVEL, porque é o “suporte” que Lucas
tinha dito que Eleven precisaria… e eles
estão ali. Sem contar que o visual do ataque com fogos de artifício é
interessantíssimo e tem tudo a ver com a proposta da temporada de 04 de Julho.
Aproveitando que “Billy” está debilitado com o ataque ao Devorador, Eleven
tenta escapar, mas acaba sendo capturada novamente, e “Billy” a arrasta para o
monstro… então, sem ter outra coisa para
fazer porque está fraco, Eleven apela para a única coisa que tem:
A memória da infância de Billy.
E eu gostei
muito do que “Stranger Things” fez
nesse momento – Eleven usou o seu poder longamente durante a temporada, sempre
muito forte, mas não é o seu poder sobrenatural que vence a batalha no fim das
contas. Não é nada que qualquer um, com
coragem e loucura o suficiente, não pudesse ter feito. São pessoas normais
que desligam a chave, que atacam o monstro com fogos de artifício, e é a
humanidade de Eleven que alcança a humanidade de Billy, e então ela ganha uma vantagem… ela descreve a
memória, a praia, as ondas, a mulher que é a mãe de Billy, e então o Billy
ressurge, para seus últimos minutos. Últimos minutos em que ele age como um herói de Hawkins. Enquanto isso, os
outros heróis de Hawkins se passam por russos e descem até o laboratório,
porque tudo precisa acontecer perfeitamente e ao mesmo tempo.
Uma das
partes mais divertidas, emocionantes e fofas do episódio fica a cargo de Dustin
e a Constante de Planck. Para passar por uma porta e chegar até a “chave”,
Alexey contara a Murray que eles precisariam digitar a famosa Constante para
destravar a porta, mas alguma coisa está
errada – por um segundo, Dustin pergunta a Erica se ela sabe a Constante de
Planck, e eu achei que ela talvez pudesse saber, mas então temos o fechamento
perfeito para esse arco de Dustin, quando quem aparece para ajudar? SUZIE?! Afinal de contas, aquele canal tinha sido
criado para falar com Suzie, e a namorada de Dustin era mesmo real, no fim das
contas… e uma fofura! Ao ouvir a voz de Suzie, Dustin conta sobre a
emergência e sobre salvar o mundo, e pede que ela lhe diga quais são os números
da Constante de Planck, mas ela quer algo em troca para dar-lhe essa
informação…
Uma música.
“Never Ending Story”
GENTE, QUE
CENA MAIS PERFEITA! No meio de toda a tensão e da corrida contra o tempo, Suzie
convence Dustin a cantar com ela, e a
cena não poderia ser mais fofa e mais apaixonante – ah, e divertida, porque as
expressões de todo mundo enquanto assistia à cantoria são impagáveis! Amei a Suzie dançando, amei o Dustin
envolvido e apaixonado, e amei que essa
música salva o mundo, no fim das contas, porque Suzie sabe mesmo a Constante de
Planck, e a entrega ao fim da música! Assim, Joyce e Hopper conseguem
chegar até a máquina, mas não conseguem ter tempo de desligá-la, porque eles
resolvem contar até três (?), e é tempo o suficiente para que o “Exterminador
do Futuro” apareça e os impeça… durante a luta de Hopper com o Exterminador, ele fica perto demais da máquina, e
percebemos que uma fatalidade está prestes a acontecer.
A sequência de cenas empolga. Temos o Dustin
gritando para que eles desliguem a máquina agora, Joyce se organizando para
fechar as duas chaves simultaneamente sozinha, o Hopper jogando o Exterminador
na máquina, tudo enquanto o Billy, de volta por alguns minutos, protege Eleven
e enfrenta o monstro ele mesmo. Enquanto o Billy morre defendendo as
crianças, Joyce olha para Hopper por alguns segundos longos antes de virar as
chaves, sabendo que isso custará a vida do homem a quem ela finalmente decidira
dar uma chance… é uma cena forte, a trilha sonora é melancólica, e Joyce não
pode hesitar por muito tempo. Hopper também olha para Joyce, sabendo o que está
para acontecer e a entendendo, e então ela vira as chaves. O Portal se fecha, a máquina é destruída, e o Devorador de Mentes que
atacava Billy perde a sua força.
Mas é tarde
demais tanto para Hopper quanto para Billy.
Sofri muito
com a Max correndo até o irmão, que ainda consegue pedir perdão antes de morrer, assim como achei muito triste a cena
do Murray perguntando a Joyce onde estava
o Jim, mas ela não tem tempo para ficar para trás e lamentar, ela precisa fugir. A passagem para o
Mundo Invertido, como vemos quando a polícia invade o laboratório, ainda não
foi completamente fechada, e possivelmente nunca será. O episódio, melancólico
e emocionante, mostra Will abraçando a mãe, emocionado, e a Eleven olhando para
Joyce enquanto ela abraça ao filho, meio que procurando o pai, mas ao mesmo
tempo sabendo que não adianta procurar
por ele, ele não está ali. Quando Joyce encontra o olho de Eleven e a
garota percebe que ela está chorando, ela entende tudo: Jim morreu.
