SOY LUNA – “Si yo no soy Sol Benson… ¿dónde está?”



O roteiro devia se dedicar mais a criar e resolver situações, para que possamos ter mais capítulos como os que começam a surgir na última parte da segunda temporada de “Soy Luna”. Ámbar acabou de descobrir que não é Sol Benson, e está ainda tentando lidar com o fato de tudo ao seu redor ser uma mentira e ela não ter muita noção de “quem é”, recebendo os inesperados apoios de Simón e de Luna, e Alfredo retornou de sua viagem pela Europa ao descobrir que a “Rosa das Marés” era uma impostora, contratada pela filha e por Rey para afastá-lo de Buenos Aires… desse modo, ele retorna, mas segue fazendo o “papel apaixonado”, com a ajuda de Elena (o nome verdadeiro da “Rosa”), para descobrir porque é tão importante para a sua filha que ele não esteja por perto… enquanto isso, Luna também tenta investigar informações do seu passado.
Luna, ao ver Ámbar bastante mal, vem falar com ela brevemente e diz que “sabe que elas não se dão bem”, mas se coloca à disposição caso ela queira conversar com alguém – e eu acho que a Ámbar é totalmente ingrata, porque não é a primeira vez que Luna é legal com ela, mas uma vez que o choque passe, ela vai voltar com todas as suas maldades. De todo modo, por um momento, Ámbar está precisando do apoio que Luna está disposta a dar… como quando pergunta para ela sobre os pais (adorei Luna se perguntando sobre os próprios pais, se o pai é “distraído” como ela, ou se a mãe gostava de patinar), e Luna diz que ela pode conversar com ela sobre o que precisar, e promete que isso vai ficar só entre elas. “Sabes que puedes contar conmigo para lo que necesites. Te lo prometo, Ámbar”. E quando Luna a convida a patinar para se distrair?
Elas poderiam ter sido amigas…
Com Simón, a relação é diferente, e a vemos mudar lentamente. Ámbar só se aproximou de Simón para fazer mal aos outros: a Luna, em primeiro lugar, e a Jazmín, que TODOS SABEM que sempre foi apaixonada pelo guitarrista. Agora, no entanto, talvez ela esteja sentindo algo sincero por ele, ou começando, mas ela não conhece esse tipo de sentimento, não sabe bem o que fazer com ele. Assim, quando eles quase se beijam no Jam & Roller, Jazmín vê e seu coração se parte… e o nosso com o dela. Adorei como Jazmín vai falar com Luna e pede que ela fale com Simón e lhe peça para “ter cuidado”, porque ela sabe como é a Ámbar, e não quer que ele sofra. Ela até diz que Luna é a única que pode “ajudá-lo”. E isso tudo só prova O QUANTO JAZMÍN GOSTA DE SIMÓN DE VERDADE. Ainda não sei como ela pode não ficar com ele. A preocupação de Luna também é sincera.
Mas Simón nega qualquer envolvimento com Ámbar.
Por ora.
E falando em “relacionamentos”, uma surpresa da semana traz Mónica e Miguel descobrindo que Matteo é, agora, o namorado de Luna, e eles são ótimos pais nessa situação toda. O mais triste, no entanto, é que Matteo FARÁ QUALQUER COISA PELA FAMA. Assim, quando o seu novo empresário, o Bruno, sugere que ele diga que “não tem namorada”, para “dar esperanças às fãs” como uma estratégia de marketing, ele até hesita, mas não mais do que uns segundos, e então ele diz na entrevista via streaming: “¿Novia? ¿Que? Yo no tengo novia”. E é claro que Luna estava assistindo ao vivo, e que Mónica e Miguel também estavam vendo com ela! E eu vou dizer: EU NÃO IA ACEITAR ESSE TIPO DE COISA, NÃO! Então eu entendo a frustração da Luna e a tremenda dificuldade que nasce, agora, em voltar a confiar no Matteo e tudo.
Matteo adora fingir que “nada aconteceu”, mas eu gosto de como Luna se recusa a beijá-lo, por exemplo, porque “são só amigos”, ou como diz coisas como “¿Y que crees? Me enteré que no tengo novio”. Ela tenta falar com Matteo e fazê-lo perceber que está mentindo, e pergunta se ele está à vontade com essa situação, e a verdade é que o Matteo está disposto a qualquer coisa pela fama. As pessoas ao seu redor são muito mais sensatas. Gosto de como o Gastón lhe dá uma lição, dizendo que “é claro” que Luna não ia gostar dessa história, e que os fãs dele vão segui-lo por como canta, não porque está solteiro – como Gastón diz: Bruno não sabe quanto lhe custou estar com Luna, e se ele realmente a ama, então que não arrisque isso. Quem dera ao menos o Gastón tivesse essa mesma sabedoria para lidar com a sua relação com Nina, não?
