The Rain 2x02 – The Truth Hurts



“Eles estão mortos? Fui eu? Eu que fiz isso?”
EU ESTOU MUITO INTERESSADO NESSES “PODERES” DO RASMUS! É bem diferente da proposta da primeira temporada, mas eu acho que se pode fazer muita coisa com essa nova parte do roteiro, sem contar que está bem interessante ficar acompanhando o Rasmus seminu em todo episódio… quando desperta, Rasmus vê as mortes ao seu redor, e, sem se lembrar de nada, ele se pergunta se foi ele quem fez aquilo, e Simone, para protegê-lo, mente que ele não tem culpa, e que foi Jakob quem deixou uma amostra cair – como eu sofri com o Rasmus repetindo a si mesmo que “foi apenas um acidente”, que “eles deixaram a amostra cair”. Tadinho. Agora, Simone sabe que eles precisam encontrar uma maneira, e rápido, de tirar o vírus do corpo de Rasmus, porque ela não vai recorrer àquele pedido do pai, antes de sua morte no episódio passado…
Simone nunca mataria o irmão.
Assim, Simone planeja voltar à casa em que morava, para encontrar, no computador do pai, alguma informação sobre o vírus – talvez seja o suficiente para que Fie produza um antídoto e salve o seu irmão antes que ele mate mais alguém. Antes de partir, ela deixa o Rasmus trancado, e aquela é uma das cenas mais tristes, especialmente porque o Rasmus é inocente, e me partiu o coração vê-la se afastando dele e trancando a porta ao sair… então, Simone e Martin saem para uma caminhada de 80km até a casa onde ela morava, e muitas coisas me incomodaram durante toda essa parte – especialmente que eles pareceram confiar rápido demais em Johanne e Klaus, aquele casal que encontram no meio do caminho… será que eles ainda não aprenderam nada?! E eles confiam a ponto de se embebedar e deitar-se para dormir tranquilamente.
Sério?!
Naturalmente, as coisas acabam dando errado. Simone encontra o casal discutindo a respeito de como eles precisam entregá-los para a Apollon, ou eles serão mortos: a descrição deles bate com a das pessoas que fugiram “com o garoto”. Então, Simone tenta acordar Martín, que está bem embebedado, e ela acaba tendo que enfrentar sozinha Johanne e Klaus, com uma arma apontada para os dois, e quando Johanne se aproxima com uma cadeira, mesmo que ela pede que ela não o faça, Simone não tem outra alternativa a não ser atirar – e isso ficará gravado para sempre em sua memória, a primeira vez que matou uma pessoa. Então, Martin a defende de Klaus, que também acaba levando um tiro, e os dois fogem, chegando até a casa de Simone, e Martin é capturado rapidinho, o que é decepcionante – sério, eles estão mais relaxados que antes!
No fim, eles fogem com o computador…
Mas nem percebem que estão sendo seguidos.
Sério, ELES NÃO ERAM MAIS INTELIGENTES QUE ISSO?!
Em paralelo, acompanhamos Sarah, tanto no presente quanto em um flashback interessante e um tanto quanto desesperador. Entendemos um pouco mais de sua doença nas cenas do passado, com o seu sistema imunológico afetado e ela tendo que viver em um ambiente estéril e controlado, e aquele momento desesperador em que ela não passa pela inspeção, depois que todo o apocalipse começa, e os pais recebem a alternativa de ficarem para trás com ela ou seguir adiante e pegar o ônibus até o lugar seguro… e eles simplesmente dão as costas para a filha e vão embora. Gente, que tipo de pais são esses? Felizmente, Sarah não fica sozinha, porque o irmão fica com ela, e, naquele momento, toda a raiva que eu senti de Yakob no primeiro episódio acaba ficando para trás, porque a maneira como ele cuidou da irmã quando os pais a abandonaram…
No presente, Sarah sai perambulando pelo complexo até chegar ao lugar onde Rasmus está trancado, seminu e gostosinho pra caramba. Todo fofo e inocente, ele pergunta quem ela é, e ela conta o que Simone não teve a coragem de lhe contar: que foi ele quem matou o seu irmão e todos que estavam no laboratório, e quando Rasmus tenta se defender, dizendo que foi um acidente, Sarah diz que a irmã dele mentiu, porque ela mesma viu quando aconteceu. Eu fiquei com pena de Rasmus, porque ele não tem controle nenhum sobre o vírus em seu corpo, portanto ele não fez por mal e não deve ser hostilizado por isso… deixado sozinho em sua cela, no entanto, ele está perto demais de surtar agora… e quando a emoção, o nervosismo ou a raiva tomam conta dele, ele perde o controle sobre o seu próprio corpo e sobre o vírus, e ele explode, de forma letal…
Quando Simone e Martin retornam com o computador, eles buscam qualquer coisa que pode ajudar Fie a produzir o antídoto para Rasmus, mas não encontram nada, a princípio. Enquanto isso, Sarah retorna à “prisão” de Rasmus para pedir que ele a mate: ela não vai conseguir sobreviver sem o irmão mesmo, mas não tem coragem de matar-se sozinha, então precisa que ele faça o mesmo que fez com Yakob e os demais. Quando ela entra na cela, Rasmus se altera, pede para ela sair e, nervoso, o vírus começa a tomar conta de seu corpo (vocês viram o tanquinho?) e sair dele, em forma daquela espécie de fumaça negra. Embora tenha pedido por isso, Sarah acaba recuando, e fecha a porta ao passar, enquanto vê o Rasmus “explodir” lá dentro… e, dessa vez, ele vê acontecer, ele entende como é, mas ele não sabe controlar nada disso.
Mas agora ele sabe que foi ele quem matou aquelas pessoas.
E sabe como foi.

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