Sítio do Picapau Amarelo (2002) – A Pedra Mágica de Tupã: Parte 2
“O Muiraquitã é um pouco de cada um de nós…”
CHEGAMOS AO
FIM DE MAIS UMA TEMPORADA DO “SÍTIO DO PICAPAU AMARELO”. Com “A Pedra Mágica de Tupã”, a temporada
encerra seus 85 capítulos, e foi um bom segundo ano. Se a primeira temporada se
concentrou em adaptar os livros de Monteiro Lobato, na maior parte dos
episódios, a segunda temporada desconsiderou os livros restantes (ainda não entendo
por que “A Chave do Tamanho” não ganhou
adaptação na “nova” versão do Sítio – é meu livro favorito!) e testou gêneros. Talvez
no embalo do sucesso das recentes adaptações de “Harry Potter”, metade da temporada se centrou em “histórias de
bruxas”, e depois tivemos um fraquinho “O
Mapa do Tesouro”. A temporada se recupera, no entanto, nas suas duas
histórias finais, sendo que “O Cangaceiro
Lobisomem” e “A Pedra Mágica de Tupã”
são duas histórias EXCELENTES!
As crianças e
o Saci continuam tendo a missão de proteger o MUIRAQUITÃ, a Pedra Verde que
protege as matas e os animais do Brasil, e que é cuidada por Tupã – quando ele
viaja, no entanto, a Pedra é deixada para trás sob os cuidados do Saci, que não
é lá um guardião tão bom assim…
enquanto a Pedra estiver apenas passando de mão em mão e realizando desejos
(como “ser uma cozinheira bem-reconhecida” ou “ter bigodes”), tudo está bem…
desde que ela não caia nas mãos da Cuca ou de qualquer um dos outros três
monstros que dedicam sua vida a caçar o Muiraquitã. Depois de passar por Tia
Nastácia e por Pedrinho, a Pedra chega às mãos de Cuca, mas o Zé Carijó a rouba
de volta no meio de uma imensa confusão,
e ele sai voando quando deseja “ter asas para escapar dos monstros”. Quando perde
suas asas, no entanto, ele cai no
galinheiro…
Zé, antes de
deixar o galinheiro, esconde a Pedra Mágica embaixo da Carijó (e a Pedra até
atende um pedido seu quando a Carijó diz que “cansou de ser galinha e quer ser
um pavão”), o que acaba sendo essencial para mantê-la protegida, porque os
monstros o pegam assim que ele deixa o galinheiro, e tentam arrancar dele a
informação… mas, determinado, Zé Carijó diz que não conta por nada, porque a Pedra é muito poderosa e não pode cair em
mãos erradas. Depois de uma sessão de “tortura”, o Zé acaba contando, mas
os monstros não têm tempo de chegar até ela… isso porque o reumatismo de Dona
Benta ataca, e Narizinho fica toda
preocupada com a avó, e a carinha dela é de partir o coração ao olhar para
a senhora que lê seu livro com a perna esticada sobre um banquinho. Então,
Narizinho sai em busca da Pedra e, ao ver um pavão no galinheiro, percebe que há algo estranho ali.
E encontra a
Pedra.
“Eu encontrei o Muiraquitã!”
Voltando correndo
para o Sítio, Narizinho abraça a Dona Benta e faz um pedido: “Ai, vovó… queria tanto que você não sentisse
mais dor!” Mas, então, ela acaba exagerando
no pedido: “Eu queria tanto que a vovó
ficasse jovem de novo. Perdesse o peso dos anos”. Então, Dona Benta fica alguns anos mais jovem, mas quando
Narizinho explica o que fez, “para o bem dela”, Dona Benta explica que nunca disse que queria ser mais jovem. Então,
Narizinho lhe entrega a Pedra Mágica de Tupã, e Dona Benta faz um desejo para
que volte à sua idade de sempre, e explica para a neta que há que aceitar a passagem do tempo, falando lindamente sobre como
todas as idades têm sua beleza e seus problemas. Como sempre, Dona Benta É UMA
SÁBIA. Enquanto ela e os netos se abraçam, então, Emília aproveita, astuta, para roubar a Pedra para ela.
E daí dá até
medo!
Emília tem um
plano para capturar os monstros e, consequentemente, manter a Pedra em
segurança. Ela pede que o Visconde faça piche (!), e então pede a ajuda de todo
mundo para fazer uma boneca de piche,
usada para enganar os monstros na varanda durante a noite. Como o Barba Ruiva é um beijoqueiro, Emília sabe que ele não
ia resistir a beijar a boneca, acreditando que era uma moça, no escuro, e então
sua barba fica grudada no piche, e os
outros monstros também ficam presos quando tentam ajudá-lo. Quanto mais
eles tentam se soltar, mais presos ficam. Então, com os monstros presos, Emília
e as crianças fogem para esconder o Muiraquitã, e embora o Saci fique pedindo
pela pedra de volta, para devolvê-la a Tupã, Emília diz que “a Pedra é sua” e
que, por isso, ela não vai devolver… faz
um pedido à Pedra e acaba escapando de todos.