Enquanto isso, Xavi vai embora. Ele é muito fofo e compreensivo ao se despedir, e isso só faz com que eu me apaixone um pouco mais por ele. Ele diz que o amor seria chato se fosse sempre correspondido, e que assim não haveria arte – ele está apaixonado por ela, mas justamente por isso entende o que ela sente por Gastón, e não lhe cabe insistir. Vai deixar que ela seja feliz. Mas assim que Xavi vai embora, FLOR RETORNA, a prima de Matteo por quem Gastón teve uma quedinha no ano anterior – para deixar Nina com ciúmes dessa vez. No entanto, embora eu esteja feliz em rever a Flor, vale lembrar que o Gastón não gosta dela de verdade, então o roteiro todo soa um pouquinho forçado com ele ficando com ciúmes dela com o Nico e tal.
Enfim.
Ámbar, agora, está questionando quem é ela, e quer entender o porquê de Sharon ter mentido para ela. Dessa vez, a fala com o espelho foi forte, sobre como as amigas não querem vê-la nem pintada, a madrinha só sabe mentir para ela, e o avô, que nem é seu avô, não sabe quem ela é. A dor é real, as lágrimas são sinceras – “Estás sola. Estás completamente sola”, ela conclui. “Si yo no soy Sol Benson… ¿donde está?” É assim que começa, lentamente, a nascer uma nova Ámbar Smith, quando ela prende o cabelo de uma outra maneira, pela primeira vez. E ela está desafiando a Sharon, ficando para tomar café-da-manhã na cozinha, por exemplo, acordando tarde para a escola e passando muito mais tempo em casa. Ela até ENFRENTA a madrinha, dizendo que sabe que não é Sol Benson, mas gostaria de saber o porquê de ela ter mentido.
Com Simón, Bruno tem outra estratégia de marketing, que tem a ver com vender a ideia melancólica de um artista com saudade de seu país, o México, e é desprezível como ele chega a dizer que “a música é o que menos importa”. Porque não é assim que o Simón se sente. Nessa confusão toda, a série traz a participação de Camila Fernández, mas eu achei tudo profundamente irritante. E não é nem (só) pelo roteiro, mas pelas qualidades (inexistentes) de atuação da garota. Camila tem uma “atuação” fraquíssima, expressão próxima de nula e, pior, uma dicção péssima. Assim, é angustiante ouvi-la falar, os diálogos são rasos, e a sua voz não combina com as dos garotos, cantando “Vives en Mí” com o Matteo e “Eres” com a Luna. O empresário quer até que Matteo e Simón inventem um “triângulo amoroso” de disputa por Camila e tal…
Porque isso “vende”.
Ai ai.
Simón é veementemente contra. Bom e honesto.
Matteo cogita a hipótese. Capaz de qualquer coisa pelo sucesso.
Outra personagem que está ganhando mais profundidade é a Juliana, mas que fique claro que EU SEMPRE A AMEI, e está tudo registrado nos meus textos passados. Ela tira Yam da equipe, mas ela o faz de forma visionária e quase carinhosa. Fala de seu talento, de como ficou em terceiro lugar em uma competição disputadíssima, e avisa que a sua voz surpreendeu a VIDIA. Por isso, ela sugere que o seu lugar é mais no palco do que na pista de patinação, e a convida para se juntar aos meninos da Roller Band para tocar e cantar com eles na competição, e ela adora a ideia. E eu gosto MUITO de como a Juliana está ali para ajudar a guiar esses jovens, como algo que eles realmente precisam. Suas próximas decisões, no entanto, ao formar a equipe oficialmente, já não são recebidas assim com tanta alegria pelos patinadores que tanto se esforçaram.