TRÊS MESES DEPOIS
Três meses
depois, as coisas ainda continuam melancólicas
em “Stranger Things”. A primeira cena
que vemos é mais divertida, mas é a única. Vemos uma matéria na TV, bem sensacionalista (embora seja sincera), e
vemos Steve e Robin, tentando juntos um emprego numa locadora… afinal de contas, o shopping explodiu e
matou um monte de gente. O Steve é um fofo tentando falar sobre seus “três
filmes favoritos”, e a Robin é um máximo tentando ajudá-lo a conseguir o
emprego, dizendo a Keith que as garotas
virão à locadora só por causa dele: ou seja, aquele lugar vai bombar, sem
contar que estará cheio de mulheres bonitas e tudo o mais… sinceramente, Steve
e Robin são MARAVILHOSOS, e eu estou até feliz que eles não sejam um casal,
porque eu acho que eles terão muito mais a oferecer como dois grandes amigos…
Ansioso para
reencontrá-los na próxima temporada!
A parte mais
triste desse final de temporada foi vermos Joyce e a família se mudando de Hawkins… na verdade, não
dá para culpá-la, depois de tudo o que ela vive nesse lugar desde a primeira
temporada, mas é triste ver as crianças se separando… elas não deviam ser afastadas umas das outras. Todos ajudam na
mudança (com direito a Lucas e Max cantando “Never
Ending Story” só para provocar o Dustin!), e a cada momento eu estava
esperando que algo acontecesse… não queria que o Will fosse embora, me partiu o
coração vê-lo colocar seu D&D em uma caixa para doação (embora ela acabe
com Erica e é fofo vê-la abraçar seu
lado nerd quando sorri ao receber a caixa), e também foi muito triste ver o
Jonathan olhar para o seu quarto vazio, o quarto em que viveu durante toda a
sua vida, e que agora está deixando para trás.
Eleven, por
sua vez, está sem os seus poderes, e,
depois da morte de Hopper, está indo embora da cidade com Joyce, e meus
sentimentos são confusos. Eu estava muito
triste, mas, ao mesmo tempo, eu sei que “Stranger
Things” não fará uma temporada sem Joyce, Will e Eleven… então está tudo bem. Eleven e Mike se
despedem em uma cena fofa, e ela diz que voltará para visitar; em um momento
bonito, ela recorda a conversa que ouviu dele e Max lá na cabana, e ele tenta
fingir que não se lembra direito, todo nervoso, mas Eleven diz: “Mike. I love you too”. E o beija, antes
de virar-se para ir embora. QUE CENA DE BELEZA SINGELA! Antes de irem embora,
no entanto, Eleven vê Joyce com uma folha na mão e, quando pergunta o que é,
descobre que é o discurso que o pai escreveu para ela e Mike… o discurso que ele acabou nunca usando.
E ela pede
para lê-lo.
É um final
lindo para a temporada. Enquanto ela lê o discurso do pai, o revemos,
escrevendo e treinando o discurso que não pôde fazer, afinal. Em meio à
melancolia dessa morte e a emoção de Eleven, a família de Joyce se despede
oficialmente de Hawkins. As crianças se abraçam e se despedem, e eu sofri muito
ao ver o Will chorando (!), e então os dois carros vão embora; um leva Jonathan
e Will, o outro Joyce e Eleven; os demais ficam para trás, acenando para o
carro antes de pegarem as bicicletas e irem embora, de volta para suas vidas. E eu só conseguia pensar em como era um fim
triste. Os que vão embora nós vemos olhando tristemente da janela do carro;
os que ficaram os vemos tentando continuar a vida; Mike está triste, Max sente
falta do irmão, e o fim da carta de Jim Hopper é o golpe final: “Keep the door open 3 inches”.
“Heroes”, do David Bowie, tocando ao fundo.
E nos
despedimos de novo. Triste e emocionante.
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P.S.: A temporada tem uma pequena cena pós-créditos em Kamchatka,
Rússia. Os russos não vão desistir do Mundo Invertido, e talvez eles já tenham
conseguido alguma coisa, porque, ao que tudo indica, tem um Demogorgon de
volta. O que a maioria das pessoas está notando, no entanto, nessa cena, é o
fato de eles mencionarem um “americano” em uma cela, e tudo indica que pode ser
Jim Hopper… eu, no entanto, preferia que não fosse. Por mais triste que tenha
sido sua morte e sua carta, trazê-lo de volta diminuiria a importância de seu
feito e dessa tristeza no final, bem como poderia ser visto como medo do roteiro de matar um personagem
verdadeiramente importante. Prefiro que as coisas fiquem como estão, que
vejamos como serão as coisas depois
da morte de Hopper, especialmente para Eleven, que agora vai morar com Joyce,
Will e Jonathan… enfim, vamos aguardar agora!
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