The Promised Neverland 1x11 – 140146
Não é à toa que tem quem chame de “anime do milênio”!
CARAMBA, QUE
ROTEIRO IMPECÁVEL! Eu estou AMANDO “The
Promised Neverland”, que deve ser um dos melhores animes da atualidade, se não o
melhor! É impressionante pensar no quanto aconteceu até aqui nessa primeira temporada, e no quanto o anime continuamente nos surpreendeu,
episódio atrás de episódio, plot twists
interessantíssimos, e agora chegou o momento da GRANDE FUGA, e o roteiro ainda
segue nos surpreendendo… meu queixo caiu minuto após minuto, e eu estou
fascinado pela qualidade desse roteiro! E
aquela última cena, com a Mamãe e Phil, que nos deixa intrigados para o último
episódio – porque ainda tem coisa a ser explicada. Mais plot twist chegando! E eu adoro como o
gênero oscila, e como tivemos um episódio tão emocionante e melancólico na
semana anterior, e agora um intenso e
repleto de revelações.
Só tenho a
dizer que ESSAS CRIANÇAS SÃO F*DAS.
Eu nunca seria tão inteligente quanto elas,
ainda mais aos 12 anos.
Ou menos.
O episódio
anterior terminou com Emma e Ray na biblioteca, conversando sobre o aniversário
de 12 anos do Ray e o que eles fariam a seguir, e ambos chegaram à mesma
conclusão: eles não podem deixar que a “morte” de Norman tenha sido em vão, por
isso ELES VÃO FUGIR. Emma explica que, enquanto Mamãe estava ocupada vigiando
ela e Ray, ela deixou toda a responsabilidade com Don e Gilda, que continuaram
o treinamento de fuga e os demais preparativos… agora, aparentemente, tudo está pronto, e chegou a hora de fugir.
Mas Ray ainda tem alguns questionamentos… por exemplo, a Mamãe sempre os está
observando e sempre está segurando uma das crianças menores no colo; durante à
noite, elas dormem no quarto delas; como eles vão distrair a Mamãe? Também não
podem descer o muro, eles têm que ir até a ponte… mas quando souberem da fuga, vão todos para lá e, como é perto da base,
o lugar vai estar cheio de monstros.
“Como vai resolver isso, Emma?”
Mas Ray já
pensou em tudo – há muito tempo, ao que
tudo indica. ELE VAI ATEAR FOGO À CASA DURANTE A NOITE. Enquanto a Mamãe se
preocupa em apagar o fogo, eles fingem que estão evacuando a Casa, e vai
parecer que é apenas um incêndio, não uma fuga… e se eles ainda conseguirem
trancar a sala secreta de Isabella, a
Mamãe não poderá avisar a Base. Assim, eles decidem que vão começar a fuga
NAQUELE MESMO INSTANTE. Uma última vez, Ray sugere que o ideal não é levar todas as crianças, mas ele
também sabe que Emma nunca lhe dará ouvidos a esse respeito, por isso segue com
o plano. Mas Ray tem uma parte específica
do plano que não contou a Emma. Ele sabe que existe a chance de a Mamãe nem
se dar ao trabalho de tentar apagar o fogo da Casa, e só se preocupar em
garantir a integridade de sua “mercadoria”. O que fazer então?
Ele vai se sacrificar.
Pensando bem,
não é tão surpreendente, mas é uma cena extremamente INTENSA, em que ficamos assustados com Ray, e profundamente
desesperados em ver a sua falta de esperança, em ver como ele acredita que
morrer para salvar os demais é a única
maneira. Ele teve um surto, naquele momento, e parecia descontrolado: “Não é perfeito? Um espécime perfeito, com
data marcada para envio, totalmente em chamas! Ela não vai me abandonar!”
Então, ele também joga combustível sobre ele mesmo, para queimar junto com a Casa, e é apavorante, embora sincera, a maneira
como ele fala que decidiu fazer isso há muito tempo – ele explica que nunca
gostou muito de leitura e de estudos, mas se empenhou para aumentar o seu valor
ao máximo; esperaram 12 anos para ele se tornar uma “iguaria muito aguardada”,
e naquela noite ele vai roubar esse prazer deles.
Bem na véspera da tão esperada “colheita”.
“Emma, você só tem uma chance. Não deixe que a minha
morte e a do Norman sejam em vão. Arigato. Bye, bye, Emma”
Então, vemos
Ray acender o fósforo, e Emma correr/pular em sua direção, mas a cena corta
para a perversa Mamãe, cantarolando em seu quarto enquanto coloca os pequenos
para dormir. Na cena seguinte, ela escuta o grito de dor e horror de Emma, e
corre até a biblioteca, onde sente um
cheiro horrível (!), e vê Emma no chão, chamando por Ray… e sabemos que
embora a dor de perder mais um de seus amigos seja real, também existe
interpretação ali, porque Emma precisa que Isabella saiba que Ray está no meio das chamas – e, na verdade, até esse
momento, não se dispara nenhum alarme para Isabella… ela pensa que Ray se matou para que não fosse entregue no seu
aniversário. Então, desesperada, ela manda Gilda levar as crianças para
fora e cuidar dos bebês no quarto, enquanto tenta “salvar” Ray: “Se eu puder ao menos salvar o cérebro dele”.