O passado de Juliana começa a vir à tona quando Luna quer mostrar um passo arriscado para impressioná-la e, ao vê-lo, Juliana derruba a bengala e grita para que eles parem, encerrando o treinamento e mandando todos deixarem a pista. É angustiante como isso lhe faz mal, como podemos ver ao vê-la sucumbir a emoções, chorando e segurando o peito. Assim, já é fácil entender que foi assim que Juliana se machucou e encerrou a sua carreira de patinadora, ganhando a bengala que sempre a acompanha… em vários momentos ela já deu dicas sobre esse “acidente”, e é quase vergonhoso como o roteiro quer entregar isso tudo mastigadinho mais tarde, como se fôssemos incapazes de pensar por nós mesmos. A única coisa que já não sabíamos, depois da cena do “passo arriscado”, é que seu nome artístico era Marisa Mint… o restante, estava implícito.
Mas como o público é em parte “infantil”, a produção menospreza sua inteligência!
Quando Juliana anuncia a equipe do Roller, ela anuncia apenas quatro nomes: Luna, Ámbar, Matteo e Simón. Eu sinceramente fiquei na dúvida em relação ao número, porque já tivemos a trama de “um patinador faltante” mais cedo na temporada, mas presumindo que as regras permitam, por que eles têm que ficar O TEMPO TODO questionando as decisões de Juliana? É irritante já como eles nunca aceitam nada do que ela impõe. Se ela foi uma patinadora assim tão boa (ganhou até um “Patins de Cristal”!), eles não deviam (ao menos a Luna) acreditar um pouquinho mais nela… ela já provou, mais de uma vez, que sabe o que está fazendo e que é a treinadora de que eles precisam… então está chegando a hora dessas crianças pararem de fazer birra e ouvi-la, não? Agora, Nina levantou uma teoria bacana: ela realmente precisa do bastão, ou é só insegurança?
A série também está trazendo mais personagens para o elenco. É o caso de Benício, um “amigo” mexicano de Simón que chega pronto pra causar confusão, e contra quem minha antipatia surgiu desde a primeiríssima cena – inclusive, é revoltante como Pedro e Nico são TAPADOS e não percebem o quanto Simón está incomodado com a presença do garoto. Eles até o chamam para jantar, depois para dormir ali com eles, e ele se enfia até na Roller Band, querendo cantar para impressionar a Juliana… um verdadeiro porre. Numa conversa no Jam & Roller, Benício pede “uma oportunidade” a Simón, dizendo que “sabe que errou”, mas que agora mudou… mas nós podemos VER que ele não mudou coisíssima nenhuma, seja lá o que fez no passado. E, agora, ele vai tentar conquistar a Ámbar só porque notou que o Simón está gostando dela!
Porque o Simón está MESMO gostando da Ámbar, e a Ámbar, para sua surpresa, está sentindo algo por ele, mas eu acho que ela será capaz de qualquer coisa para abafar esse sentimento. Gosto de como ele a dá atenção, e como isso a confunde: “¿Por que sos tan bueno conmigo?” Ela não entende como alguém pode se importar com ela de verdade, e tem que lembrar a si mesma, constantemente, que Simón é apenas uma “parte do plano”, porque a atenção a surpreende e a coloca em uma posição em que sente algo real, que a assusta. O desconhecido nos assusta. Simón, por outro lado, se importa de verdade e deixa isso claro, sempre se colocando à disposição… e como não se apaixonar por ele? Assim, Ámbar está quase sucumbindo aos sentimentos quando eles quase se beijam na pista de patinação, e seria pra valer dessa vez…
Mas o momento acaba com uma garrafa de água caindo ao chão.
Ainda não é a hora.

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Comentários

  1. Sei que não tem nada ver com a postagem, mas o que aconteceu com as suas postagens de As aventuras de Poliana? Faz um bom tempo que você não posta sobre a novela.

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    1. Olá... infelizmente, eu parei de assisti-la, não vi nem os primeiros 100 capítulos completos. É algo meu contra o tamanho das novelas do SBT. Eu gosto muito da história e estava amando a novela, mas não quis me comprometer nem a assistir nem a escrever uma novela tão longa... e, pelo visto, ainda mais longa do que eu previ. Já estamos chegando a 400 capítulos e vi uma notícia de que o contrato dos atores foi renovado até Outubro/2020, o que deve estender a novela pelo menos até 2021... é longo demais, sinto muito. Adoraria escrever, mas estou dedicando esse mesmo tempo a outras novelas mais "curtas" e produzindo outros textos...

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