Como Ter Uma Vida Quase Normal



“Oi, bafo de **”
Um monólogo estrelado por MONIQUE ALFRADIQUE. Essa foi uma peça vista totalmente ao acaso, porque eu estava por São Paulo, passeando no Shopping Frei Caneca, e percebi que Monique Alfradique estava estrelando um monólogo, em horários que coincidentemente batiam com a nossa agenda – então, eu e meu namorado resolvemos prestigiar uma de nossas vilãs de “Malhação” favoritas. O resultado é divertido e gostoso de se assistir, e não é difícil se identificar ou reconhecer pessoas próximas a você nos personagens interpretados por Monique! Devo dizer que eu admiro muito a ideia do “monólogo”. Não é um stand-up, porque eles não estão oficialmente contando piadas… eles estão contando uma história, e depende de você se é engraçado ou não. Durante 90 minutos inteiros, Monique fala (e sapateia) para conquistar nossos corações.
“Como Ter Uma Vida Quase Normal” é a história de uma mulher que está procurando o amor… ou qualquer coisa assim. Aos 33 anos (que é a idade real de Monique Alfradique), a personagem Monique (é importante separá-la da pessoa real Monique) ainda não se encontrou na vida. Quando terminou o Ensino Médio, ela achou que em 10 anos ela seria rica e estável, teria dois filhos, Enzo e Valentina (SENSACIONAL), mas nada disso parece ter acontecido… agora, ela está sem um par romântico, com uma melhor amiga que fede (!) e, pior, uma série de pequenos casos que acabam não levando a lugar nenhum. E, agora, ela está tentando montar uma peça em que conversa com as pessoas, uma peça que ainda está por ser finalizada, porque ela não entende bem qual é a sua história, ou mesmo qual é a sua mensagem ao fim de tudo isso.
Assim, acompanhamos as aventuras e desventuras especialmente amorosas de “Monique” ao longo de 90 minutos em que conhecemos vários casos… temos a história do “Seu Luís Antônio da Silva Júnior”, o “maconheirinho” comprometido que ela conhece durante o Carnaval, o ex-nerd da escola que está maravilhoso, mas que ela perde por causa de um líquido rosa numa garrafa pet que a mãe faz ela usar durante uma espécie de ritual, ou o cara de apenas 4 dentes que ela beija durante uma festa, depois de beber demais. O monólogo está repleto de momentos bem bacanas, e a Monique precisa de desdobrar em papeis, porque ela não é apenas ela mesma, mas também cada um desses caras citados, além da Macarena, a amiga fedida, a cartomante trapaceira que ela acaba indo, mesmo que inicialmente seja cética e tudo… e ela arrasa.
O monólogo ainda traz a Monique Alfradique fazendo uma performance de SAPATEADO (!), e eu fiquei me perguntando se era ela mesma tocando o teclado, mas isso foi respondido ao longo do monólogo, quando ela quer “impressionar um dos caras”, e a música não para quando ela para de tocar (“The end. Finalization. Para, porra!”). Mas acho que um dos momentos mais legais é a chegada de “Monique” e Macarena a uma festa, quando o fedor da Macarena a atinge em cheio, ela vai para trás e escorrega numa estrutura no palco… o humor físico sensacional. Gostei, também, da mensagem final, sobre como ela pode ser completa sozinha, como ela não precisa de alguém, necessariamente, para ser feliz, mas como isso tampouco quer dizer que ela não queira ter alguém… o monólogo é divertido e, certamente, garante bons momentos para a plateia!


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Comentários

  1. Eu amei esse monólogo... Fiquei tão feliz que conseguimos assistir, meu amor! Como eu ri com o bafo de ** kkkkkk A Monique estava maravilhosa... Adoro a comédia dela! Foi um programinha não programado que valeu muito a pena.

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