His Dark Materials 1x03 – The Spies



A ampulheta com uma caveira.
LYRA SE JUNTA AOS GÍPCIOS E LÊ O ALETIÔMETRO PELA PRIMEIRA VEZ! Eu sempre fui apaixonado pelos livros de Philip Pullman, e “A Bússola de Ouro” é um livro que me fascina toda vez que o leio… a quantidade de informações, a história complexa e bem encaixada, mas, mais do que isso, a ambientação maravilhosa em um mundo paralelo ao nosso, e todas as diferenças são tão perfeitamente estabelecidas, críveis, naturais. Eu amo! E a série está fazendo um trabalho lindíssimo adaptando essa obra que amamos – e eu estou gostando muito de como cada um desses 3 primeiros episódios tem a sua própria identidade: e todo o visual muda para acompanhar a evolução da história, do cenário aos figurinos. E a tendência é que isso continue, tendo em vista que estamos prestes a ir para o norte, aquele cenário gelado, e conhecermos os ursos de armadura.
Depois de fugir da casa da Sra. Coulter no fim do episódio passado e ser capturada por homens perigosos na rua, Lyra Belacqua é encontrada e salva por Tony Costa e os amigos, que estão pela cidade em busca dos Gobblers para encontrar as crianças desaparecidas… então, Lyra é levada para junto dos Gípcios, onde se aproxima de Mama Costa, de Farder Coram e de John Faa – e ela se pergunta se pode confiar nessas pessoas, e se deve se juntar a eles. Enquanto isso, revoltada por ter perdido a garota, a Sra. Coulter retorna à Faculdade Jordan, acusando o reitor de a estar escondendo, mas ele diz que cuidou muito bem dela durante anos, e foi a Sra. Coulter quem a perdeu agora… então, percebendo que Lyra não está mesmo de volta em Oxford, a Sra. Coulter coloca todas as forças do Magisterium para vasculhar os barcos gípcios e encontrar a garota.
Sem sucesso, felizmente.
Enquanto isso, o Lorde Boreal continua sendo o único dos personagens de “His Dark Materials” capaz de atravessar entre mundos, e é sempre interessante ver a quebra de realidades quando Lorde Boreal passa para o nosso lado, onde as ruas são movimentadas e cheias de ônibus, as pessoas não têm daemons, e os celulares são comuns… ele investiga Stanislaus Grumman, e ele pode ter acabado de descobrir uma informação bastante interessante: diferente do que se imaginava, Grumman não nasceu no mundo do Lorde Boreal e atravessou por uma janela para o mundo de cá, mas o contrário… e se isso realmente aconteceu desse modo, então como ele pode ter um daemon? Ninguém no nosso mundo nasce com um daemon. É interessante vê-lo se perguntar por onde Grumman atravessava, e por que o fazia.
Mistérios!
Falando em daemons, eu ADORO quando se fala mais sobre eles, e esse diálogo, sobre eles mudarem, quando crianças, e assumirem uma forma fixa quando adultos, me arrepiou:

“I don't want Pantalaimon to settle. I want him to be able to change forever. And so does he”
“Well, there will come a time when you will be tired of him changing. When you come of age, and your daemon settles into its final form, it will reveal what kind of person you really are”
“Suppose you don't like the shape that your daemon settles as?”
“Well, that would mean you are discontented. Many people would like to have a lion as a daemon, and they end up with a poodle. No, I would not change a hair on Sophonax, but that is not to say that sometimes I don't dream her different”

Tão forte, tão lindo quanto no livro.
OS DAEMONS SEMPRE ME FASCINARAM! <3
Para Lyra, toda a estadia com a Mama Costa ainda revela algumas coisas importantes… Mama Costa é quem a ajuda a se esconder quando o Magisterium a procura, e depois ela surta, dizendo que não está segura e que “nunca estará”, porque a Sra. Coulter jamais a deixará em paz, e então ela se pergunta por que ela está tão obcecada nela, e a Mama Costa acaba contando a verdade: que a Sra. Coulter é sua mãe. E ela explica toda a história, da “babá egípcia”, do crime de Lorde Asriel, do dilúvio… e isso meio que ajuda Lyra a se tornar parte disso tudo. Tanto que, quando alguns gípcios de caráter mais duvidoso pensam em entregá-la para o Magisterium, ela meio que assume a liderança, explicando que não adianta nada, os Gobblers continuarão pegando as crianças gípcias… então, eles têm que deter isso lutando, porque essa é a única maneira.
E eles vão ao norte.
Buscar a ajuda das feiticeiras e de quem puderem conseguir.
Uma nova cena bem interessante mostra Tony e seu amigo, Benjamin, voltando para a cidade para investigar o apartamento da Sra. Coulter, e Lyra dá umas dicas sobre onde estão aqueles papeis importantes que ela mesma encontrou no escritório da mulher com o daemon-macaco… a cena é fortíssima, porque os meninos acabam sendo atacados pelo macaco demoníaco, e então a Sra. Coulter aparece atirando e acertando Benjamin. Então, enquanto ela ataca o Benjamin corpo-a-corpo, o macaco ataca o daemon de Benjamin, em uma cena angustiante de se ver, mas embora ela pergunta a mando de quem ele está ali e quem está com ele, Benjamin se recusa a entregar o amigo, e diz que prefere se sacrificar do que dizer alguma coisa. Assim, ele se joga no poço do elevador, e o seu daemon desaparece das mãos do macaco da Sra. Coulter…
Por fim, VAMOS FALAR SOBRE O ALETIÔMETRO… até porque EU AMO O ALETIÔMETRO. Tanto no livro, quanto na série, eu esperava ansiosamente pelo momento em que Lyra o leria pela primeira vez. É legal vê-la explorá-lo, reconhecer os símbolos, tentar entender como funciona… Farder Coram lhe diz que é impossível ler sem os livros, e que isso leva anos de estudos, mas fala sobre os três ponteiros e os infinitos significados dos símbolos, e Lyra resolve tentar lê-lo, de qualquer maneira, porque “isso é a única coisa que pode ajudar Benjamin”. Então, com a ajuda de Pan, que a pede que esvazie a mente, ela faz a sua primeira leitura. Ela pergunta ao aletiômetro, usando três símbolos e três ponteiros, e eu adorei a direção da cena, com o reflexo no seu olho, o foco no aletiômetro… e funciona, o aletiômetro a responde: “Benjamin está morto”.
Ninguém acredita no que ela diz… até Tony retornar dizendo o mesmo.
Agora, Lyra acaba de se tornar mais importante que qualquer soldado.


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