ASSIM, A FUGA
COMEÇA. E COMO AQUILO ME ARREPIOU.
AQUELA
TRILHA, A EMOÇÃO, MINHA NOSSA!
Isabella só
percebe que há algo errado quando vê a orelha de Emma jogada no chão do lado de
fora da biblioteca. E foi angustiante
pensar que a garota cortou sua orelha inteira fora – mas ela fez o que era
necessário, e correu. Correu e correu e correu. E, ao chegar na floresta, NOS DEPARAMOS COM RAY VIVO. E eu acho que
é daqui em diante que o episódio fica mesmo FODA e que nos apaixonamos mais por
essas crianças a cada segundo, a cada fala, a cada pequeno passo do plano, que
foi cuidadosamente pensado HÁ MUITO TEMPO. Esses últimos 2 meses ainda foram de
planejamento, Emma estava o tempo todo articulando, embora não parecesse, e a
verdade é que ela e Norman já tinham começado isso tudo há muito mais tempo. E é isso o que realmente me fascinou nesse
episódio de “The Promised Neverland”:
pensar como o roteiro foi planejado.
Como tudo é exato, perfeito.
QUE QUALIDADE, MINHA GENTE, QUE QUALIDADE!
Emma, afinal
de contas, salvou mesmo Ray na biblioteca. Ela conseguiu pegar o fósforo acesso
antes que ele caísse no chão, e então salvou a sua vida, dizendo que ele não
precisaria morrer para que eles fugissem. Eles só precisavam deixar o
rastreador dele para trás, para que a Mamãe pensasse que ele estava ali, no
meio das chamas, e precisavam produzir o cheiro para convencê-la… aí percebemos
que até os pequenos já estavam
sabendo de tudo e já estavam prontos para fugir, trabalhando ao lado de Emma.
Eles trazem uma série de coisas para serem o “substituto” de Ray: um uniforme
da Casa, uns pedaços de carne e cabelos… tudo
para ser queimado junto com a Biblioteca, para produzir o cheiro que é a
primeira coisa que Isabella sente ao se aproximar. Depois, Emma só precisou
ficar para trás e fazer toda aquela cena, para convencer a Mamãe.
QUE ORGULHO
DA EMMA! *-*
Norman ajudou
nessa parte do plano, antes de sua partida. Ele sabia o que Ray estava
planejando, e deixou tudo anotado para Emma: o que ele pretendia fazer e como
ela talvez pudesse salvar o Ray, porque eles tinham tempo para isso… dois meses, para serem exatos. Agora, a
Casa está em chamas, e as crianças estão na floresta, à salvo, e Don explica
como os pequenos também sabem da Casa e da fuga: Emma lhes contou tudo. Eu sempre achei que isso era muito arriscado, mas também sempre
concordei que essa era a melhor maneira de fugir. Seria muito difícil agora, no
meio dessa confusão toda, tentar levar os pequenos para a floresta, porque
haveria resistência e tudo o mais… então eles contaram, e contaram tudo da
melhor maneira possível, para que não houvesse questionamentos, e percebemos a importância
de outras cenas da temporada.
O recrutamento aos poucos.
Inicialmente,
depois de Don e Gilda, eles contaram para quatro crianças: Nat, Anna, Lannion e
Thoma. E eles os colocaram do lado de fora do quarto da Irmã Krone naquela
noite em que Emma e Norman foram até lá e ela deixou que “eles fizessem as
perguntas que quisessem”. Na ocasião, ela (e nós) achou estranho que umas
perguntas fossem tão simples, mas agora TUDO FAZ SENTIDO. Eles só queriam que
as crianças ouvissem da própria Irmã, porque daí não podiam questionar,
duvidas… gente, nesse momento eu estava, além de todo arrepiado, VIBRANDO! E
tudo o que eu pensava era: “COMO EU AMO
ESSE ANIME, *******!” Agora, ainda há uma série de coisas que podem dar
errado, mas o primeiro passo foi dado. As crianças estão ali, na frente do
muro, e é como se Norman também estivesse ali com eles, depois de tudo.
Mas o Phil
ficou para trás. POR QUE O PHIL FICOU PARA TRÁS?!
Ele não pode ter sido esquecido… tem um
motivo aí, não é possível!
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