Ela tem um plano…
A Pedra a
leva até o ribeirão, e então ela pula para visitar
uns amigos – e é a primeira e única vez em que vemos O REINO DAS ÁGUAS
CLARAS nessa temporada, e é muito bom estar ali de volta, mesmo que de maneira
tão breve. Eu gosto muito do Príncipe Escamado, de sua educação e sua bondade,
e ele aceita ajudar a bonequinha a esconder a Pedra Verde. É ótimo estar no
Reino das Águas Claras, porque essa é a
porte de entrada ao “Sítio do Picapau
Amarelo”. Revemos, além do Príncipe Escamado, a Dona Aranha, o Doutor
Caramujo… enquanto Emília se sente uma rainha e até ganha um vestido novo, Pedrinho, Narizinho e Zé Carijó descem atrás da
boneca e da Pedra. Enquanto isso, do lado de fora, a Cuca e os outros monstros
prendem o Visconde e o Saci, para saber até onde a Emília foi com a Pedra
Mágica, então é só uma questão de tempo
até que descubram.
Sempre fiel a
Narizinho, o Príncipe Escamado lhe entrega a Pedra Mágica, deixando Emília furiosa com a “traição”, mas o Príncipe
explica que, desde que a viu, soube do que se tratava, o Muiraquitã, e sabe o quanto isso é importante – mas Emília
pega a Pedra de volta, e começa a fazer um estrago, como transformar o Zé em um
caramujo, só porque ele comentou que ela não
tinha juízo. “Agora, eu sou a boneca mais poderosa! Eu posso tudo!”
Adoramos a Emília, mas que ela é uma bonequinha perigosa, isso ela é! Os monstros acabam descendo e atacando o
Reino das Águas Claras, e é tão divertido e tão estranho ver a Cuca lá embaixo, eu adorei! Iara solta o Visconde e
o Saci para que eles possam ajudar na guerra, enquanto os monstros prendem os
amigos de Emília, e Cuca exige que ela lhe entregue a Pedra para soltá-los.
Mas Emília, então,
tenta consertar tudo.
Primeiro,
deseja que o Zé volte ao normal. Depois, deseja que a Cuca vire uma princesa, mas isso não tem o efeito que ela queria: “Eu
virei uma Princesa, mas uma Princesa do Mal. Obrigado, bonequinha, eu sempre
quis ser uma Princesa!” AMEI O FIGURINO LOUCO E O CABELÃO DA CUCA! Antes que
Emília possa continuar desejando, a
Cuca diz que ela vai comer a perna da Narizinho se ela fizer mais alguma coisa, e a Emília acaba
entregando a pedra para a jacaroa, que, naturalmente, não cumpre a sua promessa
e não solta os amigos da boneca… Emília e Zé Carijó escapam, mas a Cuca leva
consigo a Pedra Mágica, o Príncipe Escamado, a menina do narizinho arrebitado e
o Pedrinho, que acaba no caldeirão antes de todos os outros… agora, Emília
precisa pensar em outra maneira de recuperar
a Pedra e salvar os seus amigos, e ela não demora para ter uma ideia…
A Cuca ainda está apaixonada pelo Zé, não?
Isso tudo é
uma sequência de “O Cangaceiro Lobisomem”,
lá de quando a Candoca tentou usar a varinha da Cuca para fazer o Zé se
apaixonar por ela, em seu desespero para conseguir um noivo, e o feitiço
acertou a jacaroa – então, o Zé é a chave para que eles consigam a Pedra de
volta. Zé entra na caverna da Cuca “trazendo um presente”, mas pede um beijinho em troca, e a jacaroa fica toda animada. Enquanto o Zé distrai
a Cuca, então, Emília tem tempo de soltar todos os prisioneiros e de pegar a
Pedra Mágica de volta… todos escapam, e Emília faz seus últimos desejos: deseja
que todos os monstros sejam colocados em cima das árvores, e que a Cuca vá para
o Caldeirão! Eu devo dizer que eu ri
bastante da Cuca no caldeirão, foi uma ótima cena! Então, a noite cai e
chega, finalmente, a hora de DEVOLVER O MUIRAQUITÃ AOS CUIDADOS DE TUPÃ.
Inicialmente,
Emília não quer devolver a poderosa Pedra, mas Tupã explica que a Pedra não pode ser só dela… ela é um
pouco sua, um pouco dele, e um pouco de cada animal na floresta. Um pouquinho de todo mundo. Tupã também
fala que todos nós temos uma “Pedra Mágica” dentro do peito, nosso coração, com
o qual podemos aprender a sonhar. É um final fofo e uma bela mensagem, que a
Dona Benta completa, mais tarde, quando as crianças retornam para o Sítio,
dizendo que é com o coração que aprendemos a amar e a sonhar com um mundo melhor – e é só assim que
podemos fazê-lo real. Tendo sido exibido originalmente no fim de dezembro
de 2002, o episódio termina com a turma do Sítio do Picapau Amarelo desejando
UM FELIZ ANO NOVO para todos. Agora, o Sítio entra em uma pausa, até retornar
meses depois, em 2003.
Com as primeiras grandes mudanças…
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de Luz
VICTOR Antônio JIMENEZ 27
ResponderExcluirSítio do picapau amarelo quero ver quero ver a Emília Rabicó 3015